Tasmânia









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Coordenadas: 42° S 147° E

































































































Austrália
Tasmânia

Tasmania


 


  Estado da Austrália  




Bandeira de Tasmânia
Bandeira

Brasão de armas de Tasmânia
Brasão de armas

Apelido(s): The Island of Inspiration
The Apple Isle
Holiday Isle

Lema: Ubertas et Fidelitas
(do latim: Fertilidade e fidelidade)

Localização da Tasmânia na Austrália.

Localização da Tasmânia na Austrália.
Fundação

1825 (estabelecido)
1856 (governo responsável)
1901 (estado)
Capital

Hobart
Administração
 - Tipo

Monarquia constitucional
 - Governador
Kate Warner
 - Premier
Will Hodgman

Área
 - Total
68,401 km²
 - Terra
67.031 km²
 - Água
1.370,42 km²

População (2016)
 - Total
519 100

    • Densidade

7 589,1 hab./km²
Gentílico

Tasmanian

Informações
 - PIB nominal

A$ 28,207
 - PIB per capita

A$ 44,011

Fuso horário

+10 e +11
Código postal
TAS

Código ISO 3166-2

AU-TAS

Membros da Câmara
5/150

Membros do Senado
12/76
Sítio

www.tas.gov.au


A Tasmânia[nota 1] é uma ilha e um estado da Austrália localizado a 240 km da costa sudeste da Austrália continental separado pelo Estreito de Bass. Possui uma área total de 68 401 km²,[1] composta pela ilha da Tasmânia (a 26.ª maior do mundo) e 334 ilhas adjacentes[2] e dos quais cerca de 45% consistem de reservas naturais, parques nacionais e Patrimónios Mundiais.[3] A sua população é de 519 100 habitantes,[4] a maioria concentrada na região de Grande Hobart, a área metropolitana da sua capital. Devido a um erro no seu mapeamento, o estado possui uma fronteira terrestre com o estado de Vitória no ilhote de Boundary. Os ilhotes Bishop e Clerk, 37 km a sul da ilha Macquarie, são o ponto mais austral reconhecido internacionalmente do estado e do país. Outros grandes centros populacionais são Launceston, Devonport e Burnie.


Acredita-se que os aborígenes estivessem presentes na ilha nos 40 000 anos anteriores à colonização britânica, separando-se dos restantes grupos continentais há cerca de 10 000 anos aquando da criação do Estreito de Bass pela subida do nível do mar.[5] A população aborígene rondava os 3 000 a 7 000 indivíduos à época da colonização, mas foi praticamente dizimada em 30 anos devido a uma combinação de conflitos (com os colonizadores — a Guerra Negra — e entre tribos) e doenças infecciosas para as quais não possuiam imunidade. O conflito, que atingiu o seu auge entre 1825 e 1831 com a declaração da lei marcial, levou à morte de 1 100 indivíduos entre aborígenes e colonizadores e levou a um debate entre historiadores quando à sua classificação como genocídio.[6]


O estado foi criado em 1803 enquanto colónia penal do Império Britânico de modo a evitar possíveis reivindicações territoriais dos franceses durante as Guerras Napoleónicas. Para a colónia foram enviados cerca de 75 000 presos até 1853.[7] Inicialmente parte da Nova Gales do Sul, tornou-se uma colónia independente com o nome de Terra de Van Diemen em 1825. Em 1854 foi aprovada a Constituição da Tasmânia, permitindo a mudança para o nome atual no ano seguinte. Em 1901 transformou-se num estado através do processo de Federação da Austrália.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Pré-história física


    • 1.2 População indígena


    • 1.3 A chegada dos europeus




  • 2 Geografia


  • 3 Religião


  • 4 Governo


  • 5 Notas


  • 6 Referências


  • 7 Bibliografia





História |



Ver artigo principal: História da Tasmânia


Pré-história física |


Acredita-se que a ilha fizesse parte da ilha principal até o final da mais recente era glacial, há aproximadamente 10 000 anos.



População indígena |



Ver artigo principal: Aborígenes tasmanianos

A Tasmânia foi habitada por populações indígenas, os aborígenes tasmanianos, existindo evidências que indicam sua presença nesse território há pelo menos 35 000 anos. A subida do nível do mar isolou a Tasmânia do resto do continente australiano há cerca de 10 000 anos, e aquando da chegada dos europeus, os povos aborígenes distribuíam-se por nove nações principais (ou grupos étnicos).[5]


A população indígena, em 1803 e à época da colonização britânica, foi estimada entre 3 000 a 10 000. Os aborígenes da Tasmânia não produziam fogo ou armas e, por isso, eram considerados pelos colonizadores europeus como sendo uma raça inferior. A limpeza étnica era vista como algo necessário para evitar a contaminação da humanidade por raças inferiores e os aborígenes foram caçados como animais. Sua pele foi usada para produzir couro, adultos foram esterilizados e muitos morreram em consequência de doenças. A população foi dizimada, mas alguns descendentes mestiços ainda sobrevivem. O impacto das doenças introduzidas, anteriores às primeiras estimações europeias sobre a população da Tasmânia, significa que a população indígena original poderia ter sido algo superior a 5000. O último aborígene de sangue puramente tasmaniano foi Truganini - que morreu em Hobart em 1876.



A chegada dos europeus |


O primeiro europeu a avistar a Tasmânia de maneira comprovada foi o explorador neerlandês Abel Tasman em 24 de novembro de 1642, o qual chamou a ilha de Anthoonij van Diemenslandt em homenagem a seu patrocinador, o Governador-geral das Índias Orientais Neerlandesas. O nome foi mais tarde encurtado para Terra de Van Diemen (Van Diemens Land) pelos britânicos. O Capitão Marc-Joseph Marion du Fresne também avistou a ilha em 1772, James Cook em 1777, Antoine Raymond Joseph de Bruni d'Entrecasteaux em 1792 e 1793, Nicolas Baudin em 1802 e diversos outros navegadores europeus acostaram na ilha.


