Futebol Clube do Porto
Nome | Futebol Clube do Porto | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Alcunhas | Dragões, azuis e brancos | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Torcedor/Adepto | Portista | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Mascote | Dragão | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Principal rival | Benfica Sporting Boavista | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Fundação | 28 de setembro de 1893 Refundado em 2 de agosto de 1906 (125 anos) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Estádio | Estádio do Dragão | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Capacidade | 50.035 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Localização | Porto, Portugal | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Presidente | Jorge Nuno Pinto da Costa | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Treinador | Sérgio Conceição | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Patrocinador | Altice | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Material (d)esportivo | New Balance | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Competição | Primeira Liga | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Website | fcporto.pt | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Temporada atual | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Futebol Clube do Porto MHIH • MHM[1] (pronúncia em português: [futeˈβɔɫ ˈkluβ(ɨ) ðu ˈpoɾtu]) (EURONEXT: FCP), mais conhecido como FC Porto ou simplesmente Porto, é um clube multidesportivo português sedeado na cidade do Porto. É mais conhecido pela sua equipa de futebol profissional, que joga atualmente na Primeira Liga, a competição mais importante do futebol português.
Fundado a 28 de setembro de 1893, é um dos "três grandes" clubes de Portugal, juntamente com o Sporting e o Benfica, os seus grandes rivais. O clube nunca foi despromovido do campeonato desde que este foi estabelecido em 1934. As alcunhas da equipa são "dragões", nome da criatura mitológica que se pode ver no topo do brasão do clube, ou "azuis e brancos", que está baseada na associação às cores do equipamento principal. Os seus apoiantes são chamados de "portistas". Os seus jogos de futebol em casa são realizados no Estádio do Dragão, inaugurado em 2003 e que tem uma capacidade de 50 035 lugares,[2] e que substituiu o antigo Estádio das Antas. Já para as modalidades, é no Dragão Caixa, com uma capacidade de 2 179 lugares, que se joga o hóquei em patins, o basquetebol e o andebol.[3]
O FC Porto é um dos mais bem sucedidos clubes portugueses no que toca ao total de títulos ganhos pela equipa de futebol profissional, com um total de 76 oficiais. Internamente, ganhou 28 títulos da Primeira Liga, 16 títulos da Taça de Portugal, 4 títulos do extinto Campeonato de Portugal (um recorde juntamente com o Sporting) e 21 títulos da Supertaça Cândido de Oliveira (um outro recorde). O FC Porto tornou-se, depois do Benfica, a ser a segunda equipa da história da liga portuguesa a completar duas épocas sem derrotas, nomeadamente nas épocas de 2010–11 e 2012–13. Também em 2010–11, o FC Porto conseguiu a maior diferença de pontos entre o campeão e o segundo classificado (21), num sistema de três pontos por vitória, conseguindo na altura a sua segunda quádrupla (quatro títulos numa época). Internacionalmente, o FC Porto já ganhou sete títulos, europeus e mundiais, um recorde no futebol português: a Taça dos Campeões Europeus e a Liga dos Campeões da UEFA em 1986–87 e 2003–04, respetivamente; a Taça UEFA e a Liga Europa da UEFA em 2002–03 e 2010–11, respetivamente; a Supertaça Europeia em 1987 e a Taça Intercontinental em 1987 e 2004. É o único clube português que ganhou as últimas três competições referidas, e a conseguir uma tripla continental: liga doméstica, taça e título europeu (2002–03 e 2010–11). Em adição, foi finalista na Taça dos Clubes Vencedores de Taças de 1983–84 e nas edições de 2003, 2004 e 2011 da Supertaça da UEFA.
O FC Porto está atualmente na 11ª posição no ranking de clubes da UEFA[4] e na 15ª no ranking mundial da IFFHS.[5]
Índice
1 História
1.1 Anos primordiais (1893–1921)
1.1.1 Divergências sobre o ano de fundação
1.2 Primeiros títulos nacionais e declínio (1921–1981)
1.3 Entrada de Pinto da Costa (1982–1999)
1.4 Novas conquistas internacionais (2000–)
2 Recintos
2.1 Outros recintos e infraestruturas
3 Rivalidades
3.1 Rivalidade com o Benfica
3.2 Rivalidade com o Sporting
4 Emblema
5 Associados e adeptos
6 Equipamentos e material
7 Finanças
8 Futebol
8.1 Recordes
8.1.1 Recordes de resultados
8.2 Jogadores
8.2.1 Equipa principal
8.2.2 Equipa B
8.3 Uniformes
8.3.1 Atuais
8.3.2 Anteriores
8.4 Pessoal
9 Voleibol
9.1 História
9.2 Títulos
9.2.1 Séniores
9.2.2 Juniores
9.2.3 Juvenis
9.2.4 Iniciados
10 Títulos
11 Outras modalidades
12 Ver também
13 Notas
14 Referências
15 Bibliografia
16 Ligações externas
História
Anos primordiais (1893–1921)
A 28 de setembro de 1893 no dia do aniversário do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia, o Foot-Ball Club do Porto é fundado, por obra e graça do jovem de 20 anos António Nicolau d'Almeida, um comerciante do vinho do Porto que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. O FC Porto inicia então os seus primeiros treinos no Campo do Prado, em Matosinhos, e no dia 8 de outubro disputa o primeiro jogo da história do clube, contra o Clube de Aveiro.[6]
A 25 de outubro de 1893, Nicolau d'Almeida convida o Club Lisbonense para uma partida de futebol, que decorreria no dia 2 de novembro. O Diário Ilustrado, com sede em Lisboa, é quem noticia o convite, e até a resposta do Club Lisbonense. Guilherme Pinto Basto, o então presidente do Club Lisbonense, aceitara então o convite mas não no dia previsto. A data escolhida foi o dia 2 de março do ano seguinte e para além disso, Pinto Basto conseguiu convencer D. Carlos a patrocinar o jogo, oferecendo também uma taça por parte do rei. O nome escolhido foi Taça D. Carlos I, ou ainda Cup d'El Rey.[7] Jogado no Campo Alegre, no Porto, também chamado Campo dos Ingleses, casa do Oporto Cricket and Lawn-Tennis Club, o jogo acaba com uma derrota do FC Porto, por 1–0.[8]
Em 1896, António Nicolau d'Almeida casa-se com Hilda Rumsey e esta pede-lhe para se afastar do futebol, que considerava uma modalidade demasiado violenta. António aceita o seu pedido e afasta-se do clube que entrou num período de letargia.[7] Doze anos depois, em 1906, José Monteiro da Costa regressou de Inglaterra, fascinado pelo mesmo desporto que encantara o seu amigo há mais de uma década e resolveu criar uma equipa de futebol, sob o nome "Grupo do Destino".[9]
Entretanto, José conversou com Nicolau d'Almeida sobre o projeto que iniciara em 1893. José não hesitou e extingue o Destino, refundando assim o FC Porto e instalando a primeira sede do clube nas instalações do recém-extinto Destino.[10] A nova fundação ocorre no dia 2 de agosto de 1906, assumindo desde logo uma faceta de clube eclético, no qual se começaram a praticar também diversas outras modalidades. José decidiu o azul e branco como as cores do clube e manteve o nome do mesmo.[11] Para além disso, foi desenhado o primeiro emblema do clube, que consistiu numa bola de metal azul com as iniciais "FCP".[12] Entretanto, é alugado à Companhia Hortícola Portuense o primeiro campo do clube, o Campo da Rainha, que fora simultaneamente o primeiro relvado de Portugal.[13]
