Produto cartesiano









Question book.svg

Esta página ou secção não cita fontes confiáveis e independentes, o que compromete sua credibilidade (desde junho de 2009). Por favor, adicione referências e insira-as corretamente no texto ou no rodapé. Conteúdo sem fontes poderá ser removido.
Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)


Em matemática, dados dois conjuntos X e Y, o produto cartesiano (ou produto direto) dos dois conjuntos (escrito como X × Y) é o conjunto de todos os pares ordenados cujo primeiro termo pertence a X e o segundo, a Y.


Y={(x,y)∣x∈X∧y∈Y}.{displaystyle Xtimes Y={(x,y)mid xin X;wedge ;yin Y}.}{displaystyle Xtimes Y={(x,y)mid xin X;wedge ;yin Y}.}

O produto cartesiano recebe seu nome de René Descartes, cuja formulação da geometria analítica deu origem a este conceito.


Por exemplo, se o conjunto X é o dos treze elementos do baralho inglês


X={A,K,Q,J,10,9,8,7,6,5,4,3,2}{displaystyle X={mathrm {A} ,mathrm {K} ,mathrm {Q} ,mathrm {J} ,10,9,8,7,6,5,4,3,2}}{displaystyle X={mathrm {A} ,mathrm {K} ,mathrm {Q} ,mathrm {J} ,10,9,8,7,6,5,4,3,2}}

e o Y é o dos quatro naipes:



Y = {♠, ♥, ♦, ♣}

então o produto cartesiano desses dois conjuntos será o conjunto com as 52 cartas do baralho:



X × Y = {(A, ♠), (K, ♠), ..., (2, ♠), (A, ♥), ..., (3, ♣), (2, ♣)}.

Outro exemplo é o plano bidimensional R × R, onde R é o conjunto de números reais e os pares ordenados têm a forma de (x,y), onde x e y são números reais (veja o sistema de coordenadas cartesiano). Subconjuntos do produto cartesiano são chamados de relações binárias. As funções, um dos conceitos mais importantes da matemática, são definidas como tipos especiais de relações.




Índice






  • 1 Teoria dos conjuntos


  • 2 Cardinal


  • 3 Generalização


  • 4 Notação potencial


  • 5 Produto infinito


    • 5.1 Exemplo


    • 5.2 Axioma da Escolha




  • 6 Projeção canônica


    • 6.1 Exemplos




  • 7 Produtos de Estruturas Matemáticas





Teoria dos conjuntos |


Em teoria dos conjuntos, e, em especial, na sua formulação pelos axiomas de Zermelo-Fraenkel, a definição de


Y={(x,y) | x∈X∧y∈Y}{displaystyle Xtimes Y={(x,y) | xin Xland yin Y}}{displaystyle Xtimes Y={(x,y) | xin Xland yin Y}}

não é satisfatória. Devemos construir, usando os axiomas, um conjunto suficientemente grande para conter todos os pares ordenados, e, depois, reduzir este conjunto ao produto escalar pelo axioma da separação.


Como um par ordenado é definido por (a,b)={{a},{a,b}}{displaystyle (a,b)={{a},{a,b}}}{displaystyle (a,b)={{a},{a,b}}}, temos que eles são conjuntos formados por subconjuntos da união dos conjuntos X e Y. Ou seja, cada par ordenado é um subconjunto do conjunto das partes de X∪Y{displaystyle Xcup Y}{displaystyle Xcup Y}. Portanto, o axioma da potência deve ser aplicado duas vezes sobre a união de X e Y, e sobre este conjunto aplica-se o axioma da separação.


Explicitamente:


Y={p∈P(P(X∪Y)) | p={{x},{x,y}},x∈X,y∈Y}{displaystyle Xtimes Y={pin P(P(Xcup Y)) | p={{x},{x,y}},xin X,yin Y}}{displaystyle Xtimes Y={pin P(P(Xcup Y)) | p={{x},{x,y}},xin X,yin Y}}

Deve-se mostrar que ninguém ficou de fora, ou seja, que qualquer par ordenado pertence ao produto escalar. Para isso, suponha que a∈X∧b∈Y{displaystyle ain Xland bin Y}{displaystyle ain Xland bin Y}. Então, pela definição de união, a∈X∪Y∧b∈X∪Y{displaystyle ain Xcup Yland bin Xcup Y}{displaystyle ain Xcup Yland bin Xcup Y}. Pela definição do conjunto das partes, {a}∈P(X∪Y)∧{a,b}∈P(X∪Y){displaystyle {a}in P(Xcup Y)land {a,b}in P(Xcup Y)}{displaystyle {a}in P(Xcup Y)land {a,b}in P(Xcup Y)}. Finalmente, aplicando-se de novo a definição do conjunto das partes, temos que (a,b)={{a},{a,b}}∈P(P(X∪Y)){displaystyle (a,b)={{a},{a,b}}in P(P(Xcup Y))}{displaystyle (a,b)={{a},{a,b}}in P(P(Xcup Y))}.



Cardinal |


O cardinal do produto cartesiano de dois conjuntos é o produto dos cardinais dos conjuntos individuais:


|X×Y|=|X|⋅|Y|{displaystyle |Xtimes Y|=|X|cdot |Y|}{displaystyle |Xtimes Y|=|X|cdot |Y|}


Generalização |


O produto cartesiano pode ser generalizado para mais de dois conjuntos:



X1 × ... × Xn = { (x1,... ,xn) | x1 pertence a X1 e ... e xn pertence a Xn }

ou intuitivamente (X1 × ... × Xn-1) × Xn.


