Papa Leão XI
Leão XI | |
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Papa da Igreja Católica | |
232° Papa da Igreja Católica | |
Atividade Eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Eleição | 1 de abril de 1605 |
Entronização | 10 de abril de 1605 |
Fim do pontificado | 27 de abril de 1605 (26 dias) |
Predecessor | Clemente VIII |
Sucessor | Paulo V |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 22 de julho de 1567 por Dom Antonio Altoviti |
Ordenação episcopal | 9 de abril de 1573 por Dom Francisco Pacheco de Villena |
Nomeado arcebispo | 15 de janeiro de 1573 |
Cardinalato | |
Criação | 12 de dezembro de 1583 por Papa Gregório XIII |
Ordem | Cardeal-presbítero (1583-1600) Cardeal-bispo (1600-1605) |
Título | Santos Ciríaco e Julita (1583-1591) São João e São Paulo (1591-1592) São Pedro Acorrentado (1592-1594) Santa Praxedes (1594-1600) Santa Maria além do Tibre (1600) Abano (1600-1602) Palestrina (1602-1605) |
Papado | |
Brasão | |
Consistório | sem consistório |
Dados pessoais | |
Nascimento | 2 de junho de 1535 Florença, Itália |
Morte | 27 de abril de 1605 (69 anos) Roma, Itália |
Nacionalidade | Italiano |
Nome nascimento | Alessandro Ottaviano de' Medici |
Progenitores | Mãe: Francesca Salviati Pai: Ottaviano de' Medici |
Sepultura | Basílica de São Pedro |
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Leão XI, nascido Alessandro Ottaviano de' Medici, (Florença, 2 de junho de 1535 — Roma, 27 de abril de 1605), foi eleito no dia 1 de abril de 1605 e governou até à sua morte, ocorrida apenas 26 dias depois de eleito. Encontra-se sepultado na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Da poderosa família Médici, de Florença, sobrinho-neto do Papa Leão X, e parente do Papa Clemente VII. Foi embaixador do Grão-Duque da Toscana junto do Papa Pio V durante 15 anos, Bispo de Pistoia em 1573, Arcebispo de Florença no ano seguinte e Cardeal em 1583.
O Papa Clemente VIII enviou-o, em 1596, como legado a França onde Maria de Médici reinava. Alessandro era amigo e discípulo de São Filipe Neri.
Em 14 de março de 1605, apenas onze dias depois de Clemente VIII falecer, 62 cardeais formaram o conclave. Proeminentes entre os candidatos eram o grande historiador Baronius e o controverso jesuíta Bellarmine. Mas Aldobrandini, líder da facção italiana entre os cardeais, aliado aos franceses condicionou a eleição a Alessandro contra a vontade expressa do rei Filipe III de Espanha. Eleito a 1 de abril, faleceu nesse mesmo mês.
Profundamente religioso, era um dos discípulos favoritos de São Filipe Neri.
Brasão |
- Descrição: Escudo eclesiástico de jalde com cinco arruelas de goles postas: 2,2 e 1; acompanhadas em chefe de uma arruela maior de blau carregado com três flores de lis de jalde postas: 2 e 1.
O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argent, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente, com três coroas de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
- Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas as armas familiares do pontífice, os Medici, já presentes no brasão de Leão X, Clemente VII e Pio IV. O campo de jalde (ouro) simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. As arruelas são círculos de esmalte que para alguns autores representam a sorte, por imitarem a face de um dado; para outros representam um plano de corte de um tronco de árvore e ainda a matéria prima que pode ser comercializada e transformada em moeda.
As arruelas de goles (vermelho), também ditas “guses”, representam, por seu esmalte, valor, empreendimento, ousadia e ainda o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens.
A arruela de blau (azul), também dita “heurte”, carregada de três flores-de-lis, são o símbolo da Casa Real da França, á qual se ligou a Casa de Médici. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal, usada como timbre, recorda, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa.
Ver também |
- Família Médici
Precedido por Clemente VIII | Papa 232.º | Sucedido por Paulo V |