Vaticano




Coordenadas: 41° 54' 9" N, 12° 27' 6" E








































































































Stato della Città del Vaticano (italiano)
Status Civitatis Vaticanæ (latim)

Estado da Cidade do Vaticano











Bandeira do Vaticano

Brasão de Armas do Vaticano


Bandeira

Brasão de armas


Hino nacional: Inno e Marcia Pontificale
("Hino e Marcha Pontifical")


Gentílico: vaticano(a)[1]


Localização do Estado da Cidade do Vaticano


Localização do Vaticano (em vermelho escuro) no continente europeu (branco)


Capital
Cidade do Vaticano[2]
41º 54'N 12° 27′E

Língua oficial

Italiano[3]
Latim[4]

Governo

Monarquia absoluta eletiva teocrática[5]
 - Papa

Francisco
 - Secretário de Estado

Pietro Parolin

Independência
do Reino da Itália 
 - Tratado de Latrão

11 de fevereiro de 1929 (89 anos) 

Área
 
 - Total 0,44 km² (233.º)
 - Água (%)
0
 Fronteira

Itália

População
 
 - Estimativa para 2017
~ 1 000[6] hab. (194.º)
 - Densidade
1891 hab./km² (6.º)

Moeda

Euro[nota 1] (EUR)

Fuso horário

CET (UTC+1)
 - Verão (DST)
CEST (UTC+2)

Clima

Mediterrâneo

Org. internacionais

União Latina[nota 2]
ONU[nota 3]

Cód. ISO
VAT

Cód. Internet

.va

Cód. telef.

+379

Website governamental

www.vatican.va
www.vaticanstate.va


Mapa do Estado da Cidade do Vaticano






Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (em italiano: Stato della Città del Vaticano tʃitˈta del vatiˈkaːno; em latim: Civitas Vaticana),[7] é a sede[8] da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima, cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população estimada de 1000 habitantes, é a menor entidade territorial do mundo administrada por um Estado.[9][10]


A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo sendo a principal sé episcopal de 1,5 bilhão de católicos romanos (latinos e orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicadas em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço; o Estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes comuns. Em ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos.


O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-Estado do Vaticano, a descreve como uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores Estados Pontifícios (756–1870), que anteriormente abrangiam a região central da Itália. A maior parte deste território foi absorvido pelo Reino de Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dele, dez anos depois, em 1870. Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se a Cidade do Vaticano, desde o retorno de Avinhão em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Célio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo Estado teve lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.


A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico[9] ou teocrático-monárquico,[5] governado pelo bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 História


    • 2.1 Origens


    • 2.2 Estados papais


    • 2.3 Reunificação italiana e era contemporânea




  • 3 Geografia


    • 3.1 Território


    • 3.2 Clima




  • 4 Demografia


  • 5 Política


  • 6 Economia


  • 7 Infraestrutura


    • 7.1 Transportes


    • 7.2 Comunicações




  • 8 Cultura


    • 8.1 Feriados




  • 9 Vias e monumentos


  • 10 Edifícios


    • 10.1 Palácios, villas e castelos


    • 10.2 Outros edifícios


    • 10.3 Igrejas




  • 11 Ver também


  • 12 Notas e referências


    • 12.1 Notas


    • 12.2 Referências


    • 12.3 Bibliografia




  • 13 Ligações externas





Etimologia |


Vaticano é uma colina situada na região noroeste de Roma e não possui ligação com as sete colinas de Roma. Era o local dos oráculos muito antes da Roma pré-cristã. Vaticanus, também conhecido como Vagitanus, era um deus etrusco,[11] que "abria a boca do recém nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro",[12] e seu templo foi construído no antigo local de Vaticanum.[11] Lá se ergueu também o Circo de Nero. Acredita-se que tenha sido também o local em que São Pedro foi martirizado e sepultado.[11][12]



História |



Ver artigo principal: História do Vaticano


Origens |



Ver artigo principal: Colina do Vaticano



O obelisco do Vaticano foi originalmente trazido do Egito por Calígula.