O Campo da Rainha começou a ficar pequeno para tanta assistência, por isso em julho de 1912 o FC Porto muda-se para o Campo da Constituição, onde permaneceria até à inauguração das Antas. Para comemorar a nova casa, a equipa inglesa Oporto Cricket Lawn-Tennis Club organizou um jogo, do qual saíram vencedores por 5–2.[14] Em agosto do mesmo ano, juntamente com o Leixões, o FC Porto cria a Associação de Futebol do Porto, tendo começado na época seguinte o Campeonato do Porto. Na primeira edição da prova, acabou em segundo lugar, ficando atrás do Boavista, tendo ganho na seguinte temporada, numa competição em que viria a ganhar 30 edições, 21 delas consecutivas, entre 1915 e 1947.[15] A outra modalidade do clube, pesos e halteres, destacar-se-ia na seguinte época de 1915–16, com o duplocampeonato nacional alcançado por Carlos Oliveira.[16] A época posterior foi também de grande interesse, devido à inauguração do campo de ténis, substituindo o rinque de patinagem, que serviu para mostrar os troféus e taças conquistados pelo clube.[17] O FC Porto, no entanto, em 1917–18, perde o título para o Salgueiros depois de três temporadas consecutivas a vencê-la, sendo que os motivos prenderam-se no facto de mais de metade dos jogadores estarem a lutar na I Guerra Mundial. Morreu um jogador, Vidal Pinheiro.[18] Na temporada 1920–21, o clube tenta a compra do Campo Nova Sintra, mas desiste da ideia devido ao alto valor do terreno, que custaria 800 contos, continuando o Campo da Constituição como casa do clube.[19]
Divergências sobre o ano de fundação
Até ao ano de 1988 era oficial a data de fundação do FC Porto como tendo sido a 2 de agosto de 1906, por iniciativa de José Monteiro da Costa. A 26 de fevereiro de 1988, realizou-se mais uma Assembleia Geral Ordinária, que tinha como principal ponto agendado a apreciação e votação do Relatório e Contas da Direção e Parecer do Conselho Fiscal referente à anuidade de 1987. Após várias intervenções de apoio ao presidente em funções, Jorge Nuno Pinto da Costa, o sócio Custódio Castro, encarregado da comissão nomeada para apreciar a problemática da fundação do clube, dissecou a questão, tendo decidido que "o FC Porto foi fundado em 1906 embora a semente tenha sido lançada em 1893".[20] Foi, no entanto, a apresentação de Rui Guedes, autor da "Fotobiografia do FC Porto" quem haveria de dominar a noite, apresentando dois recortes de jornais da década de 90 do século XIX que, a seu entender, corroboraram a sua teoria de fundação do clube. Tendo sido apresentada e votada por ampla maioria a sua proposta de alteração dos estatutos, a redação do artigo primeiro passou a referir que o FC Porto, pessoa coletiva e de utilidade pública, foi fundado em 28 de setembro de 1893, tendo iniciado imediatamente a sua atividade.[21]
Primeiros títulos nacionais e declínio (1921–1981)
Em junho de 1922, arranca a primeira edição do Campeonato de Portugal, primeira prova nacional oficial, criada pela União Portuguesa de Futebol, antecessora da Federação Portuguesa de Futebol, com o objetivo de juntar os campeões regionais de Lisboa e Porto. É o FC Porto quem leva a melhor na primeira edição, ganhando ao Sporting por 3–1, na finalíssima, a 18 de junho, e tornando-se no primeiro campeão português de futebol.[22] Nesse mesmo ano, o futebolista "Simplício", que fora também artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do Porto, dando origem ao atual emblema do clube.[12]
Dois anos depois, na primeira prova de sempre nas piscinas do FC Porto, Luíz Canto Moniz ganha os 200 metros livres do campeonato nacional de natação, iniciando-se no mesmo ano a prática do hóquei em patins.[23] Na modalidade de futebol, dias depois da derrota do FC Porto contra o Deportivo por 7–3, já na época seguinte a 15 de julho de 1925, Velez Carneiro, então jogador portista, é assassinado com quatro tiros pelo escriturário Carmindo Duarte, tendo a sua homenagem sido feita por Coelho da Costa, jogador que marcou o golo que valeu o título de campeão nacional de futebol.[24] A 1926, inicia-se o basquetebol, por iniciativa de três jogadores,[25] e três anos depois o clube estreia-se no hóquei em campo, a 20 de outubro de 1929.[26]
O FC Porto conseguia tanto público que o Campo da Constituição começou a ficar pequeno. Por isso em 1933, foi proposta em Assembleia Geral a aquisição de terrenos para a construção de um novo estádio, o futuro Estádio das Antas. Enquanto não estava disponível, o clube jogava não só na Constituição, mas também em outros campos emprestados, de vez em quando, como o Campo do Ameal ou o Estádio do Lima.[13]
Em 1934–35, arranca a primeira edição do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, ou simplesmente da Primeira Divisão, estimulada pela necessidade de se estabelecer uma estrutura futebolística mais forte no país, tendo essa ideia surgido após Portugal ter perdido com a Espanha por 9–0, na eliminatória de acesso ao Mundial de 1934. É o FC Porto quem a vence, com dois pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Sporting, sob a gerência do húngaro Joseph Szabo.[27] Contudo, o FC Porto só volta a ser campeão nacional quatro anos depois, em 1938–39, no mesmo ano em que o Campo da Constituição aumenta a lotação para 20 mil lugares. Foi por pouco que o FC Porto não garantiu a descida à Segunda Divisão na temporada seguinte, pois a equipa futebolística acabou o campeonato regional na terceira posição nesse mesmo ano, lugar que não dava acesso à Primeira Divisão. Mas devido ao alargamento de clubes do principal escalão, o clube manteve-se na mais alta competição de futebol e curiosamente foi bicampeão pela primeira vez na sua história, em 1939–40.[28] O mesmo aconteceu em 1941–42, quando o FC Porto voltou a ficar num lugar do campeonato regional que não dava acesso à Primeira Divisão, mas graças a um novo alargamento efetuado pela Federação, o FC Porto manteve-se novamente na Primeira Liga.[29]
Logo na temporada seguinte, em 1942–43, o clube conseguiu um humilhante sétimo lugar no campeonato, pior da história até aquela altura. Os 12–2 sofridos pelo Benfica para o campeonato no dia 7 de fevereiro de 1943, e a eliminação na Taça de Portugal, sucessora do Campeonato de Portugal, pelo Vitória de Setúbal por 7–0, reforçaram ainda mais a fraca época dirigida pelo técnico húngaro Lipo Herczka.[30] Apesar disso, o clube é hexacampeão nacional de andebol na temporada seguinte, e o número de sócios dos dragões aumenta, passando dos 1800 sócios para 4 mil.[31]
Em 1948, Fernando Moreira vence a 13ª edição da Volta a Portugal em bicicleta,[32] e em 1952 o clube vence pela primeira vez o campeonato de basquetebol.[33] Ainda no mesmo ano, desta vez na modalidade de futebol, o FC Porto venceu o poderoso Arsenal num amigável, considerado a melhor equipa do mundo na altura, por 3–2. Para compensar o feito, um grupo de seis sócios lançou uma campanha para a compra de uma taça: a "Taça Arsenal", a maior taça do mundo, tendo custado duzentos contos e pesando cerca de 250 quilos, repartidos por 130 quilos de prata, os restantes num relicário com quase três metros de altura.[34]
