Práxedes Mateo Sagasta
Práxedes Mateo Sagasta | |
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Práxedes Mateo Sagasta | |
Presidente do governo da Espanha | |
Período | 1º - 1874 a 1874 2º - 1881 a 1883 3º - 1885 a 1890 4º - 1892 a 1895 5º - 1897 a 1899 6º - 1902 a 1902 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 21 de julho de 1825 Torrecilla en Cameros |
Morte | 5 de janeiro de 1903 (77 anos) Madrid |
Partido | Partido Liberal |
Assinatura | |
Práxedes Mariano Mateo-Sagasta y Escolar (Torrecilla en Cameros, 21 de julho de 1825 — Madrid, 5 de janeiro de 1903) foi um engenheiro e político espanhol, membro do Partido Liberal, de matiz progressista. Ocupou o lugar de presidente do governo de Espanha no período compreendido entre 1870 e 1902.
Índice
1 Biografia
1.1 Origem
1.2 Começo da atividade política
1.3 Período do Sexênio Democrático
1.4 Restauração bourbônica de 1874
1.5 Vida intelectual e pessoal
2 Trajetória
3 Bibliografia
4 Referências
5 Ver também
6 Ligações externas
Biografia |
Origem |
Um dos três filhos de Clemente Sagasta y Díaz com Esperanza Escolar. Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade Politécnica de Madrid em 1849, foi destinado à chefia de Obras Públicas de Zamora, onde lhe foi encomendada a construção da rodovia de Zamora a Ourense pelas portelas de Padornelo e da Canda. Em 1852 fez o estudo da ferrovia do Norte, entre Valladolid e Burgos.
Com 32 anos, em 1857 foi nomeado Professor-engenheiro da Escola Universitária de Engenharia Técnica de Obras Públicas de Madrid. Foi nomeado Subdiretor em 1858, compaginando a docência com a atividade parlamentaria. Contudo, em 1866, por causa da sublevação do quartel de San Gil, foi demitido do seu cargo de Professor e separado do Corpo de engenheiros de Caminhos. À sua volta do exílio em 1868, após a Revolução passou a dedicar-se plenamente à atividade política.
Começo da atividade política |
Durante os seus estudos de engenharia em 1848, foi o único aluno da Escola que recusou assinar um manifesto em apoio da rainha Isabel II da Espanha
Iniciou a sua vida política em Zamora, em 1854, onde fora nomeado Chefe de Obras Públicas. Ali recebe o cargo de presidente da Junta Revolucionária da cidade, sendo eleito esse mesmo ano deputado das Cortes constituintes. Em 1858 foi re-eleito deputado, permanecendo até 1863.
A partir de 1865 colaborou em atividades revolucionárias com o general Prim em 1866, participou na sublevação do quartel de San Gil, motim organizado com o objetivo de destronar a rainha Isabel II. Pela sua participação na citada revolta foi detido, julgado e condenado à morte, mas logrou fugir e exilar-se na França.
Período do Sexênio Democrático |
Ver artigo principal: Sexênio Democrático
Regressou a Espanha após a Revolução de 1868, que implicou o destronamento da rainha Isabel II e o começo do período denominado Sexênio Democrático. No governo provisório presidido pelo general Serrano, foi nomeado ministro de Governação.
Foi membro do Partido Constitucional, formado após a morte de Prim. Em 1871, durante o reinado de Amadeu I, foi nomeado presidente do Conselho de Ministros.
Presidiu o Conselho de Ministros pela segunda vez de setembro de 1874 até o final desse ano, nos meses prévios à Restauração Bourbônica, durante o governo do general Serrano. Em tudo este período, imerso em numerosas crises sociais e políticas, foi o chefe do Partido Constitucional, a cisão do progressismo amparada por ele.
