GE C-C (CPEF)
GE 5200 / GE C-C (CPEF) | |
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Descrição | |
Propulsão | Elétrica |
Fabricante | GE Brasil |
Ano de fabricação | 1967/1968 |
Locomotivas fabricadas | 10 |
Classificação AAR | C-C |
Tipo de serviço | Carga e Passageiros |
Características | |
Bitola | 1600 mm |
Diâmetro das rodas | 1.168 mm |
Distância entre eixos | 2.082 mm |
Comprimento | 18.339 mm |
Peso da locomotiva | 144.000 kg |
Peso por eixo | 24.000 kg |
Peso aderente | 144.000 kg |
Tipo de combustível | Eletricidade |
Eletrificação | 3000V, C.C. |
Método de eletrificação | Corrente Contínua |
Fabricante do motor | General Electric |
Gerador | 2x GMG136 |
Motores de tração | 6x G.E. 729 |
Tração múltipla | Sim |
Performance | |
Velocidade máxima | 92,5 km/h |
Potência total | 5.250 hp |
Potência disponível para tração | 4.450 hp |
Esforço de tração | 22.000 kgf |
Freios da locomotiva | Ar comprimido |
Operação | |
Ferrovias Originais | CPEF |
Ferrovias que operou | Fepasa |
Classe designada na ferrovia | CPEF: Série 350 |
Número de locomotivas na classe | 10 |
Numeração SIGO | 6351-6360 |
Apelidos | Vandeca, Vanderléia |
Local de operação | São Paulo (Araraquara a Jundiaí principalmente) |
Data de entrega | 1967 e 1968 |
Ano da entrada em serviço | 1968 |
Ano da saída do serviço | 1998 |
Ano de aposentadoria | 1998/1999 |
Ano de restauração | 2015 |
Unidades preservadas | 1 |
Proprietário atual | DNIT e MFRB (Museu Ferroviário Regional de Bauru) |
Situação | 1 restaurada às condições originais, demais degradadas e vandalizadas. |
GE C-C (CPEF) ou GE-Série 350 foi a primeira locomotiva elétrica fabricada no Brasil pela General Electric.
Índice
1 História
2 Série 350 (Companhia Paulista de Estradas de Ferro)[1]
3 Na CPEF
4 Fepasa
5 Fim das Vanderleias
6 Proprietários Originais
7 Preservação
8 Ver também
9 Referências
10 Ligações externas
História |
No início dos anos 60, o governo de São Paulo ainda investia na eletrificação de suas ferrovias. Mas apesar dos investimentos ainda faltavam locomotivas, sendo essas na maioria das vezes importadas, com alto custo.
Em 19 de fevereiro de 1963 o então governador do estado de São Paulo, Adhemar de Barros, assinou decreto autorizando o fornecimento de novas locomotivas elétricas para a E.F. Sorocabana. Essa resolução também incluía a fabricação de novas unidades para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Em 10 de novembro de 1964 foi assinado o contrato de fornecimento com a General Electric do Brasil. O Brasil estava fabricando sua primeira locomotiva elétrica com índice de nacionalização de 100% desde o projeto até a pintura. Um marco para a então engenharia ferroviária brasileira.
A primeira locomotiva foi entregue em 19 de maio de 1967 para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, nas instalações da G.E. (GE do Brasil) em Boa Vista, (Campinas-SP) sendo que as demais foram entregues até 1968.
Foram um total de 10 locomotivas da série 350 do tipo C+C entregues à CPEF até 1968 e foram numeradas como Série 351 a 360. Diferentes das locomotivas recebidas pela Sorocabana, elas tinham duas cabines, eram mais potente e receberam o apelido de Vanderleia dos ferroviários da Companhia Paulista, em homenagem a uma famosa cantora da época. Operou nas ferrovias da região de Jundiaí, Campinas, Rio Claro, São Carlos e Araraquara, tracionando trens de passageiros e de carga. Na Fepasa foram renumeradas como Série 6351 a 6360.
Série 350 (Companhia Paulista de Estradas de Ferro)[1] |
Modelo | Potência (HP) | Bitola (m) | Fabricante | Origem | Ano de Fabricação |
---|---|---|---|---|---|
GE 350 | 4358 | 1,600 | General Electric | Brasil | 1967 |
Na CPEF |
As "Vanderléias" foram as últimas locomotivas elétricas adquiridas pela Companhia Paulista, quando esta já estava sobre controle do Estado de SP (tanto que em 1971, cerca de 4 anos depois, foi criada a Fepasa).
