Atira




Coordenadas: 41° 01' 12" N 28° 34' 39" E
















































Atira
Αθύρας

Localização atual


Atira está localizado em: Turquia


Atira



Localização de Atira na Turquia

Coordenadas

41° 01' 12" N 28° 34' 39" E
País

 Turquia

Província

Istambul

Distrito

Büyükcekmeçe
Dados históricos
Fundação
Desconhecida
Abandono
Desconhecido
Início da ocupação

Antiguidade Clássica
Cidade-fortaleza

grega
Notas
Acesso público

SimSim

Atira ou Atiras (em grego: Αθύρας) foi uma antiga cidade portuária grega da Trácia[1][2] localizada na região da Propôntida, sobre o curso do rio trácio homônimo próximo ao moderno distrito turco istambulês de Büyükcekmeçe, no sítio homônimo.[3]



História |


Atira foi um assentamento de certa importância durante os séculos V-IV a.C. quanto pertenceu à Liga de Delos e depois ao Segundo Império Ateniense.[4] Em 341 a.C., o Reino da Macedônia de Filipe II (r. 359–336 a.C.) depôs Cersobleptes (r. 358–341 a.C.) do Reino Odrísio e instala em seu lugar dois generais macedônios como governadores da Trácia,[5] excetuando pequenas porções no Bósforo, onde Atira localizava-se. Pelo século II a.C., os romanos gradualmente controlaram a região e pelo ano 44, sob o imperador Cláudio (r. 41–54), a Trácia foi convertida numa província.[6]


Com as reformas encabeçadas por Diocleciano (r. 284–305), a Trácia foi dividida em quatro províncias, com Atira sendo agrupada junto de Apro e Heracleia Perinto em Europa.[7] Em 405, Gaudêncio de Bréscia foi enviado pelo papa Inocêncio I (401–417) e o imperador romano do ocidente Honório (r. 395–423) como parte de uma delegação para defender João Crisóstomo, porém a comitiva foi impedida de adentrar Constantinopla e permaneceu em Atira.[8] Segundo os historiadores romanos, durante os ataques de Átila (r. 434–453) em 441-442 ao menos 70 cidades trácias foram saqueadas, incluindo Atira.[9] Sob Justiniano (r. 527–565) o assentamento foi restaurado[10] e mais adiante, em 812, durante a campanha de Crum da Bulgária (r. 803–814) contra o Império Bizantino, foi destruído junto de sua famosa ponte.[11]


Em 1077, na revolta de Nicéforo Briênio, o Velho contra Miguel VII Ducas (r. 1071–1078), João Briênio, após saquear os subúrbios de Constantinopla e provocar a fúria da população, retirou-se rumo a Atira. Ciente disso, Miguel enviou um ataque terrestre liderado pelos generais Aleixo Comneno e Roussel de Bailleul, bem como uma frota varegue para sitiá-lo na cidade. A frota alcançou o sítio primeiro, conseguindo com pouca resistência penetrá-lo. João Briênio e seus partidários, contudo, após um pequeno confronto, conseguiram escaparam.[12] Atualmente Atira é listada no Anuário Pontifício dentre as sés titulares da Igreja Católica.[13]



Referências




  1. Grammenos 2004, p. 1182.


  2. Velkov 1977, p. 124.


  3. Loukopoulou 2004, p. 915.


  4. Boeft 1995, p. 100.


  5. Ashley 2004, p. 139.


  6. Mallory 1997, p. 576.


  7. Smith 1870, p. 1190.


  8. Chapman 1913.


  9. Kelly 2011, p. 104.


  10. von Bredow 2006.


  11. Bury 1912, p. 355-356.


  12. Blöndal 2007, p. 116.


  13. Vaticano 2013, p. 819-1013.



Bibliografia |




  • Ashley, James R. (2004). The Macedonian Empire: The Era of Warfare Under Philip II and Alexander the Great, 359-323 B.C. Jefferson, Carolina do Norte: McFarland. ISBN 0786419180 


  • Blöndal, Sigfús (2007). The Varangians of Byzantium. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 052103552X 


  • Boeft, J. den (1995). Ammianus Marcellinus 22. Groninga: E. Forsten. ISBN 9069800861 


  • Bury, J. B. (1912). A History of the Eastern Roman Empire - From the Fall of Irene to the Accession of Basil I (A.D. 802-867). Londres: Macmillan and CO., Limited 


  • Chapman, Henry Palmer (1913). «St. Gaudentius». Catholic Encyclopedia. Nova Iorque: Robert Appleton Company 


  • Grammenos, Demetrios V. (2004). Ancient Greek Colonies in the Black Sea 2. Oxford: British Archaeological Reports. ISBN 1-4073-0110-1 


  • Kelly, Christopher (2011). Attila The Hun: Barbarian Terror and the Fall of the Roman Empire. Nova Iorque: Random House. ISBN 1446419320 


  • Loukopoulou, Louisa (2004). «Thrace from Nestos to Hebros». In: Hansen, M. H.; Nielsen, T. M. An Inventory of Archaic and Classical Poleis. Oxford: Oxford University Press  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)


  • Mallory, J. P.; Adams, Douglas Q. (1997). Encyclopedia of Indo-European Culture. Londres e Nova Iorque: Taylor & Francis. ISBN 1884964982  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Smith, William (1870). Dictionary of Greek and Roman Geography. Boston: Little, Brown and Company 


  • Anuário Pontifício. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana. 2013. ISBN 978-88-209-9070-1 


  • Velkov, Velizar Iv (1977). The cities in Thrace and Dacia in late antiquity: (studies and materials). Amesterdã: A. M. Hakkert 


  • von Bredow, Iris (2006). «Athyras». In: Cancik, Hubert; Schneider, Helmuth; Salazar, Christine F. Brill’s New Pauly, Antiquity. Leida: Brill  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)








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