Nesta área originalmente desabitada (o Ager Vaticanus), do lado oposto do rio Tibre na cidade de Roma, Agripina (14 a.C.–18 de outubro de 33 d.C.) drenou o morro e arredores e construiu seus jardins no início do século I d.C.


O imperador Calígula (37–41) iniciou a construção de um circo (40 d.C.), que mais tarde foi completada por Nero, o Circus Gaii et Neronis,[13] mais conhecido simplesmente como o Circo de Nero.


O obelisco do Vaticano foi originalmente tomado por Calígula a partir de Heliópolis, Egito, para decorar a coluna de seu circo e é, portanto, o seu último vestígio visível.


Esta área tornou-se o local do martírio de muitos cristãos, depois do Grande incêndio de Roma, em 64 d.C. A tradição antiga afirma que foi nesse circo que São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.


Em frente ao circo havia um cemitério, sendo separados pela Via Cornélia. Monumentos funerários, mausoléus e túmulos, bem como pequenos altares a deuses pagãos de todos os tipos de religiões politeístas, eram construídos até a construção da Basílica de Constantino de São Pedro, na primeira metade do século IV. Os vestígios desta antiga necrópole foram trazidos à luz esporadicamente durante renovações por vários papas ao longo dos séculos, aumentando sua frequência durante o Renascimento, até que foram sistematicamente escavadas por ordem de Papa Pio XII entre 1939-1941.


Em 326, a primeira igreja, a Basílica de Constantino, foi construída sobre o local onde os primeiros católicos romanos (desde o primeiro século da era cristã), bem como arqueólogos italianos, afirmam que foi o túmulo de São Pedro, enterrado em um cemitério comum no local. A partir de então a área começou a se tornar mais populosa, mas a maioria apenas por habitações ligadas à atividade de São Pedro.


Um palácio foi construído próximo ao local da basílica já no principio do século VI, durante o pontificado de Papa Símaco, que foi papa no período de 498-514.[14]



Estados papais |



Ver artigo principal: Estados Papais

Os papas gradualmente passaram a ter um papel secular como governadores de regiões próximas a Roma. Eles governaram os Estados Pontifícios. Durante um período de quase mil anos, que teve início no império de Carlos Magno no século IX, os papas reinavam sobre a maioria dos estados temporais do centro da Península Itálica, incluindo a cidade de Roma, e partes do sul da França.


Pela maior parte deste tempo o Vaticano não foi a residência habitual dos Papas, mas o Palácio de Latrão, e nos últimos séculos, o Palácio do Quirinal, enquanto a residência entre 1309-1377 foi em Avinhão, na França. As terras tinham sido doadas em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos.



Reunificação italiana e era contemporânea |




Território do Vaticano de acordo com o Tratado de Latrão



Ver artigo principal: Risorgimento

Durante o processo de unificação da península, a Itália gradativamente absorveu os Estados Pontifícios.


Em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel entram em Roma e incorporam a cidade ao novo Estado. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indenização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja.[15] O papa, porém, recusou-se a reconhecer a nova situação e considerou-se prisioneiro do poder laico. Além disso, proibiu os católicos italianos de votar nas eleições do novo reino.


Essa incómoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja, a chamada Questão Romana, só terminou em 11 de fevereiro de 1929 quando o cardeal Pietro Gasparri e o primeiro-ministro italiano Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão, aceitando a proposta que anteriormente havia sido negada pelo papa Pio IX, pelo qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano, declarado Estado soberano, neutro e inviolável.


Em 12 de fevereiro de 2009, Bento XVI participou das comemorações pelo 80º aniversário da fundação do Estado da Cidade do Vaticano. A RTE Orchestra acompanhada pela Our Lady's Choral Society, ambas de Dublín (Irlanda), interpretaram o oratório O Messias de Georg Friedrich Händel na "Aula Paulo VI". No final o Papa pronunciou um breve discurso dizendo que "se tratava de um pequeno território para uma grande missão".



