Dinastia Zhou































































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História da China

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  Jin Ocidental
  Jin Oriental

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420–589

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Dinastia Tang 618–907
  (Segunda dinastia Zhou 690–705)

Cinco Dinastias
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907–960

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907–1125

Dinastia Song
960–1279

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Xia Ocidental
  Song do Sul

Jin


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1949–presente

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1949–presente





Nota: a Dinastia Zhou pode também referir-se à Dinastia Zhou de 690 a 705 d.C. (ver Imperatriz Wu Zetian da China), ou à Dinastia Zhou Posterior de 951 a 960 d.C.


A Dinastia Zhou,[1] também conhecida como Chou,[2]Chow e Jou, foi uma das primeiras dinastias chinesas. Calcula-se que o início desta dinastia tenha se dado com a queda da Dinastia Shang, no final do século X a.C. ou século IX a.C., e seu término com a ascensão da dinastia Qin, em 256 a.C. (ou 221 a.C.). A dinastia Zhou foi a dinastia com maior duração em toda a história chinesa, e a tecnologia da Era do Ferro foi introduzida na China neste período.




Índice






  • 1 Mandato do Céu


  • 2 Fengjian


  • 3 Zhou Ocidental e Oriental


  • 4 Declínio


  • 5 Agricultura


    • 5.1 Filosofia


      • 5.1.1 Li






  • 6 Reis da Dinastia Zhou


  • 7 Ver também


  • 8 Referências


  • 9 Bibliografia


  • 10 Ligações externas





Mandato do Céu |


Na tradição historiográfica chinesa, os líderes de Zhou dissiparam os Yin (Shang) e legitimaram seu domínio invocando o Mandato do Céu - noção segundo a qual o líder (o " filho do céu ") governava por direito divino, mas a perda do trono indicaria que ele havia perdido o tal direito. O Mandato do Céu estabelecia que os Zhou assumiam ascendência divina (Tian-Huang-Shangdi) sobre a ascendência divina dos Shang (Shangdi). A doutrina explicava e justificava o fim da Dinastia Xia e Dinastia Shang, ao mesmo tempo que dava suporte à legitimidade dos governantes atuais e futuros. A Dinastia Zhou foi fundada pela família Ji e tinha sua capital na cidade de Hao (ou Haojing, próxima da atual Xi'an). Possuindo o mesmo idioma e uma cultura similar à dos Shang, os primeiros governantes Zhou, através da conquista e colonização, gradualmente estenderam a cultura chinesa pelas terras bárbaras das Planíces Centrais.




Civilização Zhou Ocidental.



Fengjian |


Na historiografia Ocidental, o período Zhou é usualmente descrito como feudal, pois o descentralizado sistema dos Zhou se assemelhava ao sistema medieval europeu. Entretanto, historiadores debatem acerca do termo feudal, surgido para referir-se a um contexto puramente e especificamente europeu. Portanto, o termo mais apropriado para classificar o sistema político de Zhou seria da própria língua chinesa: sistema Fengjian. A organização do território era feita com base em estados subordinados, governados por homens eleitos pelo rei, geralmente conselheiros e generais de confiança, e por seus herdeiros. Os estados pagavam tributos à capital, onde o Filho do Céu governava como monarca absoluto. Também deviam fornecer soldados em tempo de guerra. No entanto, toda essa organização existiu de fato apenas durante o Período Zhou Ocidental, após o qual perdeu sua relevância com o declínio do poder real diante dos estados ascendentes.



Zhou Ocidental e Oriental |


Inicialmente, a família Ji foi capaz de controlar o reino firmemente. Em 771 a.C., depois que o rei You substituiu sua rainha pela concubina Baosi, a capital foi saqueada pelas forças conjuntas do pai da rainha, que era o poderoso marquês de Shen, além de forças do estado insatisfeito de Zeng e dos odiosos bárbaros do oeste, os Rong. O filho da rainha, Ji Yijiu, foi proclamado o novo rei pelos nobres dos estados insurgentes. A capital foi transferida para o leste em 770 a.C., para Wangcheng (na atual província de Henan), que era uma localidade mais modesta, porém distante da fronteira com os bárbaros e portanto mais segura contra possíveis ataques.