Depois das obras terem começado em inícios de 1951, o "Estádio do Futebol Clube do Porto" é inaugurado em 28 de maio de 1952, mas ficou para a história como Estádio das Antas.[35][36] Na inauguração, os dragões perdem por uns incríveis 8–2 contra o convidado Benfica.[37] Apesar de tudo, o clube chega à sua primeira final da Taça de Portugal na época seguinte, mas é novamente vencido pelo mesmo Benfica por 5–0.[38] Estes episódios dramáticos chegaram ao fim em 1955–56, quando o clube portuense venceu a primeira dobradinha de futebol da sua história, ganhando ao Torreense na final da Taça por 2–0, e terminando em igualdade pontual com o Benfica no campeonato, que só deu o título de campeão por ter perdido 3–0 nas Antas e empatado em casa 1–1,[39] campeonato esse que foi ganho quinze épocas depois. Com efeito, o clube participa pela primeira vez em competições europeias na época seguinte, mas o sonho de seguir longe terminou rapidamente após a eliminação contra o Atlético de Bilbao na 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus (derrota por 2–1 em casa na primeira mão e por 3–2 fora no segundo jogo).[40]
Nas épocas posteriores, entraram para o palmarés do clube duas Taças de Portugal de futebol, em 1958 e em 1968, um campeonato da mesma modalidade em 1959, quatro títulos consecutivos de Volta a Portugal em bicicleta em 1963 e o primeiro título de campeão nacional de voleibol em 1965. No futebol, o cenário inverteu-se quando o FC Porto termina a liga em nono lugar em 1969–70, pior da história, e é eliminado tanto na Taça de Portugal pelo Tirsense, como na Taça das Cidades com Feiras pelos ingleses do Newcastle.[41] O número de sócios aumenta para cerca de 41 mil em 1971, e no bilhar o clube obtém o terceiro lugar no campeonato europeu em 1972, melhor classificação da história por um equipa portuguesa.[42] Entretanto, Pavão, antigo futebolista do clube, falece no dia 16 de dezembro de 1973 devido a um ataque cardíaco, durante um jogo em casa para o campeonato.[36] Em 1977, o regresso de José Maria Pedroto, que fora jogador do clube por largas épocas, e a entrada de Jorge Nuno Pinto da Costa para diretor do departamento de futebol acaba com o jejum de títulos no futebol, com a conquista da Taça de Portugal frente ao Braga, e a promessa de uma estrutura mais forte no clube.[43] Em 1977–78, 19 anos depois do último título de campeão nacional de futebol, os dragões voltam a conquistá-lo, mas perdem a final na Taça de Portugal frente ao Sporting, na finalíssima.[44] Na época seguinte: mais uma vez campeão nacional de futebol, e vários títulos nas modalidades, nomeadamente a Taça de Portugal em basquetebol, o campeonato nacional de ciclismo em equipas, a Taça de Portugal de andebol e o campeonato nacional de corta-mato, graças a Aurora Cunha.[45] A 18 de novembro de 1981, o clube foi feito Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.[46]
Entrada de Pinto da Costa (1982–1999)
A 17 de abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa é eleito presidente do FC Porto, começando o clube a ganhar terreno ao longo dos anos sobre os rivais de Lisboa em qualquer modalidade.[47] A conquista da Taça das Taças em hóquei em patins na mesma época, frente ao Sporting—naquele que foi o primeiro título internacional do clube—, e a reconquista na época seguinte, frente ao Benfica, foi prova disso mesmo.[48] Em 1982–83, Pedroto regressa, mas não consegue nenhum título na temporada, acabando no segundo lugar do campeonato e perdendo a final da Taça de Portugal diante do Benfica por 1–0 nas Antas.[49] Em 1983–84, na última temporada de Pedroto, que entretanto cedeu o lugar a António Morais por causa de uma doença, o clube acaba a época com a Taça de Portugal no museu, ganha ao Rio Ave por 4–1, e a Supertaça, ganha ao Benfica na segunda mão por 2–1 na Luz, depois dum empate a zero em casa. Para além disso, o FC Porto chegou à primeira final europeia, a Taça das Taças, perdido para a Juventus por 2–1, com uma arbitragem tendenciosa para o lado dos italianos.[50] Na época seguinte, o clube é finalmente campeão graças ao treinador Artur Jorge, vencendo também também a Supertaça ao Benfica. Relativamente ao atletismo, Aurora Cunha bateu dois recordes nacionais e sagrou-se campeã mundial dos 10 km de estrada.[51] A equipa de hóquei em patins vence novamente uma competição internacional em 1985–86, a Liga Europeia, numa época em que o FC Porto volta a ser campeão nacional em futebol e Aurora Cunha volta a vencer o Campeonato Mundial dos 15 e dos 10 quilómetros.[52] Entretanto, a 9 de dezembro de 1986, é criada a secção de Desporto Adaptado do clube.[53]
A 27 de maio de 1987, na época de 1986–87, o clube finalmente consegue ganhar uma competição europeia no futebol, tendo ganho brilhantemente o favorito Bayern de Munique por 2–1 na final da Taça dos Campeões Europeus de 1986–87. Conquistada no Estádio Prater, em Viena, a equipa portuguesa esteve a perder até aos 78 minutos por 1–0, minuto em que Rabah Madjer se inspira, marca o famoso golo de calcanhar e empata a partida. Poucos minutos a seguir, Juary marca o golo da vitória do terceiro título da Taça dos Campeões Europeus em Portugal. O FC Porto nessa época foi ainda campeão da Supertaça, ganha novamente ao Benfica (1–1 em casa na primeira mão e 4–2 fora no segundo jogo), apesar de ter ficado em segundo lugar e de ter sido eliminado na Taça de Portugal frente ao Sporting.[54]
Com a saída de Artur Jorge na época seguinte, Tomislav Ivić assumiu o cargo mas nem por isso quebrou a série vitoriosa internacional—dois títulos internacionais, somando aos dois internos. Entre eles, a primeira Taça Intercontinental do clube e de Portugal, ganha na neve ao Peñarol por 2–1, e a primeira Supertaça Europeia do clube e novamente de Portugal, ganha ao Ajax (1–0 em ambas as mãos). O FC Porto foi ainda campeão nacional a quinze pontos do Benfica, segundo classificado, e vencedor da Taça de Portugal, tendo ganho ao Vitória de Guimarães por 1–0.[55] A 3 de março de 1988, o clube foi feito Membro Honorário da Ordem do Mérito.[46] Mais tarde, em 1989–90, a equipa de hóquei em patins volta a vencer a Liga Europeia, e quatro anos depois conquista pela primeira vez a Taça CERS, o que voltaria a acontecer em 1996.[56] E foi na mesma época que o FC Porto gelou o Estádio da Luz na Supertaça de futebol, com a goleada de 5–0 ao seu maior rival, a sua maior vitória na casa do Benfica, num ano em que venceu o campeonato de futebol pela terceira vez consecutiva.[57] Em 1998–99, o clube consegue vencer o campeonato nacional da mesma modalidade, o quinto consecutivo, um feito inédito e ultrapassado pelo Sporting que detinha o recorde de quatro campeonatos seguidos, alcançado nos anos 50. Apesar de ter sido eliminado na Taça de Portugal pelo Torreense nas Antas, a Supertaça não escapou e é vencida ao Braga.[58]
Novas conquistas internacionais (2000–)
