Hipófise































Hipófise

Grays pituitary.png


Localizada na base do crânio, a hipófise é protegida por uma estrutura óssea chamada sela túrcica.

Gray1181.png


Diagrama de um corte sagital mediano através da hipófise de um macaco adulto.

Latim

hypophysis

Gray

assunto #275 1275

Precursor

ectoderme neural e oral, incluindo a bolsa de Rathke

MeSH

Pituitary+Gland

Dorlands/Elsevier

Pituitary gland

Hipófise (também denominada glândula pituitária) é uma glândula endócrina com cerca de 1 cm de diâmetro alojada na sela túrcica ou fossa hipofisária do osso esfenoide na base do cérebro. Está localizada abaixo do hipotálamo e posteriormente ao quiasma óptico, sendo ligada ao hipotálamo pela haste pedúnculo hipofisário ou infundíbulo, é envolvida pela dura-máter (exceto o infundíbulo). A hipófise é considerada uma "glândula mestra", pois secreta hormônios que controlam o funcionamento de outras glândulas, sendo grande parte de suas funções reguladas pelo hipotálamo.


Do ponto de vista fisiológico, a hipófise é divida anatomicamente e funcionalmente em duas partes distintas: o lobo anterior (adeno-hipófise) e o lobo posterior (neuro-hipófise). A adeno-hipófise possui origem de células epiteliais, enquanto neuro - hipófise possui origem nervosa. Entre essas duas porções existe uma zona pouco vascularizada chamada de parte intermédia, praticamente ausente em humanos, mas bem desenvolvida e funcional em outros animais[1].


É responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do organismo como o crescimento (hormônio do crescimento - adeno - hipófise) e secreção do leite através dos seios (ocitocina - neuro - hipófise). Possui dimensões aproximadas a um grão de ervilha, pesando de 0,5 a 1 grama.




Índice






  • 1 Anatomia e fisiologia


    • 1.1 Hipófise posterior (neuro-hipófise)


    • 1.2 Hipófise anterior (Adeno - hipófise)


    • 1.3 Funções


    • 1.4 Adeno-hipófise


    • 1.5 Porção intermédia




  • 2 Vascularização


    • 2.1 Sistema Porta-Hipofisário


    • 2.2 Neuro-hipófise




  • 3 Patologia


  • 4 Imagens adicionais


  • 5 Referências





Anatomia e fisiologia |



Hipófise posterior (neuro-hipófise) |


O lobo posterior é conectado à parte do cérebro chamada de hipotálamo através do infundíbulo. A neurohipófise não produz nenhum hormônio apenas armazena os secretados pelo hipotálamo, e estes hormônios são então transportados pelos axônios das células nervosas em direção à hipófise posterior.


Os hormônios secretados pela hipófise posterior são




  • Oxitocina: produzido no núcleo paraventricular do hipotálamo


  • Hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina (AVP): produzido nos núcleos supra-óptico (NSO) e paraventricular (NPV) do hipotálamo



Hipófise anterior (Adeno - hipófise) |


O lado anterior é derivado do ectoderma oral e é composto de epitélio glandular. Através da conexão vascular da hipófise anterior com o hipotálamo, o hipotálamo integra sinais estimulatórios e inibitórios centrais e periféricos para os cinco tipos fenotipicamente distintos de células da hipófise.



















































Hormônio da hipófise anterior Hormônio hipotalâmico Corantes (tipo)
Tipo de célula
hormônio do crescimento secreção causada pelo GHRH (hormônio liberador de hormônio do crescimento) acidófilo
somatotrofo
prolactina secreção INIBIDA pela DA (dopamina, "prolactin inhibiting factor"/PIF) acidófilo
lactotrofo
hormônio folículo-estimulante secreção causada pelo GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) basófilo
gonadotrofo
hormônio luteinizante secreção causada pelo GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) basófilo
gonadotrofo
hormônio estimulante da tireóide secreção causada pelo TRH (hormônio liberador de tireotrofina) basófilo
tireotrofo
hormônio adrenocorticotrófico secreção causada pelo CRH (hormônio liberador de corticotrofina) basófilo
corticotrofo
endorfinas - - -

Os hormônios hipotalâmicos viajam até o lobo anterior por um sistema especial de capilares, chamados de vasos portais hipotalâmico-hipofisários.


Também existe uma interação entre os hormônios do hipotálamo, por exemplo, o TRH induz a secreção de prolactina.



Funções |


Os hormônios tróficos ou trópicos atuam sobre outras glândulas endócrinas regulando suas secreções. O sistema nervoso central manifesta seu controle sobre a hipófise através do hipotálamo via ligações nervosas ou substâncias parecidas com hormônios conhecidas como fatores de liberação no sexo.


Os hormônios tróficos são classificados em:



  • Tireotrópicos: atuam sobre a tireóide.

  • Adrenocorticotróficos: atuam sobre o córtex da glândula adrenal (supra-renal).

  • Gonadotróficos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.

  • Somatotróficos: atuam no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também eleva o consumo de gorduras e inibe a síntese de insulina do pâncreas, aumentando a concentração de glicose no sangue.



Adeno-hipófise |



  • Hormônio do crescimento (somatotrofina): atua sobre as cartilagens de crescimento dos ossos; controla parte do metabolismo de gorduras, proteínas e carboidratos.


  • Adrenocorticotrópico (ACTH): estimula a secreção dos hormônios do córtex da supra-renais (aldesterona, cortisol e andrógenos fracos).