Vaso da Civilização Zhou Ocidental dos séculos III-IV a.C. no Museu Britânico.


Devido a estas rupturas, historiadores comumente dividem a era Zhou em Zhou Ocidental (西周, pinyin Xī Zhōu), que vai da fundação do reino por Ji Fa em 1046 a.C. até o golpe de 771 a.C., e Zhou Oriental (Chinês Tradicional: 東周 Chinês Simplificado: 东周, pinyin: Dōng Zhōu), que vai de 771 a.C. até 256 a.C., com a queda de Zhou, ou ainda 221 a.C., quando o Império Qin foi consolidado. O ano exato do início de Zhou Ocidental é ainda alvo de discussões: algo entre 1122 a.C., 1027 a.C. e outros anos entre o século XII a.C. e o século XI a.C foram propostos. Historiadores chineses mencionam habitualmente o ano 841 a.C., baseados nos Registros do Historiador de Sima Qian., mas outros apontam o ano de 1046 a.C. como o mais provável. O Período Zhou Oriental é divido em dois subperíodos. O primeiro, iniciado em 771 a.C. e encerrado em 481 a.C., é chamado de Período de Primavera e Outono, em referência à uma famosa crônica histórica de sua época. O segundo subperíodo é chamado de Período dos Reinos Combatentes, quando o Filho do Céu perdeu o respeito que lhe restava entre os estados, após dois golpes que derrubaram os governantes dos dois estados mais leais, Jin e Qi.



Declínio |


A partir do ataque de 771 a.C., o poder da corte de Zhou gradualmente diminuiu, e a fragmentação do reino levou à uma calamidade de guerras entre os estados. Desde a morte de You, os reis de Zhou reinavam apenas simbolicamente, e alguns nobres até mesmo deixaram de reconhecer a família Ji como detentora do Mandato Celeste, chegando a declarar-se reis de seus respectivos territórios. Finalmente, a dinastia foi derrubada em 256 a.C., quando Wangcheng e Chengzhou, as únicas cidades ainda sob poder do rei, foram conquistadas pelo estado de Qin. O último pretendente ao trono de Zhou, o rei Hui de Zhou, foi morto em 249 a.C.. Qi, o último estado combatente, foi conquistado em 221 a.C., por Qin Shihuang, que então declarou a fundação do Império Chinês. Por essa razão, as três datas podem ser aceitas para marcar o fim da dinastia Zhou.



Agricultura |


A agricultura na dinastia Zhou era bastante intensiva e em muitos casos controlada pelo próprio governo. Todas as terras cultivadas eram controladas pelos nobres, que as "emprestavam" para seus servos, de forma similar ao feudalismo europeu. Por exemplo, um pedaço de terra era dividido em nove partes na forma de uma "roda de água", jing (井), com os grãos da parte do meio ficando com o governo, e os das partes ao redor, ficando com os fazendeiros. Deste modo, o governo podia armazenar comida e distribuí-la em tempos de colheita ruim. Alguns importantes setores fabris do período incluíam a produção de bronze, que era utilizado integralmente na produção de armas e ferramentas agrícolas. Novamente, essas indústrias eram controladas pela nobreza, que dirigia a produção destes materiais.



Filosofia |


Durante a dinastia Zhou, as origens da filosofia chinesa nativa, desenvolveu seus estágios iniciais a partir do século 6 aC. Os maiores filósofos chineses, aqueles que fizeram o maior impacto sobre as gerações posteriores de chineses, eram Confúcio, fundador do Confucionismo, e Laozi, fundador do Taoísmo. Outros filósofos, teóricos e escolas de pensamento nesta época foram Mozi, fundador do Moísmo; Mêncio, um famoso confuciano que se expandiu sobre o legado de Confúcio; Shang Yang e Han Fei, responsável pelo desenvolvimento do chinês antigo Legalismo (a filosofia central da dinastia Qin); e Xun Zi, que era indiscutivelmente o centro da antiga vida intelectual chinesa durante o seu tempo, ainda mais do que figuras intelectuais icônicas como Mencius.[3]



Li |



Ver artigo principal: Li (Confucionista)

Estabelecido durante o período ocidental, o sistema ritual Li Chinês tradicional: ; Chinês simplificado: ; pinyin: codificou uma compreensão dos costumes como uma expressão da hierarquia social, ética e regulação concernente a vida material; As práticas sociais correspondentes se tornaram idealizadas dentro da ideologia confucionista.


