Cacau





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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCacaueiro


Cacaueiro - Pará 2015.jpg



Classificação científica



































Reino:

Plantae


Divisão:

Magnoliophyta


Classe:

Magnoliopsida


Ordem:

Malvales


Família:

Malvaceae


Subfamília:

Sterculioideae


Género:

Theobroma


Espécie:

T. cacao



Nome binomial

Theobroma cacao
L.

O cacaueiro (Theobroma cacao), é a árvore perenefólia que dá origem ao fruto chamado cacau.


Pertencente à família Malvaceae, o cacaueiro é originário da chuvosa Bacia do rio Amazonas, na América do Sul.[1] Em ambientes sombreados de floresta e sem poda humana, sua altura pode chegar a 20 metros, contudo, em condições de cultivo usualmente sua altura varia de 3 a 5 metros.[2]


O cacau é a principal matéria-prima do chocolate, feito por meio da torra e moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete.




Índice






  • 1 Origem do nome


  • 2 História


  • 3 Reprodução


  • 4 Cultivo econômico


  • 5 Trabalho escravo


  • 6 Cacau e conservação


    • 6.1 Cacau cabruca




  • 7 Cacau na mídia


  • 8 Notas e referências


    • 8.1 Notas


    • 8.2 Referências




  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas





Origem do nome |


A civilização Maia e mexicana (principalmente a Asteca), de mesma raiz, possuía dois vocábulos (kab e kaj) que, numa mesma palavra, formavam a expressão suco amargo picante(kabkaj) um sabor bastante apimentado. Segundo historiadores e desenvolvedores da geografia como o foi Américo Vespúcio, do Novo Continente, o nome atual foi praticamente dado por Cristóvão Colombo, apreciador do chocolate com gosto apimentado, e foi um dos primeiros a levar o conhecimento ao Velho Mundo, espalhando a planta, por onde andava. Assim, a bebida originada deste suco era nomeada de kabkajatl (segundo Cristóvão Colombo, onde as três últimas letras desta palavra significavam "líquido". Os espanhóis colonizadores tinham dificuldades de pronunciar a palavra e sempre colocavam um hu nas palavras dos índios mexicanos. Desta maneira, a palavra acabou transformando-se em kabkajuatl e, futuramente, pela ação popular, em cacauatl.[3]


A cacauatl foi modificada pelos espanhóis, passando a ser tomada quente e com leite e açúcar, basicamente, uma vez que se juntou muitos outros produtos para retirar o gosto apimentado, que nem sempre é apreciado pelo consumidor comum. Recebeu, então, um novo nome: chacauhaa (chacau = quente; haa = bebida). Depois, houve confusão entre as palavras, das bebidas quente e fria, dando origem a palavra chocolate.[3]



História |







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Frutos no cacaueiro.


O cacau é originário da bacia hidrográfica do rio Amazonas,[1][4] tendo sido dispersado para as regiões tropicais da América Central e Norte.[1]


O cacau era considerado pela civilização maia, por ser uma fruta apimentada, um alimento que deveria ser ingerido com "parcimônia e elegância",[carece de fontes?] devido ao seu sabor amargo; e era dado, diretamente pelos deuses aos homens; antes de Cristóvão Colombo, era consumido apenas pelos Sacerdotes da e para a Entidade Sol.[carece de fontes?] E, de tão importante, virou até moeda de troca o "Cacau" ou "Solaris" (outro nome da mesma moeda). Nessa época, no Brasil colonial, primeiramente e depois com a exportação, a partir de 1808, para toda a América Latina, pois Maria I de Portugal, Brasil e Além-Mar aceitava essa "quase-moeda", o "cacau" e/ou "solaris" (casa do sol), como crédito. Não se fazia o cacau o que conhecemos hoje como Chocolate. Fazia-se uma bebida de sabor amargo - apimentado, com as sementes torradas e moídas misturadas com água, "semelhante ao preparo do cafezinho", da forma de Cristóvão Colombo), que muitas vezes acrescentava o café à bebida apimentada sagrada dos mexicanos. Segundo alguns estudiosos, atualmente, acrescenta-se a pimenta ao chocolate, para voltar ao sabor de antigamente.


