Astúrias




Coordenadas: 43° 20' N 6° O



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Espanha
Astúrias

Principado de Asturias


Principáu d'Asturies
Principao d'Asturias


 


  Comunidade autónoma  




Bandeira de Astúrias
Bandeira

Brasão de armas de Astúrias
Brasão de armas

Localización de Asturias.svg


Hino: Asturias, Patria querida
Capital

Oviedo
Administração
 - Presidente

Javier Fernández Fernández (PSOE)

Área
 - Total
10 604 § km²

População (2005)
 - Total
1,076,635

    • Densidade

101,53 hab./km²
Gentílico
Asturiano, -a

Províncias
Esta região constitui simultaneamente uma província e comunidade autónoma.
Idioma oficial

Castelhano (oficial), Asturiano (não-oficial), Galego (não-oficial, usado apenas na zona mais ocidental)

Estatuto de autonomia

11 de Janeiro de 1982

ISO 3166-2
ES-O

Congresso
Senado
8 assentos
6 assentos
Sítio

Governo do Principado de Astúrias

§ 2,1% da área total de Espanha
2,44% da população total de Espanha


O Principado das Astúrias, em castelhano Principado de Asturias (pɾinθiˈpaðo ðe asˈtuɾjas), Principáu d'Asturies em asturiano (pɾinθiˈpaw ðasˈtuɾjes) e Principao d'Asturias em galego-asturiano, é uma comunidade autónoma definida como nação histórica e província de Espanha. O seu território atual corresponde em grande medida com o antigo território das Astúrias de Oviedo, contíguas às de Santilhana.


Recebe o nome de Principado por razões históricas, já que o herdeiro da coroa espanhola possui o título nobiliário de Príncipe das Astúrias, estabelecido por João I de Castela em 1388. A sua capital é Oviedo/Uviéu enquanto que Gijón/Xixón é a cidade mais povoada.




Índice






  • 1 Geografia


  • 2 História


  • 3 Organização territorial


    • 3.1 Comarcas


      • 3.1.1 Comarcas históricas




    • 3.2 Outras divisões administrativas




  • 4 Demografia


  • 5 Língua


  • 6 Gastronomia


  • 7 Mitologia


  • 8 Cultura contemporânea


  • 9 Referências


  • 10 Ver também


  • 11 Ligações externas





Geografia |




Parque Natural de Redes, na zona asturiana dos Picos da Europa


Situa-se junto ao Mar Cantábrico, na vertente norte da cordilheira Cantábrica. É limitada a Oeste pela Galiza, a Sul por Castela e Leão, a Este pela Cantábria e a Norte pelo Mar Cantábrico.


Sua costa é muito escarpada e recortada, formando praias, rias e cabos. Os rios são pouco extensos, mas de águas rápidas. Uma das áreas mais elevadas desta região corresponde aos Picos da Europa, que atingem os 2600 metros de altitude, e onde existe um parque natural. As suas principais cidades são Oviedo, capital da província, Gijón, Avilés, Langreo e Mieres onde se concentra a maior parte da população, contrastando com as áreas de "vazio humano" que correspondem às regiões montanhosas.



História |



Ver artigo principal: História das Astúrias

Ocupada por grupos humanos desde o Paleolítico Inferior, durante o Superior Astúrias caracterizou-se pelas pinturas rupestres do oriente da Comunidade. No mesolítico desenvolveu-se uma cultura original, o Asturiense; a seguir introduziu-se a Idade de Bronze, caracterizada pelos megálitos e túmulos.


Na Idade de Ferro, o território esteve submetido à influência cultural celta. O povo celta dos ástures compreendia tribos como os lugões, pésicos, etc., que povoaram todo o território ásture de castros, antigos povoados celtas. A influência celta ainda perdura hoje com os topónimos de rios e montanhas, como nomes de populações. A conquista romana entre 29 e 19 d.C. fez que as Astúrias entrassem na História.




Castro de Coanha, século I d.C.


Depois de vários séculos sem presença estrangeira, os suevos e os visigodos tentaram ocupar o território no século VI, que terminaria a princípios do século VIII com a invasão muçulmana. O território, como tinha sucedido com Roma e Toledo, não foi fácil de submeter, estabelecendo-se em 722 uma independência de facto como Reino das Astúrias. A monarquia asturiana daria passo no século X ao Reino de Leão.


