Maresia





Disambig grey.svg Nota: Se procura o gênero botânico, veja Maresia (género botânico).




O spray marinho


Maresia, ressalga ou rocio do mar são as designações genéricas utilizadas para referir o aerossol resultante do transporte pelo vento das gotículas de água salgada formadas pela nebulização da água do mar em resultado da acção do vento sobre a crista das vagas e a rebentação das ondas.[1] A designação é por vezes aplicada ao forte odor que se desprende do mar, particularmente quando há forte rebentação ou em maré vazia. No Brasil, o termo "maresia" refere sobretudo a oxidação causada pela água do mar, provocando a corrosão de objetos metálicos nas proximidades do litoral.




Índice






  • 1 Descrição


  • 2 Notas


  • 3 Ver também


  • 4 Ligações externas





Descrição |


Em resultado do transporte e dispersão pelo vento das gotas de água salgada formadas pela rebentação das ondas, ou pelo desfazer das vagas em situações de tempestade, formam-se goticulas de água do mar, que após evaporação durante o transporte atingem elevadas concentrações de sais minerais, particulamente de cloreto de sódio. Como os sais em geral não são solúveis no ar atmosférico, o transporte destas gotículas pelo vento, e depois o transporte dos cristais de sal formados pela sua evaporação, constitui o principal mecanismo de transporte aéreo da sais marinhos.[2]


Quando as gotículas se depositam sobre a vegetação ou sobre os edifícios e viaturas, o que pode acontecer até alguns quilómetros do mar devido ao transporte pelo vento, a água evapora-se deixando minúsculos cristais de sal. O sal assim depositado tem um forte efeito sobre as plantas, dessecando as folhas e caules por efeito osmótico, e sobre a corrosão de estruturas metálicas localizadas próximo do litoral.





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Notas




  1. Monahan, E. C.; Spiel, D. E.; Davidson, K. L. "Em Oceanic whitecaps and their role in air-sea exchange processes"; Monaham, E. C.; Niocaill, G. M., eds.; D. Reidel Publishing: Dordrecht, Holland, 1986, p. 167-174.


  2. Castro L. M. 1997. Composição e origem dos poluentes particulados numa atmosfera costeira. Dissertação de doutoramento. Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro, 393 pp.



Ver também |



  • Erosão costeira

  • Erosão marinha

  • Ar do mar

  • Brisa (vento)

  • Intrusão salina

  • Ondas oceânicas de superfície



Ligações externas |



  • Formação Secundária de Compostos Particulados numa Atmosfera Marinha

  • Célia Alves, Aerossóis atmosféricos: perspectiva histórica, fontes, processos químicos de formação e composição orgânica




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