Nos nossos dias, o chocolate movimenta globalmente uma economia de 60 bilhões de dólares/ano, enquanto os produtores de cacau ficam apenas com 3,3% da renda gerada[carece de fontes?].


No Brasil, ele foi cultivado primeiramente na Amazônia, onde já existia em estado natural, próximo ao clima do México, devido ao rio Amazonas. Depois, pelo rio Amazonas, passou para o Pará e pelo mar chegou finalmente à Bahia, onde melhor se adaptou ao solo e ao ambiente marinho, e causou o chamado "boom" da época de 1930.



Reprodução |




Flores de cacaueiro


O cacaueiro é uma planta de clima quente e úmido que prefere o solo argilo-arenoso. Esta árvore possui duas fases de produção de frutos: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro).[5] Sua propagação se dá por sementes (seminal/sexuada) e de forma vegetativa (assexuada). Por ser uma planta tolerante à sombra, vegeta bem em sub-bosques e matas raleadas sendo, portanto, uma cultura extremamente conservacionista de solos, fauna e flora. Pouco mecanizada, é uma cultura que proporciona um alto grau de geração de emprego. Encontrou no sul da Bahia um dos melhores solos e clima para a sua expansão.



Cultivo econômico |



Ver artigo principal: Cacauicultura

O cacau é cultivado em cerca de 17 milhões de hectares em todo o mundo.[6] A produção somada de Costa do Marfim e Gana representa 60% da oferta global.[7] De acordo com a FAO, os dez maiores produtores mundiais em 2005[8] foram:


























































Posição, País
Valor
(Int'l $1,000)[nota 1]
Produção
(toneladas métricas)
1 Costa do Marfim
1.024.339
1.330.000
2 Gana
566.852
736.000
3 Indonésia
469.810
610.000
4 Nigéria
281.886
366.000
5 Brasil
164.644
213.774
6 Camarões
138.632
180.000
7 Equador
105.652
137.178
8 Colômbia
42.589
55.298
9 México
37.281
48.405
10 Papua-Nova Guiné
32.733
42.500

O estado da Bahia produz atualmente cerca de 95% do cacau do Brasil (país cuja produção corresponde a mais ou menos 5% da mundial, sendo a Costa do Marfim o maior produtor do planeta, com aproximadamente 40% do total).



Trabalho escravo |


A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau do mundo, chegando a contribuir com 41% do mercado global.[9] Em suas plantações ocorre uso de mão de obra escrava e infantil, mais modernamente, uma vez que antigamente (1808 - 1930), na época da riqueza e do "Cacau", era toda assalariada e consumidora do produto que plantavam, seus propagandistas, segundo Dona Maria I de Brasil, Portugal e Além - Mar. As grandes companhias produtoras de chocolate chegaram a assinar em 2001 um termo onde se comprometiam a extinguir o uso deste tipo de mão de obra nos cacauzeiros até 2008. No entanto o prazo não foi cumprido, e segundo denúncias em 2010 ainda eram utilizados em larga escala.[10] Autoridades locais e organizações internacionais têm dedicado atenção ao tema desde então.



Cacau e conservação |



Cacau cabruca |


Por ser plantado por mais de 200 anos, no Estado da Bahia, à sombra da floresta, o cultivo do cacaueiro foi responsável pela conservação de grandes corredores de Mata Atlântica. Este sistema de cultivo é conhecido como "cacau cabruca", corruptela do termo "brocar" (ralear). Nele, o sub-bosque da mata é "brocado" (removido) e substituido por mudas de cacaueiro, tradicionalmente plantadas aleatoriamente. As mudas crescem e passam a produzir seus frutos sob a proteção do vento e sombra das árvores da Mata Atlântica.


Em um levantamento realizado em cabrucas por Lobão,[11] em 2007 no sul baiano, foram encontradas integradas ao sistema cacau-cabruca espécies de árvore consideradas raras, como o jequitibá-rosa (Cariniana legalis), o pau-brasil (Caesalpinea echinata), que é uma espécie ameaçada de extinção[12][13] e a gameleira (Ficus gomelleira), que é uma espécie de importância sócio-ecológica, já que seus ramos jovens servem de alimento à preguiças e práticas religiosas afro-brasileiras estão associadas a ela.[14] É digno de nota o fato de que maior jequitibá-rosa de que se tem notícia atualmente foi encontrado em um sistema cacau cabruca na região cacaueira da Bahia.[15]


Recentemente, foi criado o Instituto Cabruca que, junto com outras instituições ambientalistas, vem desenvolvendo projetos de pesquisas e extensão sobre o tema, estudando formas de manter essa vegetação nativa associada ao cacau.