Apesar de serem anunciadas como tendo 5200 hp de potência, o que inclusive o nome do modelo sugere, elas geravam em torno de 4400 hp, não conseguindo superar em potência a Russa. Foram utilizadas para todo o tipo de trens, embora a maioria das fotos as mostre puxando composições de passageiros.
Fepasa |
Nos idos de 1971, as GE 5200 eram pertencentes as Ferrovias Paulistas S/A. Algumas ainda ostentavam as cores da CPEF, mas o nome predominante era "fepasa". Com os azuis e as faixas creme, assim era o primeiro padrão da nova empresa.
Nos anos 80 as Vandecas finalmente receberam a cor legítima da Fepasa, avermelhado e com o símbolo e os nomes em branco. As GE V8 da mesma empresa assumiam o recorde de velocidade sobre trilhos, e grandes mudanças vinham para ela.
Nessa década um acidente ferroviário marcou a história destas locomotivas: o Encontro da locomotiva Russa nº 6454 “Engenheiro Jayme Cintra” com a Vandeca nº 6358, na estação ferroviária de Santa Gertrudes (SP), em 15 de Agosto de 1985» (que resultou na morte de um ferroviário), e outro acidente também ficou marcado: em 1987 uma Vandeca bateu com uma V8, a 6389, saiu dos trilhos, e capotou na cidade de Brotas.
Fim das Vanderleias |
Já nos anos 90, com o fantasma da eletrificação assombrando as linhas da Fepasa, estas locomotivas começaram a ser usadas em triplex mostrando que ainda era eficiente o uso da tração de eletricidade, tracionando trens de tanques, como as Russas, suas irmãs mais velhas. Mas não teve jeito! Apesar de todas as tentativas, com as V8 na nova roupa da Fepasa a tracionar os trens de passageiros até a Capital. As Vandecas seriam pintadas também com a pintura da empresa, a 6356 passaria por reforma geral e receberia o padrão, mas ficou guardada sem truques nas oficinas de Jundiaí, o pulmão da Fepasa. Contudo, com fim dela e a erradicação da rede aérea na malha paulista devido aos "alegados" prejuízos da Ferroban, falta de interesse e constantes roubos de cabos, e as outras locomotivas que até então operavam foram largadas ao relento no pátio de Triagem Paulista em Bauru,... assim como as várias outras locos, como as V8, Russas e Mini-saias que lá já estavam. Uma ficou e está até hoje guardada na gare da Estação da cidade, a 6351. Faz parte do acervo do Museu Ferroviário da cidade.
VIDA NOVA
Depois de quase 20 anos esquecida, um exemplar desta locomotiva está salvo. E exatamente a que está parada na Estação de Bauru, a mesma # 6351.
Ganhará novamente o padrão de pintura e o número de sua dona original (CPEF): azul e creme, e o número 351. Como não há mais eletrificação nas linhas ferroviárias de São Paulo, sua restauração será apenas estética. Contudo, futuramente toda a locomotiva será reformada: buzina, engates, faróis, motor, pantógrafos. Então voltará à ativa, mesmo que não seja de todo.
Hoje há muitas cias. de preservação ferroviária, como a ABPF querem estas locomotivas para seu acervo e para operar em seus trens de turismo. Mas a burocracia do DNIT e a inventariança da RFFSA que caminha a passos lentos impede essas grandes ações.
Proprietários Originais |
Ferrovia | País | Bitola | Quantidade |
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Companhia Paulista | Brasil | 1,600m | 10 |
Preservação |
Apesar de todas terem sido desativadas no mesmo período (1998 e 1999) e junto com suas "irmãs" 'Russas' e 'V8', as 'Vanderléias' foram mais sortudas. Nenhuma destas locomotivas foi destruída pelo maçarico, o que não significa que atualmente estejam intactas. Sofreram sim, com o abandono e o vandalismo, mas elas têm chances maiores de voltarem a rodar pois ainda estão sobre suas plataformas, e sofreram menos, caso houvera, com o roubo de materiais e peças de valor, o que já é um ponto de grande importância.
Uma das unidades passa por processo de restauro e em breve será entregue renovada.
Não há indicativo de que haja outras dessas locomotivas a ser restaurada.
Ver também |
- Comboio
- Locomotivas GE
- Classificação de locomotivas
Referências
↑ http://www.pell.portland.or.us/~efbrazil/electro/cpef.html#estatal
Ligações externas |
- Locomotiva Vanderléia CPEF
- Vanderléia em ação
- Locomotiva Mini Saia/Toco EFS