O sistema foi canonizado no Livro dos Ritos, Zhouli, e Yili compêndios da dinastia Han (206 BC–220 AD), tornando-se assim o coração da ideologia imperial chinesa. Enquanto o sistema era inicialmente um corpo respeitado de regulamentos concretos, a fragmentação do período Zhou ocidental levou o ritual a se dirigir para a moralização e formalização em relação a:



  • As cinco ordens de nobreza chinesa.

  • Templos ancestrais (tamanho, número legítimo de pavilhões)

  • Regulamentos cerimoniais (número de vasos rituais, instrumentos musicais, pessoas na trilha dançante)



Reis da Dinastia Zhou |




























































































































































































































































Nome Próprio

Nome Póstumo
Duração do Reinado1
Nome o qual
é mais conhecido
Ji Chang
姬昌
Wenwang
文王

?-?
Zhou Wenwang
(Rei Wen de Zhou)
Ji Fa
姬發
Wuwang
武王

1046 a.C.-1043 a.C.1
Zhou Wuwang
(Rei Wu de Zhou)
Ji Song
姬誦
Chengwang
成王

1042 a.C.-1021 a.C.1
Zhou Chengwang
(Rei Cheng de Zhou)
Ji Zhao
姬釗
Kangwang
康王

1020 a.C.-996 a.C.1
Zhou Kangwang
(Rei Kang de Zhou)
Ji Xia
姬瑕
Zhaowang
昭王

995 a.C.-977 a.C.1
Zhou Zhaowang
(Rei Zhao de Zhou)
Ji Man
姬滿
Muwang
穆王

976 a.C.-922 a.C.1
Zhou Muwang
(Rei Mu de Zhou)
Ji Yihu
姬繄扈
Gongwang
共王

922 a.C.-900 a.C.1
Zhou Gongwang
(Rei Gong de Zhou)
Ji Jian
姬囏
Yiwang
懿王

899 a.C.-892 a.C.1
Zhou Yiwang
(Rei Yi de Zhou)
Ji Pifang
姬辟方
Xiaowang
孝王

891 a.C.-886 a.C.1
Zhou Xiaowang
(Rei Xiao de Zhou)
Ji Xie
姬燮
Yiwang
夷王

885 a.C.-878 a.C.1
Zhou Yiwang
(Rei Yi de Zhou)
Ji Hu
姬胡
Liwang
厲王

877 a.C.-841 a.C.1
Zhou Liwang
(Rei Li de Zhou)
 
Gonghe (regente)
共和

841 a.C.-828 a.C.

Gonghe
Ji Jing
姬靜
Xuanwang
宣王

827 a.C.-782 a.C.
Zhou Xuanwang
(Rei Xuan de Zhou)
Ji Gongsheng
姬宮湦
Youwang
幽王

781 a.C.-771 a.C.
Zhou Youwang
(Rei You de Zhou)
Fim de Zhou Ocidental / Início de Zhou Oriental
Ji Yijiu
姬宜臼
Pingwang
平王

