Papa Sisto V
Sisto V O.F.M. Conv. | |
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Papa da Igreja Católica | |
227° Papa da Igreja Católica | |
Atividade Eclesiástica | |
Ordem | Ordem dos Frades Menores Conventuais |
Diocese | Diocese de Roma |
Eleição | 24 de abril de 1585 |
Entronização | 1 de maio de 1585 |
Fim do pontificado | 27 de agosto de 1590 (5 anos) |
Predecessor | Gregório XIII |
Sucessor | Urbano VII |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 1547 |
Nomeação episcopal | 15 de novembro de 1566 |
Ordenação episcopal | 12 de janeiro de 1567 por Dom Antonio Lauro |
Nomeado Patriarca | 24 de abril de 1585 |
Cardinalato | |
Criação | 17 de maio de 1570 por Papa Pio V |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | São Jerônimo dos Croatas |
Papado | |
Brasão | |
Consistório | Consistórios de Sisto V |
Dados pessoais | |
Nascimento | 13 de dezembro de 1521 Grottammare, Itália |
Morte | 27 de agosto de 1590 (68 anos) Roma, Itália |
Nacionalidade | Italiano |
Nome nascimento | Felice Peretti |
Progenitores | Mãe: Mariana Pai: Francesco Piergentile detto Peretto |
Sepultura | Basílica de Santa Maria Maior |
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Sisto V, nascido Felice Peretti, O.F.M. Conv. (Grottammare, 13 de dezembro de 1521 – Roma, 27 de agosto de 1590) foi papa entre 24 de abril de 1585 e a data da sua morte.
Sisto V foi um homem dos tribunais da Inquisição, onde participou com tal severidade e determinação que, sendo conselheiro inquisitorial em Veneza durante o pontificado de São Pio V, o seu inclemente rigor obrigou a que o governo da Sereníssima República solicitasse ao papa que o chamasse a Roma para se livrar da sua presença. Foi sem dúvida o indicado para salvar a Itália dos bandidos que lá se tinham instalado no pontificado do seu antecessor Gregório XIII. Servindo-se do Cardeal Colonna, perseguiu implacavelmente as quadrilhas de malfeitores nos campos e cidades, e até a ponte de Sant'Angelo se converteu em macabro expositor de cabeças cortadas, de largo efeito dissuasor. Terminada a época de terror dos malfeitores, aproveitou a estrutura de perseguição para punir com igual brutalidade prostitutas, ladrões menores e demais ralé, criando uma imagem de crueldade e o ódio dos seus súbditos. Consciente de que o povo de Roma não lhe haveria de erigir uma estátua depois de falecer, erigiu-a ele próprio no Capitólio, rapidamente demolida pelos romanos.
Também virou, como o seu antecessor, a atenção a Inglaterra, procurando derrubar a rainha Isabel I. Havia sido ele quem, em 1569, redigira a bula de excomunhão da rainha, promulgada por Pio V. Procurou unir as nações católicas contra a apóstata mas comprovou que nas cortes europeias o espírito das antigas cruzadas já tinha passado à história, pois eram apenas interesses tangíveis e materiais, e não a defesa da fé, que moviam os governos e as tropas.
Convenceu Filipe II de Espanha de que havia razões suficientes para empreender uma guerra contra Inglaterra. O rei de Espanha foi inicialmente contra tal empresa, pois tinha já o seu exército em manobras na Flandres. Mesmo assim, e dada a insistência de Sisto V, deu instruções a Olivares, seu embaixador em Roma, para investigar que tipo de apoio político e econômico lhe garantiria o papa para tal tarefa. Filipe II acabaria por enviar em 1588 a malograda Armada Invencível, a cujo desastre total sobreviveu Sisto V durante dois anos.
Sisto V foi consagrado à sombra da Cúpula inacabada de Michelangelo; queixava-se que o tambor aberto fazia a nova basílica parecer um gigante acéfalo.
Ver também |
- Liga católica
Precedido por Gregório XIII | Papa 227.º | Sucedido por Urbano VII |