Restauração bourbônica de 1874 |
Ver artigo principal: Restauração bourbônica na Espanha
Após a restauração dos Bourbons na coroa da Espanha, na pessoa de Afonso XII, Sagasta fundou em 1880 o Partido Liberal, partido que junto ao Partido Conservador de Antonio Cánovas del Castillo constituiria o sistema bipartidista com alternância no governo que caracterizaria a Restauração espanhola durante o trecho final do século XIX e a primeira parte do século XX. Durante este período, Sagasta presidiu o governo em cinco ocasiões.
A 24 de novembro de 1885, nas vésperas da morte do rei Afonso XII, Sagasta, como líder do partido liberal, assinou com Cánovas del Castillo, chefe do partido Conservador, o denominado Pacto do Pardo, visando apoiar a regência de Maria Cristina (grávida do futuro rei Afonso XIII) e garantir assim a continuidade da monarquia frente da situação criada pela prematura morte do monarca. Neste pacto foi sancionado a ordem de governo entre ambas as formações, e Cánovas comprometeu-se a ceder o poder aos liberais de Sagasta em troca de estes acatarem a Constituição de 1876. A 27 de novembro, Sagasta formou um novo Governo, tal e qual fora acordado três dias antes. O vez instaurado no Pacto do Pardo prolongou-se até 1909. O pacto já existia implicitamente desde 1881, data na qual Sagasta assumiu o poder pela primeira vez no período da Restauração.
Sagasta presidiu o governo durante o conflito hispano-norte-americano de 1898, denominado na Espanha Guerra de Cuba, que implicou a perda das colônias espanholas de Cuba, Porto Rico, Filipinas e Guam. Derrota pela qual teve de demitir, embora lhe fosse novamente confiado o governo da monarquia em 1901–1902.
Vida intelectual e pessoal |
Foi cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro e recebeu as Grandes Cruzes da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e da Ordem da Torre e Espada. Sagasta foi um destacado maçom, chegando a atingir o grau de Grande Mestre do Gran Oriente de España.
Casou-se em 1885 com Ángela Vidal Herrero com a qual teve dois filhos José Sagasta Vidal e Victoria Esperanza Mateo Sagasta e Vidal, 1ª condessa de Sagasta.
Trajetória |
Precedido por Juan Zavala de la Puente | Presidentes do governo de Espanha 1874 - 1874 | Sucedido por Antonio Cánovas del Castillo |
Precedido por Antonio Cánovas del Castillo | Presidentes do governo de Espanha 1881 - 1883 | Sucedido por José de Posada Herrera |
Precedido por Antonio Cánovas del Castillo | Presidentes do governo de Espanha 1885 - 1890 | Sucedido por Antonio Cánovas del Castillo |
Precedido por Antonio Cánovas del Castillo | Presidentes do governo de Espanha 1892 - 1895 | Sucedido por Antonio Cánovas del Castillo |
Precedido por Marcelo Azcarraga Palmero | Presidentes do governo de Espanha 1897 - 1899 | Sucedido por Francisco Silvela y le Vielleuze |
Precedido por Marcelo Azcarraga Palmero | Presidentes do governo de Espanha 1902 - 1902 | Sucedido por Francisco Silvela y le Vielleuze |
Bibliografia |
DARDÉ, Carlos. 1996, ed. La Restauración, 1875-1902. Alfonso XII y la regencia de María Cristina. [S.l.]: Temas de Hoy. ISBN 84-7679-317-0 Parâmetro desconhecido|situação=
ignorado (ajuda)
FERRER BENIMELI, José A. (coordenador) (1990). Masonería, revolución y reacción. [S.l.]: Instituto de Cultura "Juan Gil Albert". ISBN 84-404-7606-X Parâmetro desconhecido|situação=
ignorado (ajuda)
Referências
- Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em castelhano, cujo título é «Práxedes Mateo Sagasta».
Ver também |
- Sublevação do quartel de San Gil
- Revolução de 1868
Ligações externas |
Biografia de Mateo Sagasta (em castelhano)
Fundación Práxedes Mateo-Sagasta (em castelhano)
Outra biografia de Mateo Sagasta (em castelhano)
Biografia extensa (em castelhano)
Biografia na Biblioteca do Congresso Estadunidense (em inglês)