Ato falho
Ato falhado (português europeu) ou ato falho (português brasileiro), lapso freudiano ou parapráxis, ou ainda a expressão latina lapsus linguae, é um erro na fala, na memória, na escrita ou numa ação física que seria supostamente causada pelo inconsciente. É parte dos estudos da psicanálise.[1]
Alguns erros, como o marido que acidentalmente troca o nome da própria esposa pelo da amante, parecem representar casos relativamente claros de actos falhos ou deslizes freudianos. Noutros casos, erros triviais ou bizarros na aparência podem encerrar um significado mais profundo se analisados.
Os actos falhos não são limitados ao discurso oral ou a desejos sexuais reprimidos, podendo afectar até mesmo a cognição, que se vê prejudicada por fixações do inconsciente.
Sigmund Freud descreveu o fenômeno em seu livro A psicopatologia da vida cotidiana, de 1901, denominando-o Fehlleistung em língua alemã (em português a tradução é acto falhado (português europeu) ou ato falho (português brasileiro); em inglês usa-se a expressão Freudian slip) .
Através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. Por isto pode ser inferido que nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os atos falhos são diferentes do erro comum.
Freud evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido.
Ato falho abrange também erros de leitura, audição ou dicção de palavras. São circunstâncias acidentais que não tem valor e não possuem consequência prática.
Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como falta de atenção, cansaço, eventualidade, porém podem ser interpretados como manifestações reprimidas.
Bibliografia |
- FREUD, Sigmund (1901) - Psicopatología da vida cotidiana.
Ver também |
- Deslize
- Retorno do recalcado
Referências
↑ [1]