Geografia |



Ver artigo principal: Geografia do Vaticano


Território |




Mapa da cidade do Vaticano


A área do Vaticano é de 0,44 quilômetro quadrado, e está situada ao oeste das sete colinas de Roma (Capitolino, Quirinal, Viminal, Esquilino, Célio, Aventino e Palatino), sendo o menor estado do mundo com reconhecimento internacional (vide colina do Vaticano). Está situado no meio da capital italiana, Roma. Por isso, não possui área costeira e é um enclave, sendo um Estado independente e soberano. Partilha 3,2 km de fronteira com a Itália, mais concretamente com Roma. A defesa do país é da responsabilidade da Itália, enquanto que a segurança do Papa fica a cargo da Guarda Suíça. O Vaticano é o menor Estado soberano do mundo, tendo uma área de 44 hectares (110 acres).


É fundamentalmente urbano e nenhuma das terras está reservada para agricultura ou outro tipo de exploração de recursos naturais. A cidade-estado exibe um impressionante grau de economia, nascida da necessidade extremamente limitada, devido ao seu território. Assim, o desenvolvimento urbano é otimizado para ocupar menos de 50% da área total, ao passo que o resto é reservado para espaço aberto, incluindo os Jardins do Vaticano.


O território possui muitas estruturas que ajudam a fornecer autonomia ao Estado soberano, estes incluem: linhas ferroviárias, heliporto, correios, estação de rádio, quartéis militares, palácios e gabinetes governamentais, instituições de ensino superior, cultural e de arte, e algumas embaixadas.





Panorama em 360º da Cidade do Vaticano a partir do topo da Basílica de São Pedro




Clima |


De acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, a região romana, na qual está localizado o Vaticano, pertence à faixa Csa, com clima temperado de latitudes médias e verão quente.[16]


As estações chuvosas são a primavera e o outono, principalmente nos meses de novembro e abril. O verão é quente, úmido e potencialmente seco, enquanto o inverno é geralmente suave e chuvoso, mas com grandes índices de frio e, por vezes, de neve.[17] A precipitação média anual, gira em torno de 750 mm e em média distribuída em 79 dias, apresentando uma quantia mínima no verão e um índice elevado no outono.[18]


Em julho de 2007, o Vaticano tornou-se o único Estado neutro em relação ao carbono por ano, devido à doação da Floresta Clima na Hungria ao Vaticano. A floresta possui tamanho suficiente para compensar as emissões de dióxido de carbono do Estado.[19] Em 2009, o Vaticano lançou um serviço de meteorologia, que funciona como uma ferramenta de medição disponível na web. O sistema é baseado numa estação meteorológica Davis Vantage Pro 2 , localizado no alto do Palácio do Governatorato do Vaticano desde o início de março de 2009.[20]







































































































Dados climatológicos para Vaticano
Mês

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez
Ano
Temperatura máxima média (°C)
11,9
13,0
15,2
17,7
22,8
26,9
30,3
30,6
26,5
21,4
15,9
12,6
20,4
Temperatura mínima média (°C)
3,1
3,5
5,2
7,5
11,6
15,3
18,0
18,3
15,2
11,3
6,9
4,2
10,0

Precipitação (mm)
67
73
58
81
53
34
19
37
73
113
115
81
804
Dias com precipitação (≥ 1 mm)
7
7,6
7,6
9,2
6,2
4,3
2,1
3,3
6,2
8,2
9,7
8
79,4

Horas de sol
120,9
132,8
167,4
201,0
263,5
285,0
331,7
297,6
237,0
195,3
129,0
111,6
2 472,8

Fonte: Estação de meteorologia de Roma-Ciampino[21]

Fonte #2: Dados de horas de sol[22]


Demografia |


























Estatística populacional da Cidade do Vaticano
Papa e Cardeais 74
Corpo diplomático da Santa Sé 306
Eclesiásticos e Religiosos (as) 50 (Cidadãos) e 197 (Residentes não-cidadãos)
Leigos (as) 56 (Cidadãos) e 24 (Residentes não-cidadãos)
Guarda Suíça Pontifícia 86

Fonte: Governo do Estado da Cidade do Vaticano - Dados estatísticos


Ver artigo principal: Demografia do Vaticano

A estimativa populacional do Vaticano é de cerca de 800 pessoas, das quais aproximadamente 450 possuem a cidadania do Vaticano, enquanto as demais são autorizadas a residir temporariamente ou mesmo permanentemente, mas sem o direito de cidadania.[23]