Durante os séculos medievais, o isolamento propiciado pela cordilheira cantábrica faz que as referências históricas sejam escassas. Depois da rebelião do filho de Enrique II de Trastámara, estabelece-se o Principado de Astúrias. Se teve várias tentativas de independência, os mais conhecidos foram o conde Gonzalu Pelaiz ou a rainha Urraca (a asturiana), que ainda conseguindo importantes vitórias ao final foram derrotados pelas tropas castelhanas. Além disso, durante o século VIII, os árabes dominaram toda a Península Ibérica, a não ser as Astúrias. Esse fato foi fatal para os muçulmanos, uma vez que a Cruzada da Reconquista foi feita por cristãos da região.


No século XVI o território atingiu pela primeira vez os cem mil habitantes, número que se duplicou com a chegada do milho americano no século seguinte.


A 8 de Maio de 1808, a Junta Geral do Principado das Astúrias declara a guerra a França e proclama-se soberana, criando exército próprio e enviando embaixadores ao estrangeiro, sendo o primeiro organismo oficial de Espanha em dar esse passo. A 1 de Janeiro de 1820, o oficial Rafael de Riego subleva-se em Cádiz proclamando a Constituição de 1812.




Aldeia de Pelugano


A partir de 1830 começa a exploração do carvão, iniciando a revolução industrial na comunidade. Mais tarde estabelecer-se-iam as indústrias siderúrgica e naval.




Catedral de Oviedo ou de S.Salvador


A 6 de outubro de 1934 começou uma rebelião na bacia mineira (cuenca) provocada porque os revolucionários não admitiram a entrada da CEDA na governação. A Revolução de 1934 teve as Astúrias por palco principal.


Durante essa revolução, protagonizada pelos mineiros das Cuencas (especialmente em La Felguera e Sama), a zona fica assolada em boa parte: resultam incendiados, entre outros edifícios, o da Universidade, cuja biblioteca guardava fundos bibliográficos de extraordinário valor que não puderam recuperar-se, ou o teatro Campoamor. A Câmara Santa na Catedral, por sua vez, foi dinamitada.




Mapa das paróquias civis asturianas.


A Guerra Civil produziu a divisão das Astúrias em dois bandos, ao somar-se Oviedo ao levantamento, a 18 de Julho. A 25 de Agosto de 1937 proclama-se em Gijón o Conselho Soberano de Astúrias e Leão, presidido pelo dirigente sindical e socialista Belarmino Tomás, terminando o conflito o 20 de outubro de 1937. Depois de vinte anos de estagnação económica, produziu-se a definitiva industrialização de Astúrias.


Fortemente afectado pela reconversão industrial da década de 1990, o Principado tenta actualmente potenciar a sua paisagem e recursos naturais com vistas ao turismo.



Organização territorial |


Para efeitos administrativos, o Principado está dividido em 78 concelhos, uma figura legal equivalente ao município. A entidade inferior ao concelho é a paróquia, onde se integram os bairros e aldeias.































































Posição
Concelho
População[1]
1

Escudu de Xixón Gijón/Xixón
277.559
2

Escudu d'Uviéu Oviedo/Uviéu
225.391
3

Escudu d'Avilés Avilês
83.617
4

Escudu de Siero Siero
52.094
5

Escudu de Llangréu Langréu
44.737
6

Escudu de Mieres Mieres
42.951
7

Escudu de Castrillón Castrilhão
22.893
8

Escudu de Samartín del Rei Aurelio São Martinho do Rei Aurélio
18.286
9

Escudu de Corvera Corvera
16.236
10

Escudu de Villaviciosa Villaviciosa
14.962
11

Escudu de Cangas del Narcea Cangas del Narcea
14.249


Comarcas |


O Estatuto de Autonomia possibilita também a possibilidade de ordenamento de comarcas. Apesar de não estarem ainda desenvolvidas, existem algumas administrações comarcais estabelecidas por vários municípios ou concelhos para a prestação de serviços que são de competência municipal, bem como para o ordenamento, planificação e promoção exterior da comarca. Até à dara, apenas foram desenvolvidas as comarcas de Avilês e do Nalón.



Comarcas históricas |


Vários concelhos asturianos estiveram unidos históricamente com o objetivo da defesa dos seus interesses na Junta Geral do Principado.


Fora do Principado, também deve ser feita uma ressalva para as comarcas das Astúrias de Santilhana, entre as quais as comarcas de Liébana, dos Nove Vales e a Merindade de Santilhana, uniões que também têm a sua origem no processo de desfeudalização.



