Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld
Vitória | |
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Princesa de Leiningen Duquesa de Kent e Strathearn | |
Retrato por Richard Rothwell, 1832 | |
Cônjuges | Emich Carlos, 2.° Príncipe de Leiningen (1803–1814) Eduardo, Duque de Kent e Strathearn (1818–1820) |
Descendência | Carlos, 3.° Príncipe de Leiningen Feodora de Leiningen Vitória do Reino Unido |
Casa | Wettin (por nascimento) Leiningen (por casamento) Hanôver (por casamento) |
Nome completo | Maria Luísa Vitória |
Nascimento | 17 de agosto de 1786 |
| Coburgo, Saxe-Coburgo-Saalfeld, Sacro Império Romano-Germânico |
Morte | 16 de março de 1861 (74 anos) |
| Frogmore House, Windsor, Berkshire, Reino Unido |
Enterro | Cemitério Real de Frogmore, Windsor, Berkshire |
Pai | Francisco, Duque de Saxe-Coburgo-Saalfeld |
Mãe | Augusta Reuss-Ebersdorf |
Maria Luísa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld (em alemão: Marie Louise Victoire; Coburgo, 17 de agosto de 1786 — Frogmore House, 16 de março de 1861), mais tarde Duquesa de Kent, foi a mãe da rainha Vitória do Reino Unido.
Índice
1 Família
2 Casamentos e filhos
3 Morte do duque de Kent
4 Rixa na família real
5 Rumores
6 A trama de Conroy
7 Reconciliação com Vitória
8 Morte
9 Títulos e estilos
9.1 Títulos
Família |
Vitória era a quarta filha de Francisco, Duque de Saxe-Coburgo-Saalfeld, e de sua esposa, a condessa Augusta Reuss-Ebersdorf. Entre seus irmãos, estava o futuro rei Leopoldo I da Bélgica.
Casamentos e filhos |
Em 21 de dezembro de 1803, em Coburgo, Vitória desposou Emich Carlos, 2° Príncipe de Leiningen (1763–1814), cuja primeira esposa, Henriqueta Reuss de Ebersdorf, tinha sido a tia materna de Vitória. Eles tiveram dois filhos:
Carlos, 3° Príncipe de Leiningen, nascido em 12 de setembro de 1804.
Feodora de Leiningen, nascida em 7 de dezembro de 1807.
Em 29 de maio de 1818, em Coburgo (e novamente em 11 de julho de 1818, no Palácio de Kew), Vitória casou-se com o príncipe Eduardo, Duque de Kent e Strathearn, quarto filho do rei Jorge III. O duque e a duquesa de Kent tiveram uma filha:
Alexandrina Vitória, nascida em 24 de maio de 1819. Futura rainha Vitória do Reino Unido.
Morte do duque de Kent |
Depois da morte de seu segundo marido, a viúva duquesa de Kent tinha poucos motivos para permanecer na Inglaterra, pois falava precariamente o inglês e tinha um palácio em Coburgo, onde poderia viver a bom preço com os rendimentos de seu primeiro marido, o falecido príncipe de Leiningen.
Entretanto, na época, a sucessão britânica estava longe de ser assegurada: dos três irmãos mais velhos do duque de Kent, onde dois estavam separados de suas esposas e um não conseguia gerar nenhum filho sobrevivente em seu casamento. A duquesa então decidiu que seria melhor apostar na acessão de sua filha, ao invés de mudar-se para viver sossegadamente em Coburgo. Ela procurou ajuda do governo britânico, tendo herdado os débitos de seu segundo marido. Na época, a jovem princesa Vitória era a quarta na linha de sucessão ao trono, e o parlamento não estava apto para sustentar outro membro da realeza empobrecido. A duquesa teve direito a uma suíte no dilapidado Palácio de Kensington, bem como outros nobres empobrecidos. Em Kensington ela criou sua filha Vitória, que se tornaria rainha da Grã-Bretanha e Irlanda e Imperatriz da Índia.
