Ego
Nota: Para outros significados, veja Ego (desambiguação).
Ego (em alemão ich, "eu") designa na teoria psicanalítica uma das três estruturas do modelo triádico do aparelho psíquico. O ego desenvolve-se a partir do Id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera no comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas.
A principal função do Ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do Id e a realidade do Superego. Há muitos conflitos entre o Id e o Ego, pois os impulsos não civilizados do Id estão sempre querendo expressar-se. Freud destacava que os impulsos do Id são muitas vezes reprimidos pelo Ego por causa do medo de castigo. Ou seja, o Ego pode coibir os impulsos inaceitáveis do Id, o "desejo de roubar", por exemplo, seria um impulso do id (que é totalmente inconsciente). Porém, visto que o indivíduo não pode sobreviver obedecendo somente aos impulsos do Id, é necessário que ele reaja realisticamente a seu ambiente de convívio. O conjunto de procedimentos que leva o indivíduo a comportar-se assim, é o Ego. O Ego é, portanto, mais realístico do que o Id, visando sempre as consequências dos impulsos inconscientes do Id.[1][2].
O Ego não é completamente consciente, os mecanismos de defesa fazem parte de um nível inconsciente.
Referências
↑ Pervin, Lawrence A.; Cervone, Daniel & John, Oliver (2005). Persönlichkeitstheorien. ünchen: Reinhardt. ISBN 3-497-01792-2
↑ Carver, Charles S. & Scheier, Michael F. (2000). Perspectives on personality. Boston: Allyn and Bacon. ISBN 0 2055 2262 9
Ver também |
- Id
- Superego
- Eu