Em 31 de dezembro de 2011, o número de moradores nos imóveis extraterritoriais e propriedade isentas de impostos e de expropriação foi de 3500.[24]




Soldados da Guarda Suíça


A população em geral é composta por pessoas de diferentes nacionalidades, em sua maioria italianos, e por aqueles que tem residência permanente por razões de encargos, dignidade, emprego ou ofício, desde que tal residência seja prevista por lei e autorizadas pelas autoridades competentes.[25]


A cidadania do Vaticano nunca é original, mas baseia-se exclusivamente no critério de residência permanente na Cidade do Vaticano, como é evidenciado no artigo 9º do Tratado de Latrão. A Lei Vaticana n. III de 7 de junho de 1929 afirma que a pessoa se torna cidadã devido a sua residência permanente no Vaticano.[25]


Em 22 de fevereiro de 2011, o papa Bento XVI promulgou a nova "Lei sobre a cidadania, residência e acesso" para a Cidade do Vaticano, que entrou em vigor em 1 de março do mesmo ano. A nova lei substituiu a "Lei sobre cidadania e residência" de 1929.[26] A nova lei criou o status de residentes oficiais do Vaticano, legalizando as pessoas que vivem na Cidade do Vaticano mas que não possuem cidadania.[27]



Política |







Question book.svg

Esta seção não cita fontes confiáveis e independentes, o que compromete sua credibilidade (desde agosto de 2011). Por favor, adicione referências e insira-as corretamente no texto ou no rodapé. Conteúdo sem fontes poderá ser removido.
Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)







































Coat of arms of the Vatican City.svg
Parte da série sobre
Política do Vaticano















Portal do Vaticano


Ver artigo principal: Política do Vaticano

O Papa, chefe de Estado eleito em um colégio de cardeais denominado conclave para um cargo vitalício, detém no Estado do Vaticano os poderes legislativo, executivo e judicial, desde a criação do Vaticano pelo Tratado de Latrão, em 1929 com a Itália sob o regime fascista de Benito Mussolini.


Tecnicamente é uma monarquia eletiva, não hereditária (isto seria impossível, já que o Papa é celibatário). Pode-se considerar o Vaticano como uma autocracia, porque todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) estão concentrados na figura do Papa, que não possui qualquer órgão que fiscalize seus atos como governante, e, por ser considerado sucessor de São Pedro, não deve prestação de contas a ninguém, considerando-o um emissário de Deus na Terra. O termo cidade do Vaticano é referente ao Estado, enquanto Santa Sé é referente ao governo da Igreja Católica efetuado pelo Papa e pela Cúria Romana.


A Cúria Romana é efectivamente o governo do Estado e a gestão administrativa, pelo que o seu chefe, o Secretário de Estado, tem as incumbências equivalentes às de um primeiro-ministro. Outros cargos políticos encontram-se sob designações diversas nos diversos órgãos da Cúria Romana.





Palácio do Governo do Vaticano


Formalmente constituído em 1929 com a configuração actual, o Estado do Vaticano administra as propriedades situadas em Roma e arredores que pertencem à Santa Sé. O Estado do Vaticano, com o estatuto de observador nas Nações Unidas, é reconhecido internacionalmente e foi admitido membro de pleno direito das Nações Unidas, em julho de 2004, mas abdicou voluntariamente do direito de voto.


O Estado tem os seus próprios embaixadores ou representantes, um jornal oficial (Acta Apostolicae Sedis), uma estação de rádio, e uma força militar denominada Guarda Suíça, e uma força policial militar, denominada Corpo da Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano. Emite autonomamente moeda (desde 2002, o euro), selos e passaportes.


A Santa Sé estabelece com muitos Estados tratados internacionais (concordatas), para assegurar direitos dos católicos ou da Igreja Católica naqueles Estados. Muitos foram assinados quanto os Estados se laicizaram, como forma de garantir direitos para a Igreja e permitir sua existência em tais países.