Um exemplo é o seguinte. Seja o conjunto L com três elementos:


{1, 2, 3}

o conjunto M com dois elementos:


{a,b},

e o conjunto N com 2 elementos:


{$, %},

o produto cartesiano L × M × N é:


{(1 ,a, $), (1 ,a ,%), (2 ,a ,$), (2 ,a ,%), (3 ,a ,$), (3 ,a ,%), (1 ,b, $), (1 ,b ,%), (2 ,b ,$), (2 ,b ,%), (3 ,b ,$), (3 ,b ,%)}

Um outro exemplo disso é o espaço euclidiano de três dimensões R{displaystyle mathbb {R} times mathbb {R} times mathbb {R} }{displaystyle mathbb {R} times mathbb {R} times mathbb {R} }.



Notação potencial |


Para expressar o produto cartesiano dum conjunto por si mesmo está permitida a notação potencial:


×X⏟=Xnnvezes{displaystyle {begin{matrix}&underbrace {Xtimes Xtimes cdots times X} &=X^{n}\&nmathrm {vezes} end{matrix}}}{displaystyle {begin{matrix}&underbrace {Xtimes Xtimes cdots times X} &=X^{n}\&nmathrm {vezes} end{matrix}}}


Assim, o mencionado espaço euclidiano tridimensional pode-se representar como R3{displaystyle mathbb {R} ^{3}}mathbb{R}^3.



Produto infinito |


A observação de que a estrutura do produto cartesiano Xn{displaystyle X^{n}}{displaystyle X^{n}} tem uma estrutura semelhante ao conjunto das funções de domínio {1, 2, ..., n} e imagem X sugere que o produto cartesiano possa ser generalizado para infinitas parcelas, como um conjunto de funções.


Seja Λ{displaystyle Lambda }{displaystyle Lambda } um conjunto (não-vazio), chamado de conjunto de índices. Seja {displaystyle X_{lambda }}{displaystyle X_{lambda }} um conjunto definido para cada índice λΛ{displaystyle lambda in Lambda }{displaystyle lambda in Lambda } (eles podem ser iguais ou não). Então o produto destes conjuntos é definido por:


  • λΛ={f:ΛλΛ , f(a)∈Xa}{displaystyle prod _{lambda in Lambda }X_{lambda }={f:Lambda rightarrow bigcup _{lambda in Lambda }X_{lambda } , f(a)in X_{a}}}{displaystyle prod _{lambda in Lambda }X_{lambda }={f:Lambda rightarrow bigcup _{lambda in Lambda }X_{lambda } , f(a)in X_{a}}}


Exemplo |


Seja Λ=N⋆{displaystyle Lambda =mathbb {N^{star }} }{displaystyle Lambda =mathbb {N^{star }} }, ou seja, estamos indexando pelos números naturais (sem o zero). Seja Xi={1,2,…,i}{displaystyle X_{i}={1,2,ldots ,i}}{displaystyle X_{i}={1,2,ldots ,i}}. Então Xi{displaystyle prod X_{i}}{displaystyle prod X_{i}} é o conjunto das sequências de números naturais em que o primeiro termo é 1, o segundo termo é 1 ou 2, o terceiro termo é 1, 2 ou 3, etc.



Axioma da Escolha |


Um resultado paradoxal é que, usando os axiomas usuais da Teoria dos Conjuntos sem incluir o axioma da escolha, não é possível mostrar que o produto de conjuntos não-vazios tem algum elemento.



Projeção canônica |


As funções mais importantes que tem como domínio um produto cartesiano são as projeções canônicas.


No caso finito, a i-ésima projeção canônica é a função que retorna a i-ésima coordenada.


Ou seja:


  • πi(x1,…,xi,…,xn)=xi{displaystyle pi _{i}(x_{1},ldots ,x_{i},ldots ,x_{n})=x_{i}}{displaystyle pi _{i}(x_{1},ldots ,x_{i},ldots ,x_{n})=x_{i}}

No caso infinito, como cada elemento de Πλ{displaystyle Pi _{lambda }X_{lambda }}{displaystyle Pi _{lambda }X_{lambda }} é uma função, temos que:


  • πλ(f)=f(λ){displaystyle pi _{lambda }(f)=f(lambda )}{displaystyle pi _{lambda }(f)=f(lambda )}


Exemplos |


  • Em R2{displaystyle mathbb {R} ^{2}}mathbb{R}^2, as duas projeções canônicas são:


π1(x,y)=x{displaystyle pi _{1}(x,y)=x}{displaystyle pi _{1}(x,y)=x}

π2(x,y)=y{displaystyle pi _{2}(x,y)=y}{displaystyle pi _{2}(x,y)=y}


  • No conjunto das seqüências de números reais, que pode ser visto como o produto Πi∈N⋆R{displaystyle Pi _{iin mathbb {N^{star }} }mathbb {R} }{displaystyle Pi _{iin mathbb {N^{star }} }mathbb {R} }, a i-ésima projeção canônica é a função que retorna o i-ésimo elemento. Por exemplo:

π10(2,4,8,16,…)=1024{displaystyle pi _{10}(2,4,8,16,ldots )=1024}{displaystyle pi _{10}(2,4,8,16,ldots )=1024}


Produtos de Estruturas Matemáticas |


Várias estruturas matemáticas são mantidas, de uma forma natural (canônica) ao se passar para os produtos cartesianos. Por exemplo:



  • o produto cartesiano de grupos é um grupo.

  • o produto cartesiano de espaços vetoriais sobre o mesmo corpo é um espaço vetorial.

  • o produto cartesiano de topologias é uma topologia, a topologia produto.


Todos estes conceitos podem ser unificados usando-se o produto categorial, definido na Teoria das categorias.





































Popular posts from this blog

Contact image not getting when fetch all contact list from iPhone by CNContact

count number of partitions of a set with n elements into k subsets

A CLEAN and SIMPLE way to add appendices to Table of Contents and bookmarks