A primeira colônia foi iniciada pelos britânicos em Risdon Cove na margem oriental do estuário do Derwent em 1803 por um pequeno grupo enviado de Sydney sob o comando do tenente John Bowen. Uma segunda colônia foi estabelecida pelo capitão David Collins 5 km ao sul da primeira em 1804 em Sullivan's Cove na margem ocidental do Derwent onde a água doce era mais abundante. Esta última colônia ficou conhecida como Hobart Town ou Hobarton, mais tarde encurtado para Hobart, em homenagem ao secretário colonial britânico da época, Lord Hobart. A colônia de Risdon foi mais tarde abandonada.


Os primeiros colonos eram, na grande maioria, presidiários e seus guardas militares, com a missão de desenvolver a agricultura e outras atividades. Diversas outras colônias penais foram estabelecidas em Van Diemen's Land, incluindo prisões secundárias, como as particularmente severas colônias penais de Port Arthur no sudeste e Macquarie Harbour na costa oeste.


Van Diemen's Land foi proclamada uma colônia à parte da Nova Gales do Sul, com seu próprio sistema judiciário e conselho legislativo em 3 de dezembro de 1825.



Geografia |



Ver artigo principal: Geografia da Tasmânia



A Tasmânia vista do espaço (cortesia NASA).


A Tasmânia é uma ilha acidentada de clima temperado.


A parte mais elevada é a região central, que cobre a maior parte do centro-oeste do Estado. A área centro-leste é plana, sendo usada principalmente para a agricultura, embora atividades pecuárias existam no estado.


A região sudoeste, em particular, tem uma grande densidade de florestas, com o Parque nacional do Sudoeste apresentando uma das últimas florestas temperadas do hemisfério sul. O gerenciamento dessas áreas tão afastadas e isoladas foi facilitado com o uso de imagens de satélite.


A maior parte da população vive em torno dos rios - os rios Derwent e rio Huon no sul, os rios Tamar e Mersey no norte.



Religião |


Segundo o Censo de 2006,[8] 61,84% dos habitantes da Tasmânia professavam alguma religião. Destes:



  • 42,38% eram protestantes. Sendo: Igreja Anglicana 29,25%, Igreja Unida na Austrália 5,77%, Igreja Presbiteriana 2,25%, Igreja Batista 1,82%, Exército de Salvação 0,47% e Pentecostais 2,82% (diversas igrejas);

  • 18,42% eram católicos;

  • 0,55% eram budistas;

  • 0,49% eram cristãos ortodoxos.



Governo |



Ver artigo principal: Governo da Tasmânia

A forma de governo da Tasmânia está prevista na sua Constituição, que data de 1856, apesar das suas várias modificações ao longo dos tempos. Desde 1901, a Tasmânia é um estado da Comunidade da Austrália.


A Constituição da Austrália regulamenta a sua relação com a Comunidade. Sob esta, a Tasmânia cede certos poderes legislativos e judiciários à Comunidade, mas mantém completa independência em todas as outras áreas. Na prática, porém, a independência dos estados australianos tem sido diminuída pela dominação financeira crescente da Comunidade [carece de fontes?]



Notas |




  1. Tasmania em inglês, pronunciado /tæzˈmeɪniə/. Conhecido coloquialmente como Tassie e abreviado para Tas.


Texto inicialmente baseado na tradução do artigo «Tasmania» na Wikipédia em inglês.



Referências




  1. «Area of Australia - States and Territories». www.ga.gov.au (em inglês). Geoscience Australia. Australian Government. 15 de maio de 2014. Consultado em 4 de maio de 2017. 


  2. «Our Islands - Discover Tasmania». Government of Tasmania. 7 de janeiro de 2014. Consultado em 4 de maio de 2017.. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2014 


  3. «Parks & Wildlife Service - Introduction». www.parks.tas.gov.au. Consultado em 4 de maio de 2017. 


  4. «3101.0 – Australian Demographic Statistics, Jun 2016». www.abs.gov.au (em inglês). Australian Bureau of Statistics. Consultado em 4 de maio de 2017. 


  5. ab Lyndall, Ryan (2012). Tasmanian Aborigines. Sydney: Allen & Unwin. pp. 3–6. ISBN 978-1-74237-068-2 


  6. Clements, Nicholas (2014). The Black War. Brisbane: University of Queensland Press. ISBN 978-0-70225-006-4 


  7. Agency, Digital Transformation. «Convicts and the British colonies in Australia | australia.gov.au». www.australia.gov.au (em English). Consultado em 4 de maio de 2017.  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)


  8. http://www.oktravel.com.au/au/tas/stats/



Bibliografia |



  • Edward Duyker, The Discovery of Tasmania: Journal Extracts from the Expeditions of Abel Janszoon Tasman and Marc-Joseph Marion Dufresne 1642 & 1772, St David's Park Publishing/Tasmanian Government Printing Office, Hobart, 1992, ISBN 0 7246 2241 1.


  • Edward Duyker An Officer of the Blue: Marc-Joseph Marion Dufresne 1724—1772, South Sea Explorer, Miegunyah/Melbourne University Press, Melbourne, 1994, ISBN 0 522 84565 7.


  • Edward Duyker & Maryse Duyker, Bruny d’Entrecasteaux: Voyage to Australia and the Pacific 1791—1793, Miegunyah/Melbourne University Press, Melbourne, 2001, ISBN 0 522 84932 6 [paperback edition, March 2006, ISBN 0 522 85232 7]


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