Este novo século começou com um segundo lugar no campeonato de futebol, atrás do Boavista, por obra de Fernando Santos que foi depois despedido nessa época devido à falha do objetivo principal dois anos consecutivos. Apesar disso, o FC Porto não deixou de vencer títulos e conquistou a Taça de Portugal frente ao Marítimo.[59] Na época seguinte, valeu a Octávio Machado e a José Mourinho um terceiro lugar no campeonato. No entanto, a Supertaça entrou novamente no palmarés portista, conquistada frente ao Boavista.[60]
A 16 de novembro de 2003, o Estádio do Dragão, com capacidade para cerca de 50 mil espetadores, foi inaugurado, mas só começou a ser jogado mais tarde devido a problemas relacionados com a relva. A inauguração ficou marcada pela estreia de Lionel Messi no Barcelona, clube convidado para a inauguração e derrotado por 2–0, com golos de Derlei e Hugo Almeida.[61] Já no ano anterior, havia sido inaugurado outro complexo, a 5 de agosto de 2002: o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, destinado para os treinos da equipa e construído em Vila Nova de Gaia, composto por um miniestádio com capacidade para três mil pessoas, três campos de relva natural e um campo de relva sintética, entre outras instalações.[62]
A primeira época de glória chegou na segunda época de José Mourinho, em 2002–03, com a conquista da primeira Taça UEFA do clube e de Portugal, tendo eliminado pelo caminho nomes ilustres como o Panathinaikos (perdendo a primeira mão por 1–0 em casa, e ganhando fora 2–0, nos quartos de final), a Società Sportiva Lazio (vitória por 4–1 em casa e 0–0 fora, nas meias-finais), e finalmente o Celtic, na final por 3–2, já no prolongamento. Para além disto, Mourinho ganhou também a Taça de Portugal, frente à "sua" União de Leiria, por 1–0, e o campeonato.[63]
Apesar de ter conquistado três títulos, Mourinho atingiu apenas o apogeu da sua carreira no clube no ano seguinte, quando o FC Porto venceu o Mónaco na final da Liga dos Campeões por 3–0, com golos de Carlos Alberto, Deco e Alenichev. Entre as suas vítimas, destacaram-se o Manchester United, que perdeu fora por 2–1 e empatou em casa 1–1, com um golo de Costinha aos 90 minutos que garantiu a passagem aos oitavos de final; o Lyon, que perdeu no Dragão por 2–0 e empatou em casa 2–2; e o Deportivo da Corunha, que, apesar de ter empatado fora, perdeu em casa por 1–0, permitindo à equipa portuguesa passar para a final. Voltou a vencer a Supertaça diante do Leiria, nessa mesma época, e na época seguinte, sob o comando de Víctor Fernández, o FC Porto derrotou o Once Caldas nos penaltis para vencer a segunda Taça Intercontinental, a última disputada. A Supertaça Europeia voltou a escapar, perdendo pela segunda vez consecutiva diante do Valência.[64]
Em 2008–09, o FC Porto sagrou-se tetracampeão nacional de futebol e ganhou a Taça de Portugal—sexta dobradinha da história—, por obra e graça de Jesualdo Ferreira (com a ajuda de Co Adriaanse, que venceu o campeonato em 2005–06). Os dragões atingiram ainda os quartos de final da Liga dos Campeões (depois de eliminarem o Atlético de Madrid nos oitavos), tendo sido eliminados graças a um golo de Cristiano Ronaldo na segunda mão, no Dragão, que valeu a passagem do Manchester United à fase seguinte, depois de ter empatado por 2–2 em casa dos reds.[65] Entretanto, com uma capacidade de 2 179 lugares, o Dragão Caixa, palco das modalidades de hóquei em patins, basquetebol e andebol, é inaugurado no dia 23 de abril de 2009, substituindo assim o antigo Pavilhão Américo de Sá.[3][66]
Depois da época de 2009–10, com apenas dois títulos e um terceiro lugar no campeonato, sob o comando do mesmo Jesualdo Ferreira,[67]André Villas-Boas entra no comando técnico e vence brilhantemente quatro títulos em 2010–11.[68] Um deles internacional, a nova Liga Europa, vencida na final ao Braga por 1–0, com um golo aos 44 minutos do melhor marcador da competição Radamel Falcao, naquela que foi a primeira final entre clubes portugueses numa prova europeia.[69] Entre os adversário eliminados, destacam-se o Villarreal, que foi goleado na primeira mão das meias-finais por 5–1, antes de ter ganho 3–2 em casa na segunda mão; o Spartak de Moscovo, que foi goleado em ambas as mãos, na primeira por 5–1, em casa, e na segunda por 5–2, fora; o CSKA de Moscovo nos oitavos de final e o Sevilha nos dezasseis avos de final.[70] Para além do campeonato (invicto, com 21 pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Benfica), da Taça de Portugal (6–2 ao Guimarães na final) e da Supertaça (2–0 ao Benfica), o FC Porto ainda passou a ser a equipa com mais títulos no futebol, com 69 títulos, ultrapassada ao Benfica que tinha na altura 68.[68] Ainda nessa época, os juniores de futebol conquistaram pela primeira vez um título oficial de dimensão internacional para os escalões de formação do clube: o Blue Stars/FIFA Youth Cup.[71] Duas épocas depois, em 2012–13, o FC Porto volta a ser campeão invicto, desta vez sob o comando de Vítor Pereira.[72] Ainda no mesmo ano de 2013, é inaugurado o Museu do FC Porto by BMG.[73]
Recintos
Ver artigos principais: Campo da Constituição, Campo da Rainha, Estádio das Antas e Estádio do Dragão
O primeiro campo utilizado pelo FC Porto para a modalidade do futebol foi o Campo do Padro, em Matosinhos, onde iniciou os seus primeiros treinos no inicío de outubro de 1893.[6] Mais tarde em 1906, é alugado à Companhia Hortícola Portuense o Campo da Rainha, que fora entretanto um terreno não cultivado. Era um pequeno campo de trinta por cinquenta metros, o primeiro relvado de Portugal. No mesmo ano foram transferidos os viveiros de plantas para outro local, permitindo ao clube criar um campo com as medidas oficiais, rodeado de bancos para 600 pessoas e ainda uma pista de atletismo, balneários e um bar. O aluguer anual era de 1$20.[14]
Para além de tanta assistência que a equipa trazia ao recinto, no final de 1911, o FC Porto foi informado da gradual desocupação do Campo da Rainha para a construção de uma fábrica, que iria ser construído no relvado. Portanto em julho de 1912, uma assembleia geral aprova um novo terreno, o Campo da Constituição, na Rua da Constituição, alugado por 350 escudos anuais e também subalugado por outras três equipas. Para comemorar a nova casa, os ingleses do Oporto Cricket Lawn-Tennis Club organizaram uma partida, do qual saíram vencedores por 5–2.[14]
Mais tarde, para mostrar as taças conquistadas do clube, o FC Porto inaugura o campo de ténis em 1917, substituindo assim o antigo rinque de patinagem.[17] Em 1920, o clube adquire o Campo da Constituição, na sequência do arrendamento por dez anos (400 escudos nos primeiros cinco anos e 450 nos restantes cinco). A comemoração foi feita através de um torneio amigável triangular, do qual saiu vencedor.[74] Na temporada 1920–21, o clube tenta a compra do Campo Nova Sintra, mas desiste da ideia devido ao alto valor do terreno, continuando o Campo da Constituição como casa do clube.[19] Na época 1928–29 é renovado o contrato de arrendamento do Campo da Constituição, com uma renda anual de 12 mil escudos, pagos em duas prestações de 6 mil escudos.[75] Em 1938–39, o campo aumenta a lotação para 20 mil pessoas, o que implicou num aumento das receitas de bilheteira.[76] O atual campo começou a ficar pequeno, por isso em 1933 foi proposta numa assembleia geral a aquisição de novos terrenos para um novo estádio, o Estádio das Antas. Enquanto a nova casa não estava disponível, o FC Porto jogava de vez em quando noutros campos emprestados, como o Estádio do Lima ou o Campo do Ameal.[13]
