Átalo (cunhado de Pérdicas)
Nota: Para outros significados de Átalo, veja Átalo.
Átalo foi um cunhado de Pérdicas, o primeiro regente do império de Alexandre após sua morte. Ele morreu durante as Guerras dos Diádocos.
Índice
1 Família
2 Comandante da frota
3 Rebelde
4 Derrota e captura
5 Fuga
6 Filhas
7 Notas e referências
7.1 Notas
7.2 Referências
Família |
Pérdicas, cujo pai se chamava Orontes.[1], tinha um irmão, Alcetas,[2][3] e uma irmã, Atalanta, casada com Átalo.[3]
Ele teve algumas filhas.[Nota 1][4]
Comandante da frota |
Possivelmente durante a regência de Pérdicas,[Nota 2] Átalo recebeu o comando da frota macedônia.[3]
Rebelde |
Após a morte de Pérdicas e a chegada de notícias sobre a vitória de Eumenes da Cárdia sobre Crátero e Neoptólemo,[5] os macedônios sentenciaram à morte Eumenes e todos os partidários de Pérdicas, inclusive Alcetas.[3] Vários amigos de Pérdicas foram assassinados, inclusive sua irmã Atalanta.[3]
Quando Átalo soube da morte de Pérdicas e de Atalanta, ele levou a frota, que estava em Pelúsio, para Tiro.[6]Arquelau, um macedônio que comandava a guarnição da cidade, a entregou para Átalo, junto com 800 talentos que Pérdicas havia entregue em confiança a Arquelau.[6] Átalo fez de Tiro um refúgio para os amigos de Pérdicas que conseguiram escapar de Mênfis.[6]
Enquanto Eumenes da Cardia negociava com Antígono Monoftalmo uma cessação de hostilidades,[7] Antígono, que também estava planejando se livrar dos reis e de Antípatro, regente do império,[Nota 3][8] consultou Antípatro, que resolveu atacar Alcetas e Átalo.[7]
Derrota e captura |
No ano seguinte, quando Apolodoro era arconte de Atenas e Quinto Popílio e Quinto Póplio eram cônsules romanos,[Nota 4] Antígono, após haver derrotado Eumenes, resolveu derrotar Alcetas e Átalo, os últimos amigos de Pérdicas que ainda tinham recursos e soldados para tentar tomar o poder.[9]
Antígono atacou o exército de Alcetas, que estava na Pisídia,[9] e o derrotou; Átalo, Docimus e Polemon foram feitos prisioneiros, mas Alcetas escapou.[10] Alcetas se refugiu em Termessus [10] e foi traído pelos ancião da cidade, que o assassinaram.[11]
Fuga |
No ano em que Demogenes foi arconte de Atenas, Lúcio Plótio e Mânio Fúlvio cônsules romanos e Agátocles tornou-se tirano de Siracusa,[12][Nota 5] Átalo e os demais comandantes das forças de Pérdicas, Polemon, Docimus, Antípatro e Philotas, eram mantidos prisioneiros em uma fortaleza, porém quando souberam que Antígono Monoftalmo estava levando uma expedição contra algumas satrapias, convenceram alguns guardas a libertá-los, pegaram em armas e atacaram os guardas.[13]
Átalo e seus companheiros eram apenas oito, lutando contra quatrocentos soldados, porém graças à sua ousadia e dextreza, e por terem servido sob Alexandre, eles capturaram o comandante dos guardas, Xenopheites, e o mataram, jogando-o do alto da muralha, e mataram ou expulsaram os demais guardas.[13] Em seguida, eles coloram fogo no prédio,[13] e, ao sair, receberam reforços, formando um grupo de cinquenta.[14]
Docimus recomendou que eles fugissem, mas Átalo disse que não poderia fugir, por sua condição física agravada pelo tempo que ficara preso.[15] Nisto, chegaram tropas, mais de 3000 homens,[15] e os rebeldes foram, de novo, cercados.[16]
Docimus descobriu um caminho secreto e foi, com um companheiro, negociar com Estratonice, esposa de Antígono, que estava por perto, mas ele foi preso, e seu companheiro levou as forças para dentro da fortaleza.[16] Mesmo com a desvantagem numérica, os seguidores de Átalo ainda resistiram ao cerco por um ano e quatro meses.[17]
Filhas |
Suas filhas estavam no grupo que acompanhou Olímpia a Pidna; o grupo era formado do filho de Alexandre, Roxana, Tessalônica, filha de Filipe, Deidamia, irmã de Pirro, as filhas de Átalo e outros parentes de amigos de Olímpia.[4]
Notas e referências
Notas
↑ O texto de Diodoro Sículo não diz quantas, nem fala quem foi a mãe delas.
↑ O texto de Diodoro Sículo não diz quando Átalo recebeu o comando da frota, apenas que ele comandava logo após a morte de Pérdicas.
↑ Antípatro foi regente do império de Alexandre após a morte de Pérdicas, tendo havido entre os dois um breve período em que Pithon e Arrideu foram os regentes. Os reis eram Alexandre IV, filho criança de Alexandre e Roxana, e Filipe Arrideu, meio-irmão de Alexandre, considerado incapaz.
↑ 320 a.C.. Segundo C. H. Oldfather, tradutor de Diodoro Sículo para o inglês, o texto de Diodoro foi corrompido. Os cônsules deste ano, segundo Tito Lívio, foram Quinto Publílio Filão, pela quinta vez, e Lúcio Papírio Cursor, pela segunda.
↑ 318 a.C.. Segundo C. H. Oldfather, baseado em Tito Lívio, os cônsules deste ano foram Marco Folio Flaccina e Lúcio Pláucio Veno; Plótio é a forma plebeia de Pláucio.
Referências
↑ Arriano, Eventos após Alexandre, 2, citado em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio [em linha]
↑ Arriano, Eventos após Alexandre, 20, citado em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio
↑ abcde Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 37.2 [ael/fr][en]
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 35.5 [ael/fr][en]
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 37.1 [ael/fr][en]
↑ abc Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 37.3 [ael/fr][en]
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 41.7 [ael/fr][en]
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 41.5 [ael/fr][en]
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 44.1 [ael/fr][en]
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 45.3 [ael/fr][en]
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 46.7 [ael/fr][en]
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 2.1 [ael/fr][en]
↑ abc Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 16.1 [ael/fr][en]
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 16.2 [ael/fr][en]
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 16.3 [ael/fr][en]
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 16.4 [ael/fr][en]
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 16.5 [ael/fr][en]