Auditório Ibirapuera
Arquiteto | Oscar Niemeyer |
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Período de construção | 2005 |
Material | Betão |
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Altura | 24 metros |
Proprietário | Prefeitura de São Paulo |
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Endereço | São Paulo Brasil |
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Coordenadas | 23° 35′ 09″ S, 46° 39′ 23″ O |
O Auditório Ibirapuera é um edifício concebido por Oscar Niemeyer para apresentações de espetáculos musicais, situado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, Brasil. Em julho de 2014, passou a se oficialmente chamado de Auditório Ibirapuera - Oscar Niemeyer[1].
Índice
1 Histórico
2 Concepção arquitetônica
3 Organização interna
4 Crítica
5 Ver também
6 Referências
7 Ligações externas
Histórico |
O auditório completa o grupo de edifícios no Parque Ibirapuera, como concebido originalmente pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1950.[2] Em relação à proposta original que está faltando apenas a praça de acesso que separa a Oca, que serviria como a principal entrada para o parque.
A construção do auditório foi alvo de intensa polêmica, que não se esgotou com sua inauguração, em outubro de 2005, pois, em virtude de o conjunto arquitetônico do Parque Ibirapuera ser tombado, o acréscimo de novas construções ao conjunto sofreu críticas e embargos judiciais, até ser permitido o início da obra em 2002.
Em 2008 o Grammy Latino brasileiro foi apresentado no Auditório Ibirapuera.
Concepção arquitetônica |
O prédio possui simplicidade volumétrica singular, sendo composto de um bloco único, que em planta tem a forma de um trapézio e, em corte, a forma de um triângulo e, assim como os demais prédios do parque, e grande parte da obra do arquiteto, o auditório é inteiramente branco, composto de concreto armado e pintura impermeabilizante na cor branca.
O bloco único contrapõe-se à arquitetura usual de salas para concertos com o chamado "palco italiano", exemplificado pela Ópera de Paris e pelos Teatros Municipais de São Paulo e Rio de Janeiro. As características destes espaços se manifesta em edifícios com três volumes principais: o foyer ou entrada, seguido pela plateia e seus acessos, culminando com a caixa cênica e seu urdimento altíssimo criando uma "corcova" tipica dos edifícios de Óperas. No Auditório Ibirapuera o arquiteto passou um traço unindo os três volumes, criando um sólido em forma de cunha.
Destaque para a impressionante perspectiva, que cria um edifício pequeno e não intrusivo ao ser visto de frente, com a ilusão de ótica reduzindo o tamanho da parte alta do prédio exatamente ao mesmo tamanho do encontro da rampa com a grama, duas vezes menor no trapézio em planta. Isto gera uma sensação de "criação de espaço" ao se entrar na plateia, que não cabe na percepção do prédio que temos, iludida.
O conjunto formado pelo auditório juntamente com a Oca, que é uma semiesfera, composto de dois edifícios de volumes puros e brancos, é considerado por Niemeyer, o mais importante do projeto, do ponto de vista arquitetônico. A articulação do conjunto seria feita por uma grande praça cívica e uma marquise com passarela, que não foram realizadas.[3]
Uma marquise, executada em metal pintado de vermelho, cobre o acesso principal e devido à sua forma e cor dá identidade ao prédio, caracterizando-o e o diferenciando dos demais. Por este motivo, o elemento foi transformado em logomarca do auditório e batizado oficialmente de "Labareda".
Organização interna |
Se por fora a volumetria é simples, por dentro o auditório tem junto a entrada, na parte mais baixa o foyer. O conjunto palco/platéia ocupa a porção oposta, mais alta. Os espaços estão divididos:
No nível térreo:
- foyer;
- conjunto palco/plateia
No subsolo:
- bar;
- administração;
- escola de música;
- camarins.
O auditório possui uma porta traseira de 18m de largura que, aberta, permite a pessoas situadas no lado de fora, no gramado do Parque chamado de plateia Externa do Auditório, acompanhem o que está a ser apresentado no palco.[4] O uso da platéia externa depende da autorização da prefeitura e Conselho Gestor do Parque Ibirapuera, pois eventos mal planejados podem levar a super lotação e causar danos substanciais ao parque. Membros do Conselho Gestor Gestor do Parque, órgão de gestão do Parque Ibirapuera, como Thobias Furtado do Parque Ibirapuera Conservação colaboram incentivando a prefeitura a montar um planejamento anual e aprovar o calendário junto aos usuários, garantindo um melhor controle e aproveitamento da área pelo Auditório e parque[5].
Crítica |
Em 28 de setembro de 2014, foi publicado na Folha de S.Paulo o resultado da avaliação feita pela equipe do jornal ao visitar os sessenta maiores teatros da cidade de São Paulo. O local foi premiado com quatro estrelas, "bom", com o consenso: "Com projeto de Oscar Niemeyer (1907-2012), tem belo hall de entrada (espaçoso, mas com poucos locais para se sentar) e escultura assinada por Tomie Ohtake. O café, aos fundos, é pequeno e dispõe de poucas opções de bebidas e salgados. A sala é bastante confortável, e a visibilidade é boa de todos os assentos. A programação contempla shows e espetáculos de todos os estilos —o local abrigou, em março [de 2014] (...) a MITsp (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo)."[6]
Ver também |
- Parque Ibirapuera
- Oscar Niemeyer
- Oca (Parque do Ibirapuera)
- Ranking dos melhores teatros paulistanos da Folha de S.Paulo
Referências
↑ «Lei nº 16.046, de 18 de Julho de 2014» (PDF). Diário Oficial de São Paulo. 19 de julho de 2014
↑ Fernando Serapião, Auditório completa conjunto edificado no parque Ibirapuera. PROJETODESIGN Edition 309, November 2005. Accessed 24 April 2007.
↑ Mônica Junqueira de Camargo. Sobre o projeto de Oscar Niemeyer para o entorno do Teatro no Parque Ibirapuera. Minha Cidade 125, March 2005. Accessed 24 April 2007.
↑ Le Moniteur-expert.com - Oscar Niemeyer livre un auditorium « réversible »
↑ Lobel, Fabrício. «Órgão gestor quer vetar shows no parque Ibirapuera». Folha de S.Paulo
↑ Fabiana Seragusa e Rafael Balago (28 de setembro de 2014). «Especial avalia os 60 maiores teatros de SP; veja lista com acertos e falhas». Folha de S.Paulo. www1.folha.uol.com.br. Consultado em 4 de janeiro de 2017
Ligações externas |
- Sítio oficial