A primeira pedra foi lançada a dezembro de 1949, mas a obra só começou um mês depois. José Bacelar, sócio número um do clube, pagou o salário do primeiro dia de trabalho a todos os operários.[61] A inauguração acontece finalmente no dia 28 de maio de 1952, oficialmente denominado como "Estádio do Futebol Clube do Porto", onde esteve presente o general Craveiro Lopes, então presidente da República Portuguesa.[36] O Benfica foi a equipa convidada para a inauguração, e com toda a frieza, o clube de Lisboa goleou o FC Porto por 8–2.[36] Em 1962–63 é inaugurada o sistema elétrico das Antas.[77]
Ao longo do século o recinto foi ficando maior, devido à inclusão do Pavilhão Américo de Sá, para as modalidade de basquetebol, andebol e hóquei em patins, da piscina coberta, três campos relvados de treino, a Loja Azul, o Bingo, a Sala-Museu e a Torre das Antas.[61] Além disso, sofreu um rebaixamento que permitiu aumentar a lotação para noventa mil lugares em 1986, o que levou a ser um dos estádios eleitos para o Mundial de juniores de 1991. Mas ainda antes, em 1973, o recinto foi palco de um triste falecimento de um jogador portista, Pavão, caído no relvado num jogo do campeonato devido a um ataque cardíaco.[36]
A 9 de março de 1994, o estádio foi penhorado pelo ministro das finanças, Eduardo Catroga, devido a uma dívida fiscal de cerca de 200 mil contos.[78] O estádio começou por ser demolido em 1 de abril de 2004 e acabou em 28 de junho de 2004, sendo substituído pelo atual Estádio do Dragão.[79]
Inaugurado no dia 16 de novembro de 2003, o atual estádio do clube só começou a ser jogado em 2004 devido a problemas relacionados com a relva.[61] A construção do estádio custou 98 milhões de euros, e tem uma capacidade para cerca de 50 mil espetadores.[80] O amigável da inauguração resultou numa vitória de 2–0 contra o Barcelona, onde também se estreou Lionel Messi, então com dezesseis anos.[81] O estádio também foi utilizado para o Euro 2004 e recebeu o jogo de abertura do Euro, em que Portugal perdeu 2–1 com a Grécia.[82] O Dragão tem recebido entretanto várias distinções, entre elas a certificação GreenLight, entregue em 2004 pela Comissão Europeia,[83] e a certificação "Sistema de Gestão Ambiental", entregue em 2007 pela Associação Portuguesa de Certificação. As instalações do recinto também mereceram o certificado de "Sistema de Gestão de Qualidade".[84]
Outros recintos e infraestruturas
O FC Porto, para além destes recintos, possui também o Dragão Caixa: o pavilhão para as modalidades de hóquei em patins, basquetebol e andebol, inaugurado no dia 23 de abril de 2009 com uma capacidade para 2 179 espetadores;[3][66] e um centro de treinos alugado para a modalidade de futebol, de nome Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, inaugurado em 5 de agosto de 2002 em Vila Nova de Gaia[62] e cedido pela Câmara Municipal de Gaia por um período de 50 anos. Para além destes centros desportivos, o clube possui também um museu: o chamado Museu do FC Porto by BMG, inaugurado no dia 28 de setembro de 2013. Contudo, o museu só abriu oficialmente ao público no dia 26 de outubro do mesmo ano.[73]
Rivalidades
Rivalidade com o Benfica
Competições | FC Porto | Benfica |
---|---|---|
Primeira Liga | 28 | 36 |
Campeonato de Portugal | 4 | 3 |
Taça de Portugal | 16 | 26 |
Supertaça Cândido de Oliveira | 21 | 7 |
Taça da Liga | 0 | 7 |
Competições internacionais[nota 1] | 7 | 2 |
Total | 76 | 81 |
Ver artigo principal: FC Porto vs. Benfica
A rivalidade entre Lisboa e Porto já se fazia sentir antes das existências destes dois clubes, por exemplo com os seus modos de vida e os seus habitantes. Em 1931, o FC Porto perdeu por 3–0 diante do Benfica, naquele que foi o primeiro jogo oficial entre eles e que consequentemente deu a primeira vitória do Campeonato de Portugal ao clube lisboeta.[85] Apesar disso, uma vitória de 8–0 ao Benfica foi conseguida em 1933, para o mesmo Campeonato de Portugal, tendo ficado como a maior vitória que os portistas conseguiram até hoje contra eles.[86] Contudo, esta partida gerou muitos protestos por parte do Benfica, pois o clube não tinha sido informado sobre a alteração da hora do jogo. No final do jogo, dois jogadores do Benfica agrediram o dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, e ambos foram suspensos. Depois da segunda mão, os dois clubes cortaram relações, até 1935, altura em que os dois clubes voltaram a entrar em paz com um amigável.[87]
Com um bicampeonato em 1939–40, entre outros títulos, o FC Porto foi perdendo influência no futebol nacional, isolando assim os "três grandes de Lisboa" na luta por títulos de futebol, já que, apesar de tudo, o andebol era dominado pelos azuis e brancos.[85] Em 1943, o FC Porto foi derrotado por 12–2 no campeonato de futebol, naquela que foi, e ainda é, a maior derrota de sempre contra as águias.[86] Apesar de tudo, a amizade entre os dois ia-se aprofundando cada vez mais.[85] Prova disso foi o convite ao Benfica para a inauguração do Estádio das Antas em 1952, e dois anos depois a inversão dos papéis.[85] Mas a pacífica relação não se ficou por aí, pelo o que o FC Porto admitiu o Benfica como membro honorário do clube, após a aceitação do convite. O FC Porto também foi eleito membro honorário do Benfica a 11 de março de 1955, pela mesma razão.[88]
O Benfica dominava o futebol nacional, tendo ultrapassado o Sporting, que dominara o futebol nacional por alguns anos, e começou a ser reconhecido internacionalmente com a conquista das duas Taça dos Clubes Campeões Europeus, e a presença em várias finais da mesma competição, cabendo assim ao clube o estatuto de "maior clube de Portugal".[85] Mas com a chegada de Jorge Nuno Pinto da Costa e de José Maria Pedroto ao clube portuense, a história inverteu-se e a rivalidade foi ficando mais forte com as conquistas do FC Porto, tanto nacional como internacionalmente.[85] Em 1986–87, quando o FC Porto estava prestes a contratar Ademir, do Vitória de Guimarães, o Benfica desviou o jogador para a Luz. Com efeito, no ano seguinte o FC Porto contratou dois jogadores ao Benfica, e por consequência os dois clubes cortaram relações institucionais.[89]
"O Clássico", como consequência do domínio do FC Porto, não só a nível nacional, como também a nível internacional, e do declínio do Sporting, tornara-se a maior rivalidade de Portugal até aos dias de hoje.[85]
Relativamente a estatísticas, o FC Porto defrontou o Benfica num total de 232 jogos, no futebol, tendo vencido 89, empatado 57 e tendo o Benfica ganho 86, em competições oficiais.[nota 2][86] O portista que mais jogos fez contra o Benfica foi João Pinto, com 51 partidas disputadas. Já os três atletas com mais golos frente ao rival foram Fernando Gomes, Pinga e Monteiro da Costa, cada um com dez golos marcados. Quanto ao número de títulos, o Benfica tem 81, mais cinco que o FC Porto.
