Amador Bueno da Veiga
Amador Bueno da Veiga | |
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Nascimento | 1650 São Paulo, SP |
Morte | 1719 (69 anos) Casa Branca, SP |
Nacionalidade | Brasil |
Ocupação | Bandeirante e sertanista |
Amador Bueno da Veiga (São Paulo, c. 1650 — Casa Branca, 1719) foi um bandeirante e sertanista brasileiro. Era bisneto de Amador Bueno, o "Aclamado". Silva Leme o estuda no volume III, página 203 de seu livro Genealogia Paulistana.
Como não assinou a famosa representação de 16 de abril de 1700 dos paulistas ao governador da Repartição do Sul, Artur de Sá e Meneses, estaria talvez no sertão. Segundo conta Antonil, Amador extraiu oito arrobas de ouro «do rio do Ouro Preto, do Ribeirão e de outras partes». Tinha em São Paulo sítio na margem direita do Anhembi, «na paragem chamada Maquerubi». Era Nossa Senhora da Conceição, atual Guarulhos, tendo por vizinho o lendário padre Guilherme Pompeu, doutor em teologia formado em Roma. Nela, grandes plantações e comércios e gado vacum e cavalgadura.
Em 23 de setembro de 1704 Amador propusera abrir um novo caminho de São Paulo para as Minas, conforme a Regente informou nesta data ao Governador do Rio de Janeiro. Pedia prazo de um ano e oferecia ser caminho capaz de por ele andarem cavalgaduras carregadas, gente e condução de gados. O aberto pelo Capitão Garcia Rodrigues Pais, dizia, é incapaz de cavalgaduras carregadas nem gados por ser muito prolongado de três meses de viagens por matos e estéril de mantimentos, ainda dos que o mato cria. Pedia em troca «os campos beira mato da Serra da Boa Vista té a Graça pelo cumprimento e rumo direito do Caminho das Minas e a mata da borda do campo té o cume das serras e cordoaria do mar por uma e outra parte; as quais terras sendo Vossa Majestade servido, assim confrontadas da Serra da Boa Vista até a Graça cortando pelos travessões para a parte do mar até o cume das serras e tudo o que dos ditos rumos ficar para centro, dar-lhas de sesmaria e mercê para ele e seus descendentes com a do hábito de Cristo e foro de fidalgo da Casa.» Era a segunda proposta de refazer o Caminho Novo. A terceira viria em 1705 de Félix de Gusmão - por ela descobrimos que Garcia Rodrigues Pais estava acabando o seu caminho até a Paraiba, já estava com a estrada larga e duas roças feitas.»
Participou da Guerra dos Emboabas entre 1707 e 1709 e como recompensa obteve sesmarias no interior do que é hoje o estado de São Paulo.
Em carta ao Rei escrita em 20 de Janeiro de 1708 Antônio Luís Peleja, Ouvidor Geral de São Paulo, fala dele: «natural e morador de São Paulo, insolente, régulo, o mais fascinoroso homicida de muitas vidas», que se tinha feito atribuir, no momento das repartições, o mais precioso do ribeiro de Bento Rodrigues, em Ouro Preto. Habitou a região de Minas «muitos anos com muito gentio e roças em tempos que davam os maiores lucros, trazendo grande número de arrobas de ouro e tinha tido, durante meses, ourives trabalhando para ele para fundir o ouro em lingotes, cunhá-lo ou fazer jóias e objetos preciosos. Diz Antonil que tirara das minas oito arrobas, ou 128 quilos.
Descendente de bandeirantes, foi por sua vez, ascendente de figuras importantes de São Paulo e do Brasil, como a poetisa Bárbara Heliodora.