Economia |



Ver artigo principal: Economia do Vaticano




Caixa eletrônico dentro do Vaticano, com inscrições em latim


O orçamento do Estado do Vaticano inclui os rendimentos dos Museus Vaticanos e dos correios e é apoiado financeiramente pela venda de selos, moedas, medalhas e lembranças turísticas; por taxas de admissão aos museus; e por publicações vendidas. Os rendimentos e padrões de vida dos trabalhadores são comparáveis ​​aos dos colegas que trabalham na cidade de Roma. Outras indústrias incluem a impressão, a produção de mosaicos e a fabricação de uniformes dos funcionários.[28]


O Instituto para as Obras de Religião, também conhecido como o Banco do Vaticano e pela sigla IOR (Istituto per le Opere di Religione), é um banco situado no Vaticano que realiza atividades financeiras em todo o mundo. Tem um caixa eletrônico com instruções em latim, possivelmente, o único do tipo no mundo.[29]


O país mantém um canal de donativos conhecido como Óbolo de São Pedro, no qual o doador remete os fundos diretamente ao Vaticano. Outra forma de captação de recursos é com o turismo no complexo dos "Museus Vaticanos". Não há outro lugar no mundo com tanto valor artístico e intelectual concentrado como no Arquivo Secreto do Vaticano, na Biblioteca Apostólica Vaticana, e nos acervos de arte (pintura, escultura e arte sacra) das igrejas romanas.


Através de um acordo com a Itália, representando a União Europeia, a unidade monetária do Vaticano é o Euro. O Estado tem a sua própria concepção de moedas e notas de euros, que têm aceitação na Itália e em outros países da Zona Euro. O Vaticano não tem uma casa de emissão própria, de forma que tenha acordado com a Itália para efectuar a cunhagem, que não pode ser superior a 1 milhão de euros anuais.






Praça de São Pedro, com a Basílica de São Pedro ao fundo




Infraestrutura |



Transportes |





Estação ferroviária do Vaticano


A Cidade do Vaticano possui uma rede de transportes razoavelmente bem desenvolvida considerando seu tamanho. Como um país que com 1,05 quilômetros de comprimento e 0,85 quilômetros de largura,[30] que tem um sistema de transporte de pequenas dimensões, sem aeroportos ou estradas. Existe um heliporto e uma ferrovia de bitola padrão conectando-se à rede da Itália e à estação de São Pedro de Roma por uma ferrovia de 852 metros, onde apenas 300 metros estão dentro do território do Vaticano. O Papa João XXIII foi o primeiro Papa a fazer uso desta estrada de ferro e o Papa João Paulo II a usou também, embora muito raramente. O transporte ferroviário no Vaticano é utilizado principalmente para transporte de mercadorias.[31] Como a Cidade do Vaticano não tem aeroportos (que é um dos poucos estados independentes no mundo sem um), é servido pelos aeroportos que servem a cidade de Roma, dentro do qual o Vaticano está localizado, a saber: Aeroporto Internacional de Roma e, em menor medida, o Aeroporto de Roma Ciampino, que serve como porta de entrada e partida para visitas internacionais do Papa.[31]



Comunicações |




Máquina de selos do Serviço Postal do Vaticano


A cidade é servida por um sistema de telefone moderno e independente,[32] pela Farmácia do Vaticano e pelos correios. O sistema postal foi fundado em 11 de fevereiro de 1929, e dois dias mais tarde tornou-se operacional. Em 1 de agosto, o estado começou a liberar seus próprios selos postais, sob a autoridade do Gabinete Filatélico e Numismático da Cidade do Vaticano.[33] O serviço postal da cidade é, por vezes, reconhecido como "o melhor do mundo",[34] e as cartas chegam ao seu destino antes do serviço postal de Roma.[34] O Vaticano também controla seu próprio domínio de Internet, que está registrado como (.va). O serviço de banda larga é amplamente fornecido na Cidade do Vaticano. À Cidade do Vaticano foi também atribuído um prefixo de rádio, HV, e às vezes é usada por operadores de rádio amador.