Rivalidade com o Sporting
Competições | FC Porto | Sporting |
---|---|---|
Primeira Liga | 28 | 18 |
Campeonato de Portugal | 4 | 4 |
Taça de Portugal | 16 | 16 |
Supertaça Cândido de Oliveira | 21 | 8 |
Taça da Liga | 0 | 1 |
Competições internacionais[nota 3] | 7 | 1 |
Total | 76 | 48 |
Ver artigo principal: FC Porto vs. Sporting
A rivalidade entre leões e dragões começou na finalíssima do Campeonato de Portugal de futebol, em que o FC Porto venceu o Sporting por 3–1, dando assim o título ao clube azul e branco. A partir daí, os leões cortaram relações com os portistas. Mais tarde, em janeiro de 1924, dirigentes de ambos os clubes selaram a paz, com a disputa da Taça Soares Júnior. No fim, ganhou o Sporting por 2–1, onde, ainda antes do jogo, presidentes dos dois clubes trocaram ramos de flor.[90] Em 1936, o FC Porto venceu, para a Primeira Liga Experimental, o Sporting por 10–1, naquela que foi, e continua a ser, a maior vitória sobre o clube lisboeta.[91] No ano seguinte, novamente para a Primeira Liga Experimental, o Sporting devolveu a proeza e bateu o FC Porto por 9–1, tornando-se na maior derrota de sempre contra os leões.[91]
A era dourada para o Sporting começou a partir dos anos 40, tornando-se superior ao FC Porto por muitos anos.[92]
Jorge Nuno Pinto da Costa tornara-se no novo presidente do FC Porto em 1982, e os papéis inverteram-se, enriquecendo o palmarés do FC Porto com títulos nacionais e internacionais. O FC Porto é agora favorito sempre que defronta o Sporting em casa.[92] A 5 de junho de 2013, o Sporting informou que iria cortar novamente relações institucionais com o clube.[93]
No que toca a estatísticas, o FC Porto defrontou o Sporting 225 vezes, tendo vencido 81 jogos, empatado 63 e perdido 81 em competições oficiais.[nota 4][91] O futebolista com mais jogos disputados frente ao Sporting foi Virgílio, com 39 jogos disputados. Pinga foi também o jogador que mais marcou ao Sporting, com treze golos marcados.[94] Relativamente ao número de títulos, o Sporting tem 48, menos 28 que o FC Porto.
Emblema
Em 1906, é criado o primeiro emblema do clube, que consistia numa bola de futebol azul com as iniciais "FCP". Mais tarde, na Assembleia Geral de 26 de outubro de 1922, é aprovado o novo símbolo do FC Porto, desenhado pelo artista gráfico e também jogador do clube, Augusto Baptista Ferreira, mais conhecido por "Simplício". Este novo logótipo representa uma simbiose do antigo emblema com as armas da cidade do Porto.[12] A bola azul representa a modalidade mais antiga do clube. D. Maria II atribiu armas à cidade do Porto em janeiro de 1837: um escudo esquartejado com as armas reais (sete castelos e cinco quinas) no primeiro e quarto quartéis, e as mais antigas armas da cidade do Porto. No segundo e terceito quartéis, um coração, que representa o legado que D. Pedro IV deixou à cidade. Daí a presença das armas no logótipo do clube. O Colar e Grã-Cruz, da Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e espada de Valor Lealdade e Mérito, do qual pende a respetiva medalha, encontram-se presenciados à volta das Armas. Por fim, a Coroa Ducal e o dragão negro do poder, eram pertencentes às antigas armas dos Senhores Reis destes Reinos, em cujo pescoço está uma fita com a palavra Invicta, nome que D. Maria II atribuiu ao Porto.[95]
Associados e adeptos
O número de adeptos do FC Porto tem vindo a crescer devido ao sucesso que o clube tem vindo a ter nas diversas modalidades do clube.[96] Num estudo feito pela Sport+Markt em 2009, de cerca de 4,699 milhões de portugueses que revelaram ser interessados ou muito interessados em futebol, o FC Porto tem cerca de 1,3 milhões de adeptos, menos novecentos mil que o Benfica e mais duzentos mil que o Sporting. No mesmo estudo e agora na Europa, de entre 9,6 milhões de adeptos da modalidade, 600 mil desses adeptos apoiam o FC Porto. Assim, o clube ocupa a 44ª posição do ranking dos clubes mais populares da Europa, com um total de 1,9 milhões de adeptos.[97] No mesmo ano, um outro estudo feito pela Futebol Finance revela que o FC Porto é o quinto clube com mais sócios do mundo e o segundo em Portugal, com cerca de 120 mil sócios.[98] No setor informático, o FC Porto tem cerca de três milhões de "gostos" no Facebook,[99] e cerca de 474 mil seguidores no Twitter.[100]
A primeira claque organizada do clube surgiu nos anos 30, com o apoio da direção portista. Chamava-se "Esquadrão Azul e Branco", formada por volta de 1934. Ao longo dos anos, foram-se criando mais claques, como é o caso de "Força Azul", "Esquadra Azul" e "Dragões Azuis".[101] A atual principal claque do clube tem como nome "Super Dragões", criada a 30 de novembro de 1986 por um grupo de adeptos descontentes com a já extinta "Dragões Azuis". A partir desse dia, começaram a ocupar no topo sul do Estádio das Antas, e hoje são a claque portuguesa mais numerosa e uma das maiores do mundo. Mais tarde, surgiu o "Colectivo", que mudou de nome em 2000 para "Colectivo Ultras 95". Foi constituída a 6 de julho de 1995 por dissidentes dos Super Dragões e instalou-se no topo norte das Antas.[102]
Equipamentos e material
As suas cores devem ser as da bandeira da Pátria [azul e branco naquela altura], e não as cores da bandeira da cidade, que tenho esperança que o futuro clube há-de ser grande, não se limitando a defender o bom nome da cidade, mas também o de Portugal, em pugnas desportivas contra os estrangeiros.[11]
A primeira equipa de futebol do FC Porto foi constituída por oito jogadores com camisolas brancas e colarinhos vermelhos, dois com camisolas listadas azuis e brancas e um de encarnado. Mas nos tempos iniciais, vestia-se maioritariamente de vermelho, "à Arsenal", cor mais defendida nesse tempo. O verde também se usou, pois eram as cores da cidade. Mas em 1909, José Monteiro da Costa, que defendia o azul e branco por serem as cores da monarquia, aprovou as mesmas, ignorando o uso das cores da cidade.[103]
Em 1966, foram confecionados 103 fatos de treino, 548 calções e 156 pares de botas para o clube, após o desaparecimento dos colarinhos tipo pólo.