770 a.C.-720 a.C.
Zhou Pingwang
(Rei Ping de Zhou)
Ji Lin
姬林
Huanwang
桓王

719 a.C.-697 a.C.
Zhou Huanwang
(Rei Huan de Zhou)
Ji Tuo
姬佗
Zhuangwang
莊王

696 a.C.-682 a.C.
Zhou Zhuangwang
(Rei Zhuang Zhou)
Ji Huqi
姬胡齊
Xiwang
釐王

681 a.C.-677 a.C.
Zhou Xiwang
(Rei Xi de Zhou)
Ji Lang
姬閬
Huiwang
惠王

676 a.C.-652 a.C.
Zhou Huiwang
(Rei Hui de Zhou)
Ji Zheng
姬鄭
Xiangwang
襄王

651 a.C.-619 a.C.
Zhou Xiangwang
(Rei Xiang de Zhou)
Ji Renchen
姬壬臣
Qingwang
頃王

618 a.C.-613 a.C.
Zhou Qingwang
(Rei Qing de Zhou)
Ji Ban
姬班
Kuangwang
匡王

612 a.C.-607 a.C.
Zhou Kuangwang
(Rei Kuang de Zhou)
Ji Yu
姬瑜
Dingwang
定王

606 a.C.-586 a.C.
Zhou Dingwang
(Rei Ding de Zhou)
Ji Yi
姬夷
Jianwang
簡王

585 a.C.-572 a.C.
Zhou Jianwang
(Rei Jian de Zhou)
Ji Xiexin
姬泄心
Lingwang
靈王

571 a.C.-545 a.C.
Zhou Lingwang
(Rei Ling de Zhou)
Ji Gui
姬貴
Jingwang
景王

544 a.C.-521 a.C.
Zhou Jingwang
(Rei Jing de Zhou)
Ji Meng
姬猛
Daowang
悼王

520 a.C.
Zhou Daowang
(Rei Dao de Zhou)
Ji Gai
姬丐
Jingwang
敬王

519 a.C.-476 a.C.
Zhou Jingwang
(Rei Jing de Zhou)
Ji Ren
姬仁
Yuanwang
元王

475 a.C.-469 a.C.
Zhou Yuanwang
(Rei Yuan de Zhou)
Ji Jie
姬介
Zhendingwang
貞定王

468 a.C.-442 a.C.
Zhou Zhendingwang
(Rei Zhending de Zhou)
Ji Quji
姬去疾
Aiwang
哀王
441 a.C. Zhou Aiwang
(Rei Ai de Zhou)
Ji Shu
姬叔
Siwang
思王
441 a.C. Zhou Siwang
(Rei Si de Zhou)
Ji Wei
姬嵬
Kaowang
考王

440 a.C.-426 a.C.
Zhou Kaowang
(Rei Kao de Zhou)
Ji Wu
姬午
Weiliewang
威烈王

425 a.C.-402 a.C.
Zhou Weiliewang
(Rei Weilie de Zhou)
Ji Jiao
姬驕
Anwang
安王

401 a.C.-376 a.C.
Zhou Anwang
(Rei An de Zhou)
Ji Xi
姬喜
Liewang
烈王

375 a.C.-369 a.C.
Zhou Liewang
(Rei Lie de Zhou)
Ji Bian
姬扁
Xianwang
顯王

368 a.C.-321 a.C.
Zhou Xianwang
(Rei Xian de Zhou)
Ji Ding
姬定
Shenjingwang
慎靚王

320 a.C.-315 a.C.
Zhou Shenjingwang
(Rei Shenjing de Zhou)
Ji Yan
姬延
Nanwang
赧王

314 a.C.-256 a.C.
Zhou Nanwang
(Rei Nan de Zhou)
  Huiwang
惠王

255 a.C.-249 a.C.
Zhou Huiwang2
(Rei Hui de Zhou)

1 A primeira data geralmente aceita na historiografia chinesa é 841 a.C., o início da regência de Gonghe.
Todas as datas diferentes destas são alvo de discussões complexas. As datas aqui apresentadas são aquelas
fornecidas pelo The Xia-Shang-Zhou Chronology, a obra de estudiosos oficiais do governo chinês apresentada
em 2000.


2 nobres da família Ji proclamaram o rei Hui como sucessor do rei Nan depois que sua capital, Luoyang,
caiu perante as forças de Qin em 256 a.C.. Entretanto a resistência de Zhou não duraria muito tempo
contra o avanço de Qin e o rei Nan é largamente considerado como tendo sido o último imperador da Dinastia Zhou.



Ver também |


  • Hunos


Referências




  1. SCARPARI, M. Grandes civilizações do passado: China antiga. Barcelona. Ediciones Folio. 2006. p. 20.


  2. SCHAFER, E. H. China antiga. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p. 184.


  3. Schirokauer & Brown (2006), pp. 25–47.



Bibliografia |


  • Roberts, John A. G., History of China (título original), Palgrave MacMillan, 1999 (primeira edição), 2006 (segunda edição), ISBN 978-989-8285-39-3


Ligações externas |






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