A Rádio Vaticano, que foi organizada por Guglielmo Marconi, faz transmissões em frequências de ondas curtas, ondas médias e FM e na Internet.[35] Suas principais antenas de transmissão estão localizados em território italiano. Serviços de televisão são fornecidos através de uma outra entidade, o Centro Televisivo do Vaticano.[36]


L'Osservatore Romano é o jornal oficial semi-multilingue da Santa Sé. É publicado por uma empresa privada, sob a direção de leigos católicos, mas como relatórios sobre as informações oficiais. No entanto, os textos oficiais de documentos estão na Acta Apostolicae Sedis, o jornal oficial da Santa Sé, que tem um apêndice para documentos da Cidade do Vaticano.


Rádio Vaticano, o Centro Televisivo Vaticano, L'Osservatore Romano não são órgãos de Estado do Vaticano, mas da Santa Sé, e estão listadas como tal no Anuário Pontifício, que coloca-os na seção "Instituições ligadas com a Santa Sé.", à frente das secções de serviço diplomático da Santa Sé no estrangeiro e ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, após o que é colocado na seção sobre o Estado da Cidade do Vaticano.



Cultura |



Ver artigo principal: Cultura do Vaticano


































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Cidade do Vaticano *

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Património Mundial da UNESCO



St Peter's Square, Vatican City - April 2007.jpg
Vista da Praça de São Pedro do topo da cúpula de Michelangelo


País
Estado da Cidade do Vaticano

Critérios

(i)(ii)(iv)(vi)

Referência
286 en fr es

Coordenadas
Cidade do Vaticano

Histórico de inscrição

Inscrição

1984  (8.ª sessão)
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.

A cultura do Vaticano é obviamente correspondente à cultura da Igreja Católica e o seu expoente são as obras de arquitetura como a Basílica de São Pedro, a Arquibasílica de São João de Latrão, a Praça de São Pedro, a Capela Sistina e a coleção dos Museus Vaticanos. O palácio onde reside o Papa tem 5 mil quartos, duzentas salas de espera, 22 pátios, cem gabinetes de leitura, trezentas casas de banho e dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas.


Guarda Suíça é o nome que recebe o grupo de soldados contratados para proteger o Papa. Foi criado no século XV.


Dos fogões vaticanos saíram tentações como os ovos beneditinos (um capricho de Bento XI), a lagosta com trufa branca (habitual nas coroações do Renascimento), a musse de faisão ao molho chaudfroid (prato preferido de Pio VI) ou o maçapão de água de rosas (uma iguaria na Idade Média).


A arquitetura do Vaticano, o canto gregoriano cantado pelo Coro da Capela Sistina, além das vestimentas e símbolos utilizados pelo Papa, pelos Cardeais e pelos soldados da Guarda Suíça, são considerados como uns dos principais resquícios da cultura medieval na atualidade.


A Biblioteca Apostólica Vaticana e as coleções dos Museus Vaticanos são da mais alta importância histórica, científica e cultural. Em 1984, o Vaticano foi adicionado pela UNESCO para a lista do Patrimônios Mundiais; é o único que consiste em um Estado inteiro. [Além disso, é o único local registrado na UNESCO como um centro monumental no "Registo Internacional dos Bens Culturais sob Proteção Especial" de acordo com a Convenção para a Proteção dos Bens Culturais em Caso de Conflito Armado de Haia, assinada em 1954.[37]


No território do Vaticano existem vários edifícios de origem muito antiga. Contudo, existem propriedades que não estão na Cidade do Vaticano, mas que, em virtude do Tratado de Latrão assinado entre a Santa Sé e a Itália, estão sujeitas à extraterritorialidade[38] com isenção de impostos e expropriação.