Foi apenas em 1975 que os futebolistas do FC Porto começaram a usar camisolas feitas por marcas estrangeiras, neste caso pela Adidas.[104] Com o futebol a ser cada vez mais profissional e popular, o clube aderiu pela primeira vez na época 1983–84 ao patrocínio no equipamento. A Revigrés foi o primeiro parceiro estampado na frente das camisolas, a troco de 50 mil euros anuais. Foi ainda o primeiro clube português a fazê-lo. Mas o FC Porto tinha ainda outro parceiro, a empresa de Adolfo Roque, já falecido, embora sem visibilidade nas camisolas.[105] Mais tarde, o clube começou a usar nos equipamentos das equipas uma nova tecnologia, desenvolvida pela Nike com o nome de "Pro Combat", que permite aos jogadores do FC Porto combater com mais eficácia o frio, e, no caso dos calções, proteger contra o risco de lesões.[106] Para além disso, as camisolas de futebol eram feitas à base de garrafas de plástico recicláveis, de modo a permitir uma maior evaporação do suor e o aumento da frescura da pele, e conforto dos atletas, para além de essencialmente preservar o ambiente. Para cada camisola, era usada oito garrafas.[107] Atualmente, é a empresa norte-americana New Balance que produz os equipamentos do clube.[108]
Período | Marca de equipamento | Patrocínio[nota 5] |
---|---|---|
1975–1983 | Adidas[104] | Nenhum |
1983–1997 | Revigrés[104] | |
1997–2000 | Kappa[104] | |
2000–2003 | Nike[104] | |
2003–2008 | PT | |
2008–2011 | TMN[109] | |
2011–2014 | MEO | |
2014–2015 | Warrior[110] | |
2015–2017 | New Balance[108] | |
2017- | MEO/Altice |
Finanças
Nos finais do século XX, em 1997, é criada a Futebol Clube do Porto – Futebol SAD (Sociedade Anónima Desportiva), tendo como objetivos a gestão e a organização do futebol no clube. Foram três os accionistas fundadores da SAD: Investiantes – Investimentos Desportivos, Lda, detendo noventa e nove mil novecentos e noventa e sete ações (50%); o próprio clube, detendo oitenta mil ações (40%); e a Câmara Municipal do Porto, detendo vinte mil ações (10%).[111] No mesmo ano, a 20 de julho, a Futebol Clube do Porto – Basquetebol SAD é criada, sendo o grande objetivo a exclusividade da gestão técnica e financeira da modalidade e a participação em competições desportivas profissionais.[112]
Em 2005, o Forbes avaliou o valor do clube para 106 milhões de dólares, ficando assim na 25ª posição da lista. Estes dados são relativos à época 2004–05 e foram baseados nas antigas transações, nos valores corporativos das equipas publicamente negociadas e no negócio do atual estádio do clube.[113]
A 1 de agosto de 2011, o FC Porto assume a direção e a gestão do Porto Canal. O clube adquiriu a parte detida pela Media Luso (97%), pertencente ao grupo espanhol Mediapro, mediante um acordo que previu uma aquisição completa de capital em três anos e o compromisso de fornecimento de programas durante quatro anos, cujo tecto mínimo é de 60%.[114]
Futebol
Recordes
Ver artigo principal: Lista de recordes e estatísticas do FC Porto
Recordes de resultados
Recorde | Resultado | Adversário | Data | Local | Ref. |
---|---|---|---|---|---|
Maior vitória na Primeira Divisão | 12–1 | Académico | 16 de abril de 1939 | Estádio do Lima, Porto | [115] |
Maior vitória na Taça de Portugal | 15–1 | Sanjoanense | 30 de maio de 1943 | Campo da Constituição, Porto | |
Maior vitória no Campeonato de Portugal | 18–0 | Ginásio Lis | 3 de abril de 1932 | Campo do Bessa, Porto | |
Maior vitória no Campeonato do Porto | 19–1 | Coimbrões | 22 de janeiro de 1933 | Campo da Constituição, Porto | |
Maior vitória nas competições europeias | 9–0[nota 6] | Rabat Ajax | 17 de setembro de 1986 | Estádio do Rio Ave, Vila do Conde | |
Maiores derrotas nas competições europeias | 6–1[nota 7] | AEK Atenas | 13 de setembro de 1978 | Estádio Enea Filadélfia, Atenas, Grécia | [116] |
Bayern de Munique | 21 de abril de 2015 | Allianz Arena, Munique, Alemanha | |||
Maior vitória contra o Benfica | 8–0 | — | 28 de maio de 1933 | Campo da Constituição, Porto | [86] |
Maior derrota contra o Benfica | 12–2[nota 8] | — | 7 de fevereiro de 1943 | Campo Grande, Lisboa | |
Maior vitória contra o Sporting | 10–1 | — | 22 de março de 1936 | Campo do Ameal, Porto | [91] |
Maior derrota contra o Sporting | 9–1 | — | 4 de abril de 1937 | Campo Grande, Lisboa |
Jogadores
Equipa principal
Guarda-redes | ||
---|---|---|
N.º | Jogador | |
1 | Iker Casillas | |
26 | Vaná | |
31 | Diogo Costa | |
40 | Fabiano |
Defesas | ||
---|---|---|
N.º | Jogador | Pos. |
4 | Diogo Leite | C |
5 | Chidozie | C |
19 | Chancel Mbemba | C |
28 | Felipe | C |
2 | Maxi Pereira | LD |
23 | João Pedro | LD |
3 | Éder Militão | LD |
13 | Alex Telles | LE |
18 | Jorge | LE |
Médios | ||
---|---|---|
N.º | Jogador | Pos. |
6 | Bruno Costa | T |
22 | Danilo | T |
24 | Riechedly Bazoer | T |
16 | Héctor Herrera | M |
10 | Óliver Torres | M |
25 | Otávio | M |
27 | Sérgio Oliveira | M |
Avançados | ||
---|---|---|
N.º | Jogador | |
7 | Hernâni | |
8 | Brahimi | |
9 | Aboubakar | |
11 | Moussa Marega | |
14 | Marius | |
17 | Jesús Corona | |
20 | Adrián López | |
21 | André Pereira | |
29 | Tiquinho Soares |
Equipa técnica | |
---|---|
Nome | Pos. |
Sérgio Conceição | TR |
Vitor Bruno | TA |
Siramana Dembélé | TA |
Eduardo Oliveira | PF |
Diamantino Figueiredo | TGR |
Equipa B
Ver artigo principal: Futebol Clube do Porto B
Uniformes
Atuais
Uniforme principal: Baseado no equipamento de 2003-2004 e na conquista da Liga dos Campeões, com 2 listas largas azuis, cada uma acompanhada por 2 mais finas. Calções azuis e meias brancas;
Uniforme alternativo: Camisa cinzenta com logotipos e pormenores em amarelo vivo, esquema pouco comum para o clube. Calções e meias cinzentos;
Terceiro uniforme: Camisa baseada nos 125 anos do clube, toda azul e com símbolos relacionados ao mesmo. Design criado por um artista próprio da cidade. Calções e meias azuis.