  • Hormônio folículo-estimulante (FSH): estimula a formação do folículo de Graaf do ovário, dos túbulos seminíferos do testículo e também estimula a espermatogênese.


  • Hormônio luteinizante (LH): regula a produção e liberação de estrogênio, progesterona e de testosterona.


  • Prolactina: estabiliza a secreção do estrogênio e progesterona e estimula a produção de leite.


  • Tirotrofina: estimula as tiróides e a formação de tiroxina.


  • Mamotrofina: prolactina, estimula a produção do leite materno ou de sêmen.


Porção intermédia |


  • Estimuladora de melanócitos (MSH): regula a distribuição dos pigmentos.


Vascularização |


As artérias para a hipófise são as artérias hipofisárias superiores, ramos da carótida interna ou da artéria comunicante posterior, e as artérias hipofisárias inferiores, ramos da carótida interna mas atravessam o seio cavernoso. Os ramos das artérias superiores abastecem a haste e as partes adjacentes do lobo anterior. Os ramos das artérias inferiores suprem o lobo posterior. A suplência sanguínea da parte distal é feita sobretudo através de veias de um sistema porta. O sangue dos capilares da parte tuberal e adjacências da haste drena para as veias, que descem ai longo do infundíbulo e terminam em numerosos capilares sinusoídes da parte distal.


As veias da hipófise são as veias hipofisárias laterais que drenam para os seios cavernosos e intercavernosos.


Nervos: A parte distal não tem inervação específica. Fibras do gânglio cervical superior do sistema simpático têm sido seguidas ao longo dos vasos sanguíneos, mas não foram associadas as células glandulares.
A neuro - hopófise recebe fibras dos núcloes supra - ópticos e paraventrincular do hipotálamo. Grânulos osmiofilos análogos de neurossecreção são encontrados nas células deste núcleos e em seus prolongamentos, que se dirigem em direção caudal para o lobo posterior e constituem o feixe hipotalâmico - hipofisário.



Sistema Porta-Hipofisário |


As secreções da hipófise são controladas por sinais hormonais ou nervosos provenientes do hipotálamo. A secreção do lobo posterior da hipófise é controlada por sinais nervosos que se originam no hipotálamo e terminam na neuro - hipófise. Em contraste, pois a secreção pelo lobo anterior da hipófise é controlada por hormônios denominados hormônios ou fatores hipotalâmicos de liberação ou inibição secretados pelo próprio hipotálamo e, posteriormente, transportados até a adeno - hipófise por meio de pequenos vasos sanguíneos, conhecidos como vasos porta hipotalâmicos - hipofisários. Na adeno- hipófise, esses hormônios de liberação e inibição atuam sobre as células glandulares, controlando sua secreção.


O sistema porta hipotalâmico hipofisário é constituído por pequenos vasos comuns à extremidade inferior do hipotálamo e á hipófise anterior, unidos através do infundíbulo. Neurônios especias, situados no hipotálamo, sintetizam e secretam os hormônios hipotalâmicos liberados e inibidores. A função desses hormônios é a de controlar a secreção dos hormônios da hipófise anterior. O hipotálamo recebe sinais de quase todas as fontes possíveis do sistema nervoso. Por conseguinte, o hipotálamo é um centro coletor da informação, relacionada com o bem - estar interno do organismo; por sua vez, grande parte dessa informação é utilizada no controle das secreções dos numerosos hormônios hipofisários importantes.


Os hormônios (ou fatores) hipotalâmicos de liberação e de inibição de maior importância incluem: Hormônio liberador de tireotrofina (TRH), que ocasiona a liberação do hormônio tireoestimulante; Hormônio liberador de corticotrofina (CRH), que induz a liberação de adrenocorticotropina; Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), que promove a liberação do hormônio do crescimento; Hormônio inibidor de GH (Somatostatina), de efeito oposto; Hormônio liberador de gonadotrofinas ( GnRH), que causa liberação dos dois hormônios gonadotrópicos, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo - estimulante (FSH); Hormônio inibidor de prolactina ( dopamina), que causa inibição da secreção de prolactina e o Hormônio liberador de prolactina (PRH), de efeito contrário.[2][3]



Neuro-hipófise |




  • Ocitocina: atua no útero favorecendo as contrações no momento do parto, e em nível mamário facilita a secreção do leite.


  • Vasopressina (ADH): regula a contração dos vasos sangüíneos, regulando a pressão e ação antidiurética sobre os túbulos dos rins.



Patologia |


Distúrbios envolvendo a hipófise:











































Distúrbio Causa
Hormônio
Acromegalia superprodução
hormônio do crescimento
Deficiência do hormônio do crescimento produção reduzida
hormônio do crescimento
Síndrome de hormônio antidiurético inapropriado superprodução
vasopressina
Diabetes insipidus produção reduzida
vasopressina
Síndrome de Sheehan produção reduzida
prolactina
Adenoma pituitário superprodução qualquer hormônio da hipófise
Hipopituitarismo produção reduzida qualquer hormônio da hipófise

Há, igualmente, indicações no sentido de que distúrbios na hipófise (especialmente no eixo hipotálamo-hipofisário) possam estar interligados à Síndrome do Ovário Policístico.



Imagens adicionais |




Referências




  1. Guyton (2002). Tratado de Fisiologia Médica. [S.l.]: Guanabara Koogan. pp. 791–793 


  2. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.


  3. GRAY, Henry. Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1988.













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