Theobroma cacao - MHNT



Cacau na mídia |



  • A telenovela Renascer, da Rede Globo mostrou com destaque a cultura do cacau na Bahia.

  • A telenovela Gabriela também mostra a cultura do cacau.



Notas e referências


Notas




  1. Baseado nos preços internacionais no triênio 1999–2001.





Referências




  1. abc WOOD, G. A. R. History and development. In: WOOD, G. A. R; LASS, R. A; Cocoa. 4. ed.. Agawam: Blackwell Science. 1985. p. 1-10.


  2. MÜLLER, M. W.; GAMA-RODRIGUES, A. C. Sistemas Agroflorestais com cacaueiro In: VALLE, R.R, Ciência, tecnologia e manejo do cacaueiro. Brasilia: CEPLAC/CEPEC, 2012. p. 407-435.


  3. ab AQUARONE, Eugênio. et al. Biotecnologia Industrial. vol.IV. São Paulo: Blucher, 2001.


  4. MÜLLER, M. W.; VALLE, R. R. Ecofisiologia do cultivo do cacaueiro . In: VALLE, R.R, Ciência, tecnologia e manejo do cacaueiro. Brasilia: CEPLAC/CEPEC, 2012. p.31-66.


  5. Encyclopedia of Life. «Theobroma cacao». Consultado em 15 de junho de 2015 


  6. CBS Interactive Business Network


  7. Loucoumane Coulibaly; Joe Bavier (11 de abril de 2014). «Gold rush threatens West Africa's cocoa future» (em inglês). Reuters. Consultado em 11 de abril de 2014  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)


  8. «ESS Website ESS : Statistics home». www.fao.org (em inglês). Consultado em 8 de fevereiro de 2017 


  9. «Mercado de Cacau». www.ceplac.gov.br. Consultado em 8 de fevereiro de 2017 


  10. www.imdb.com/title/tt1773722


  11. LOBÃO, D. E. Agrossistema cacaueiro da Bahia: Cacau cabruca e fragmentos florestais na conservação de espécies arbóreas. Tese (Doutorado em Agronomia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Jaboticabal, 2007. p.108.


  12. VARTY, N. Caesalpinia echinata - The IUCN Red List of Threatened Species. 1998. Version 2014.1. Disponível em: <www.iucnredlist.org>. Acessado em: 25/07/2014.


  13. BRASIL, IBAMA. Instrução normativa Nº06 de 23 de Setembro de 2008. Disponível em: http://www.ibama.gov.br. Acesso em 25/06/2014.


  14. RASHFORD, J. Candomblé’s Cosmic Trees and Brazilian Ficus species In: VOEKS, R. (ed.); RASHFORD, J (ed.). African Ethnobotany in the Americas. Springer New York. 2013. p. 311.


  15. MANSUR, A. ÉPOCA – Blog do Planeta. Floresatas de cacau preservam o maior jequitibá do Brasil. 2014. Disponível em <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/02/florestas-de-cacau-preservam-o-maior-jequitiba-do-brasil.html>



Referências




Ligações externas |



Commons

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Cacau



  • CEPLAC

  • Laboratório de Genômica e Expressão - UNICAMP

  • Chocolate da Mata Atlântica


  • Gráficos sobre a produção mundial de cacau (em inglês)

  • Seqüestrar carbono devolvendo-o à sociedade sob a forma de chocolate.


  • WWI-Worldwatch Institute - Venture Capitalism for a tropical forest (em inglês)


  • Theobroma cacao (University of Louisiana) (em inglês)


  • Theobroma cacao (Purdue University) (em inglês)


  • Theobroma cacao (University of Wisconsin-Madison) (em inglês)

  • Preços do cacao



  • Portal da botânica



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