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Anteriores
- 2017-2018
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- 2016-2017
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- 2015-2016
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- 2014-2015
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- 2013-2014
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- 2012–2013
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- 2011–2012
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- 2010–2011
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- 2009–2010
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- 2008–2009
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- 2007–2008
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- 2006–2007
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- 2005–2006
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- 2004–2005
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- 2003–2004
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- 2002–2003
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- 2001–2002
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- 2000–2001
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- 1997–1998
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- 1986–1987
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- 1982–1984
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- 1975–1976
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- 1953 (Taça de Portugal)
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- 1930-1936
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- 1921-1923
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- 1909-1911
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1906 [nota 9]
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Pessoal
Nome | Cargo |
---|---|
Equipa técnica | |
Sérgio Conceição | Treinador |
Rui Barros | Treinador assistente |
Alexandre Santos | Treinador assisente |
Telmo Sousa | Recuperador físico |
Daniel Correia | Treinador de Guarda-redes |
Pablo Sanz | Coordenador de formação |
Raul Costa | Preparador físico |
Ricardo Dionísio | Preparador físico |
Nelson Puga | Médico |
José Carlos Esteves | Médico |
António André | Observador |
Vítor Peseiro | Observador |
Direção | |
Jorge Nuno Pinto da Costa | Presidente |
Antero Henrique | Vice-presidente |
Fonte: Zerozero
Voleibol
História
Esta modalidade iniciou a sua actividade em 1943, tendo sido suspensa em 1990. Durante este tempo o FC Porto teve, grandes equipas, grandes jogadores, e seccionistas e dirigentes que foram verdadeiras dedicações ao Voleibol portista. Não admira, pois, que a Secção tenha conquistado vários títulos através da equipa sénior dos escalões de formação.
Muitos nomes podiam ser apontados como referências do Voleibol do FC Porto. Num critério, sempre subjectivo, cite-se os nomes dos jogadores: Carlos Marques, Mário Rui Cruz, Lima Teixeira, Nélson Puga, Luciano Silva, José Carlos Vilarinho, José Carlos Teixeira, Lado Teixeira, Luís Silva e José Moreira; dos treinadores: Prof. Manuel Pugas e Prof. José Moreira e dos seccionistas Eduardo Almeida e Rui Sá.
Títulos
Séniores
Campeonato Português de Voleibol Masculino – 9
- 1968–69, 1969–70, 1970–71, 1972–73, 1974–75, 1976–77, 1978–79, 1985–86, 1987–88
Taça de Portugal de Voleibol Masculino – 6
- 1967–68, 1969–70, 1970–71, 1971–72, 1986–87, 1987–88
Juniores
Campeonato Nacional – 14
- 1965–66, 1967–68, 1968–69, 1969–70, 1970–71, 1976–77, 1977–78, 1978–79, 1979–80, 1981–82, 1983–84, 1984–85, 1985–86, 1986–87
Juvenis
Campeonato Nacional – 8
- 1965–66, 1966–67, 1967–68, 1968–69, 1969–70, 1975–76, 1976–77, 1977–78
Iniciados
Campeonato Nacional – 1
- 1978–79
Títulos
Ver artigo principal: Lista de títulos oficiais do Futebol Clube do Porto
Mundiais | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
Taça Intercontinental | 2 | 1987, 2004 | |
Continentais | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Liga dos Campeões da UEFA | 2 | 1986–87, 2003–04 | |
Liga Europa da UEFA | 2 | 2002–03, 2010–11 | |
Supertaça da UEFA | 1 | 1987 | |
Nacionais | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato Português | 28 | 1934–35, 1938–39, 1939–40, 1955–56, 1958–59, 1977–78, 1978–79, 1984–85, 1985–86, 1987–88, 1989–90, 1991–92, 1992–93, 1994–95, 1995–96, 1996–97, 1997–98, 1998–99, 2002–03, 2003–04, 2005–06, 2006–07, 2007–08, 2008–09, 2010–11, 2011–12, 2012–13, 2017–18 | |
Taça de Portugal | 16 | 1955–56, 1957–58, 1967–68, 1976–77, 1983–84, 1987–88, 1990–91, 1993–94, 1997–98, 1999–00, 2000–01, 2002–03, 2005–06, 2008–09, 2009–10, 2010–11 | |
Supertaça Cândido de Oliveira | 21 | 1981, 1983, 1984, 1986, 1990, 1991, 1993, 1994, 1996, 1998, 1999, 2001, 2003, 2004, 2006, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2018 | |
Campeonato de Portugal | 4 | 1921–22, 1924–25, 1931–32, 1936–37 |
Campeão Invicto
Outras modalidades
O FC Porto possui (possuiu) várias outras modalidades coletivas e individuais. Incluem-se:
- Andebol
- Atletismo
- Basquetebol
- Bilhar
- Boxe
- Ciclismo
- Futebol de praia
- Futebol indoor
- Halterofilismo
- Hóquei em patins
- Natação
- Pesca desportiva
- Superleague Fórmula
- Voleibol
Ver também
- Futebol Clube do Porto de Macau
- Lista de presidentes
- Lista de treinadores
- Lista de temporadas
Notas
↑ O FC Porto conquistou no total 2 Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões, 2 Taça UEFA/Liga Europa, 2 Taças Intercontinentais e 1 Supertaça Europeia, contra 2 Taças dos Campeões Europeus do Benfica.
↑ Atualizado até ao último jogo de 26 de abril de 2015 (Benfica 0–0 FC Porto).
↑ O FC Porto conquistou no total 2 Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões, 2 Taça UEFA/Liga Europa, 2 Taças Intercontinentais e 1 Supertaça Europeia, contra 1 Taça das Taças.
↑ Atualizado até ao último jogo de 4 de fevereiro de 2017 (FC Porto 2–1 Sporting).
↑ Apenas o patrocínio do equipamento principal é tido em conta.
↑ Para a Taça dos Clubes Campeões Europeus.
↑ Para a Taça dos Clubes Campeões Europeus e Liga dos Campeões da UEFA, respetivamente. Apesar de o FC Porto ter sido derrotado algumas vezes pela mesma diferença de golos (5–0), dá-se prioridade ao número de golos sofridos, daí que só as derrotas por 6–1 sejam contabilizadas.
↑ Esta foi talvez a maior derrota que o FC Porto sofreu até hoje.
↑ Estes três equipamentos eram usados em simultâneo de acordo com o que estivesse disponível, não havendo, de facto, um equipamento principal e distintivo do clube. [117]
Referências
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Bibliografia
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Mendes, Alfredo (2000). Futebol Clube do Porto – A História, os triunfos e as imagens de todos os tempos. [S.l.]: Diário de Notícias
Tovar, Rui Miguel (2011). Almanaque do FC Porto 1893–2011 1 ed. Lisboa: Caderno. ISBN 9789892315430
Ligações externas
- Sítio oficial