Rixa na família real |
A duquesa contou muito com John Conroy, um oficial irlandês que ela empregou como seu secretário particular. Talvez por causa da influência de Conroy, a relação entre a duquesa e seu cunhado, Guilherme IV, logo se azedou. Guilherme não tinha acesso à sua sobrinha, e a duquesa ainda o irritava tomando quartos do Palácio de Kensington que tinham sido reservados para o rei. Guilherme IV, que desprezava a influência de pessoas à sua volta sobre Vitória, chegou a dizer abertamente, durante um jantar no qual se sentiu novamente ofendido pela duquesa e por Conroy, que esperava que seu reinado continuasse até a maioridade de Vitória.
Rumores |
Houve alguns rumores de que a duquesa e Conroy eram amantes e de que o duque de Kent não era o pai biológico de Vitória. O livro Queen Victoria's Gene (1995), de William e Malcolm Potts, defende tais especulações mostrando a ausência de porfiria entre os descendentes da rainha. Os distúrbios tinham se espalhado por toda a família real britânica antes do nascimento de Vitória. Além disso, a ocorrência de hemofilia cresceu consideravelmente, mas era desconhecida tanto na família do duque como na família da duquesa (que é a mesma do príncipe consorte Alberto). Muitos autores, como Jerrold Packer (em seu livro Victoria's Daughters), entretanto, acham que a própria Vitória ficou surpresa com o surgimento desta doença, devido à sua ausência na família. Embora não tenha evidências para comprovar sua teoria, o primeiro livro citado também afirma que o duque era estéril, porque não teve filhos com sua amante de longa-data, Madame de Saint-Laurent, e que o suposto amante da duquesa era hemofílico. Contudo, é fato que a hemofilia pode aparecer espontaneamente.
A trama de Conroy |
Conroy tinha grandes esperanças para sua patrona e para ele mesmo. Ele previu e imaginou Vitória sucedendo ao trono ainda jovem, precisando assim de um governo regencial, dirigido pela duquesa. Como secretário pessoal dessa, Conroy seria o verdadeiro "poder atrás do trono". Porém, ele não contou com o tio de Vitória, Guilherme IV, vivendo o suficiente para vê-la atingir a maioridade. Ele tinha preparado sua mãe como sua aliada, ignorando e insultando Vitória. Como ele não tinha mais influência sobre ela, Conroy tentou forçá-la, com a ajuda da duquesa, a assinar um documento que o tornaria seu secretário particular a partir de sua ascensão. O plano falhou e Vitória começou a associar sua mãe com as tramas de Conroy. Quando ela finalmente se tornou rainha, transferiu a duquesa para apartamentos separados dos seus.
Reconciliação com Vitória |
Quando a primeira filha da rainha, a princesa Vitória, nasceu, a duquesa achou-se inesperadamente, novamente, bem vinda ao círculo privado de Vitória. Isso significou a demissão da baronesa Louise Lehzen, a pedido do marido de Vitória (e sobrinho da duquesa), o príncipe consorte Alberto. A influência de Lehzen, que desprezava a duquesa e Conroy, achando que tinham um caso ilícito, terminou consequentemente; então Alberto passou a influenciar Vitória, pedindo para que se reconciliasse com a mãe. As finanças da duquesa, que estavam arruinadas sob a administração de Conroy (agora exilado), foram restauradas por sua filha e pelos conselheiros dela. Alegadamente, ela tornou-se uma avó amorosa e esteve muito próxima de sua filha nos seus últimos anos.
Morte |
A duquesa de Kent faleceu em março de 1861. Ela foi enterrada em um mausoléu de Frogmore House, perto do Castelo de Windsor. A rainha sofreu muito com a morte de sua mãe; era o início de um ano desastroso, que terminaria com a morte de seu marido, o príncipe consorte Alberto.
Títulos e estilos |
Títulos |
1818-1820: Sua Alteza Real A Duquesa de Kent e Strathearn.
1820-1861: Sua Alteza Real A Duquesa viúva de Kent e Strathearn.