Outras divisões administrativas |


Para efeitos eleitorais, existem nas Astúrias três circunscrições (central, ocidental e oriental), sendo a primeira a maior em termos geográficos e populacionais.


Judicialmente, o território divide-se em 18 partidos judiciais, com tribunais de primeira instância na capital de cada um destes.[2]


Por fim, em termos de saúde pública, a região organiza-se em 8 áreas sanitárias, 2 distritos sanitários, 68 zonas básicas de saúde e 16 zonas especiais de saúde.[3]



Demografia |



























1800 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981
350.000 627.069 685.131 743.726 791.855 836.642 888.149 989.344 1.045.635 1.127.007



Língua |



Ver artigo principal: Língua asturiana



Áreas linguísticas das Astúrias (esta divisão atende critérios científicos), nomeadamente as áreas de língua asturiana e de língua galega (a verde).


O idioma oficial é o castelhano. Também é usado o asturiano (asturianu ou bable), empregado fora das grandes cidades,nas zonas rurais. Tem proteção oficial no âmbito do Estatuto de Autonomia de Astúrias.
É uma língua que deriva diretamente do latim. O primeiro texto que se conhece em asturiano é o Fueru d'Avilés, de 1085.
O asturiano tem algumas variantes dentro do Principado. Após a queda do regime franquista, surgiu a necessidade de reavivar a língua asturiana. Em 1981 criou-se a Academia da Língua Asturiana (Academia de la Llingua Asturiana em asturiano) com vista ao estudo, defesa, conservação e divulgação do idioma.


No oeste do principado, em 18 municípios, fala-se o galego na sua variedade oriental (ver artigo galego-asturiano).



Gastronomia |




Escultura de homem escançando sidra, em Mieres


Tem elementos que a empatam com as cozinhas galega, normanda e bretã[carece de fontes?]. O prato mais conhecido é a fabada asturiana, parecida com a feijoada portuguesa. É um potente guisado feito com fabas de granja, uma variedade de feijão branco idêntica à feijoca, acompanhadas por chouriço, morcela, lacão e toucinho. As carnes são servidas à parte e conhecidas com o nome de compango. Salientam-se também a fabada com javali ou com amêijoas (esta última conhecida como fabes con amasueles), cebolas recheadas (cebolles rellenes) e o pote asturiano, com alguns pontos em comum com o Cozido à Portuguesa.


Além disso, destaca-se a variedade de pescados frescos e mariscos do Mar Cantábrico e a qualidade de sua carne de novilho, a Xata Roja, com DOP. Existem mais de cem variedades diferentes de queijos artesanais, dos que o de Cabrales é o mais popular. Se se preferir uma sobremesa ou doces, o mais tradicional é o arroz con leche, similar ao arroz doce português, as casadielles (um tipo de empadas de massa folhada, recheadas de uma pasta de frutos secos como noz, amêndoa ou avelã, previamente triturados, misturados com açúcar e regado por anis) fritas, os carajitos de Grado ou os frixuelos, um tipo de crepe doce.


A bebida asturiana por excelência é a sidra.



Mitologia |


A mitologia asturiana e as suas lendas estão baseadas nas vivências religiosas dos povos ástures, com temas simples sobre a adoração à Natureza e ao Sol, interligados com as mitologias Celta e Nórdica[carece de fontes?].



Cultura contemporânea |


Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, em Avilés. Este projecto foi oferecido à Fundação Príncipe das Astúrias como agradecimento pela condecoração que Oscar Niemeyer recebeu em 1989 (Prémio Príncipe das Astúrias das Artes). O Centro Niemeyer consta de cinco peças separadas e complementares: praça, auditório, cúpula, torre e um edifício polivalente. Foi inaugurado na Primavera de 2011.




Centro Niemeyer de Asturias



Referências




  1. «Actualización INE 2009». www.ine.es 


  2. «Cartografía de partidos judiciales - Ministerio de Justicia». www.mjusticia.gob.es (em espanhol). Consultado em 29 de agosto de 2017 


  3. «Ordenación Sanitaria del Territorio en las Comunidades Autónomas» (PDF). Ministerio de Sanidad. Gobierno de España 



Ver também |





  • Reino das Astúrias

  • Lista de reis das Astúrias

  • Lista de municípios das Astúrias



Ligações externas |



  • Imagens das Astúrias, Naturaleza, Fauna e flora


  • Imagens das Astúrias, Guia visual da gastronomia e paisagens asturianas através de tours virtuais: Oviedo, Gijón, Llanes, Picos de Europa.

  • Centro Niemeyer





































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