Feriados |










































































































Data
Nome em português
Nome local
Observações

1 de janeiro

Ano novo

Capodanno


6 de janeiro

Epifania

Epifania


11 de fevereiro
Aniversário da independência



19 de março

São José

San Giuseppe

Variável

Páscoa

Pasqua

Variável
Segunda-feira de Páscoa

Pasqua


1 de maio

Dia do trabalhador

Festa del Lavoro

Variável
Quinta-feira de Ascensão


Variável
Corpo de Cristo

Corpus christi


29 de junho
São Pedro e São Paulo

San Pietro e San Paolo


15 de agosto
Assunção de Nossa Senhora

Assunzione della B.V. Maria


8 de setembro
Natividade de Nossa Senhora

Festa della natività della madonna


1 de novembro
Dia de Todos os Santos

Tutti i Santi


8 de dezembro
Imaculada Conceição

Immacolata Concezione


25 de dezembro

Natal

Natale


26 de dezembro

Santo Estêvão

Santo Stefano




Vias e monumentos |





  • Cortile del Belvedere
    • Cortile della Pigna



  • Jardins do Vaticano

    • Fontana dell'Aquilone

    • Fontana delle Torri



  • Fontana del Vascello

  • Muralha Leonina

  • Porta Santo Spirito

  • Ponte Sant'Angelo

  • Passetto di Borgo

  • Torre dei Venti

  • Via della Conciliazione



Destruídos




  • Porta Angélica

  • Porta Castello

  • Porta Cavalleggeri

  • Porta San Pellegrino

  • Rotonda di Sant'Andrea




Edifícios |




Palácios, villas e castelos |



  • Casa Santa Marta

  • Casino del Belvedere

  • Casino di Pio IV

  • Palácio Apostólico

  • Palazzo del Governatorato

  • Palazzo San Carlo

  • Palazzo della Zecca Vaticana

  • Villa Barberini



Edifícios destruídos



  • Palazzino del Cardinale Arciprete di San Pietro



Outros edifícios |




  • Aula Paolo VI

  • Camposanto Teutonico

  • Cimitero di Santo Spirito

  • Collegio di Santa Marta

  • Monastero Mater Ecclesiae

  • Pinacoteca Vaticana


  • Pontificio Seminario Romano Minore (Palazzo del Tribunale)

  • Pontificio Collegio Etiopico

  • Sacrestia di San Pietro

  • Stazione Ferroviaria Vaticana




Igrejas |




  • Cappella dello Spirito Santo della Domus Sanctae Marthae

  • Cappella Sistina

  • Cappella delle Vaschette

  • Sant'Anna dei Palafrenieri

  • Santa Maria della Pietà in Camposanto dei Teutonici

  • Santa Maria Regina della Famiglia

  • San Pellegrino in Vaticano

  • Basílica de São Pedro

  • Santo Stefano degli Abissini



Igrejas demolidas




  • Santa Maria della Febbre

  • Santa Marta in Vaticano

  • Antiga Basílica de São Pedro

  • Santo Stefano degli Ungheresi




Ver também |



Categoria

A Wikipédia possui a categoria:
Vaticano




  • Basílica de São Pedro

  • Missões diplomáticas da Santa Sé

  • Cúria Romana

  • Transporte ferroviário no Vaticano

  • Praça de São Pedro

  • Cidade-estado

  • Catolicismo

  • Cristianismo

  • Império Romano

  • Jesus

  • Papa

  • Questão romana

  • Santa Sé

  • São Pedro




Notas e referências


Notas




  1. Antes de 2002, a moeda era a Lira italiana.


  2. Como membro observador.


  3. Como observador permanente.





Referências




  1. Dicionário de Língua Portuguesa - Tomo II, Texto Editores, 2006, página 1497, ISBN 972-47-3173-1/(978-972-47-3173-5)


  2. A Cidade do vaticano é uma cidade-estado


  3. Baseado no parágrafo 2 da «"Legge sulle fonti del diritto" de 7 de junho de 1929» (PDF)  todas as leis e regulamentos do Estado do Vaticano são publicados em italiano no Supplemento per le leggi e disposizioni dello Stato della Città del Vaticano anexado à Acta Apostolicae Sedis.


  4. O latim é a língua oficial da Santa Sé: «Regimini Ecclesiae Universae, I, I, 10». Consultado em 8 de setembro 2017 


  5. ab catholic-pages.com


  6. «Holy See (Vatican City)». CIA—The World Factbook 


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Bibliografia |


  • Annie Lacroix-Riz, Le Vatican, l’Europe et le Reich de la Première Guerre mondiale à la guerre froide, Paris, 1996, p. 417.


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