Movimento retilíneo









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Movimento retilíneo é aquele movimento em que o corpo ou ponto material se desloca apenas em trajetórias retas. Nesse movimento a direção do vetor velocidade é constante.[1]




Índice






  • 1 Tipos de movimento retilíneo


    • 1.1 Movimento retilíneo uniforme


    • 1.2 Movimento retilíneo uniformemente variado




  • 2 Equações dos movimentos retilíneos


    • 2.1 Equações do MRU


    • 2.2 Equações do MRUV




  • 3 Ver também


  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





Tipos de movimento retilíneo |


Os movimentos retilíneos mais comumente estudados são o movimento retilíneo uniforme e o movimento retilíneo uniformemente variado.



Movimento retilíneo uniforme |



Ver artigo principal: Movimento retilíneo uniforme

No movimento retilíneo uniforme (MRU), o vetor velocidade é constante no decorrer do tempo (não varia em módulo, sentido ou direção), e portanto a aceleração é nula. O corpo, ou ponto material, se desloca em distâncias iguais e em intervalos de tempo iguais, vale lembrar que, uma vez que não se tem aceleração, sobre qualquer corpo ou ponto material em MRU a resultante das forças aplicadas é nula (primeira lei de Newton - Lei da Inércia). Uma das características dele é que sua velocidade em qualquer instante é igual à velocidade média.



Movimento retilíneo uniformemente variado |


Já o movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), é o movimento em que o corpo sofre aceleração constante, mudando de velocidade num dado incremento ou decremento conhecido. Para que o movimento ainda seja retilíneo, a aceleração deve ter a mesma direção da velocidade. Caso a aceleração tenha o mesmo sentido da velocidade, o movimento pode ser chamado de movimento retilíneo uniformemente acelerado. Caso a aceleração tenha sentido contrário da velocidade, o movimento pode ser chamado de movimento retilíneo uniformemente retardado.


A queda livre dos corpos, em regiões próxima à Terra, é um movimento retilíneo uniformemente variado. Uma vez que nas proximidades da Terra o campo gravitacional pode ser considerado uniforme. O movimento retilíneo pode ainda variar sem uma ordem muito clara, quando a aceleração não for constante.


É importante salientar que no MCU (movimento circular uniforme) a força resultante não é nula. A força centrípeta dá a aceleração necessária para que o móvel mude sua direção sem mudar o módulo de sua velocidade. Porém, o vetor velocidade está constantemente mudando.



Equações dos movimentos retilíneos |


Em qualquer movimento retilíneo a velocidade média é:


vm=Δt{displaystyle v_{m}={frac {Delta s}{Delta t}}}v_{m}={frac  {Delta s}{Delta t}}


E a aceleração média é:


am=Δt{displaystyle a_{m}={frac {Delta v}{Delta t}}}a_{m}={frac  {Delta v}{Delta t}}


Para as equações, usa-se geralmente os símbolos to{displaystyle t_{o}}t_{o},so{displaystyle s_{o}}s_{o} e vo{displaystyle v_{o}}v_{o} para o tempo, a posição e a velocidade iniciais respectivamente. O símbolo a{displaystyle a}a representa a aceleração, t{displaystyle t}t a variável tempo, s{displaystyle s}s e v{displaystyle v}v representam a posição e a velocidade em um determinado instante.



Equações do MRU |




Gráfico da Velocidade em função do Tempo para o Movimento Retilíneo Uniforme. No eixo das ordenadas temos e velocidade e no eixo das abcissas temos o tempo.


Como v é constante no MRU a velocidade a qualquer instante é igual à velocidade média:


v=vm{displaystyle v=v_{m}}v=v_{m}


Ou seja:


v=Δt{displaystyle v={frac {Delta s}{Delta t}}}v={frac  {Delta s}{Delta t}}


Como Δs= s−so{displaystyle Delta s= s-s_{o}}Delta s= s-s_{o} podemos transformar a equação acima em uma função da posição em relação ao tempo:
s=so+vt{displaystyle s=s_{o}+vt}s=s_{o}+vt


Note que a equação acima assume que to=0{displaystyle t_{o}=0}t_{o}=0, se o valor inicial do tempo não for zero basta trocar t{displaystyle t}t por Δt{displaystyle Delta t}Delta t. Essa é uma função linear, portanto o gráfico posição versus tempo seria uma reta, e a tangente do ângulo de inclinação dessa em relação ao eixo do tempo é o valor da velocidade.



Equações do MRUV |


No caso do MRUV a aceleração é constante, portanto:


a=am{displaystyle a=a_{m}}a=a_{m}


Assim:
a=Δt{displaystyle a={frac {Delta v}{Delta t}}}a={frac  {Delta v}{Delta t}} => Δv=a.Δt{displaystyle {Delta v}=a.{Delta t}}{Delta v}=a.{Delta t}


De forma similar ao que foi feito com o MRU, como Δv=v−vo{displaystyle Delta v=v-v_{o}}Delta v=v-v_{o} podemos escrever a função da velocidade em relação ao tempo, com a equação (1):


a.Δt=v−vo{displaystyle a.{Delta t}=v-v_{o}}a.{Delta t}=v-v_{o}


Assim,


v=vo+at{displaystyle v=v_{o}+at}v=v_{o}+at


Essa é uma função linear, portanto sua representação num gráfico velocidade versus tempo é uma reta. A área entre essa reta e o eixo do tempo, em um intervalo temporal é o valor da distância percorrida nesse intervalo (a figura formada será um triângulo ou um trapézio). O coeficiente angular dessa reta em relação ao eixo do tempo é o valor da aceleração.


Para se encontrar a função da posição em relação ao tempo pode-se integrar a função v=vo+at{displaystyle v=v_{o}+at}v=v_{o}+at em função do tempo:


s=so+vot+at22{displaystyle s=s_{o}+v_{o}t+{frac {at^{2}}{2}}}s=s_{o}+v_{o}t+{frac  {at^{2}}{2}}


Essa nova função é quadrática representando uma parábola no gráfico espaço versus tempo. A velocidade no instante t{displaystyle t}t é igual ao coeficiente angular da reta tangente à parábola no ponto correspondente a t{displaystyle t}t.


Manipulando-se as equações é possível encontrar a velocidade em função do deslocamento, a chamada equação de Torricelli:


v2=vo2+2aΔs{displaystyle v^{2}=v_{o}^{2}+2aDelta s}v^{2}=v_{o}^{2}+2aDelta s


Essa equação é particularmente útil quando se quer evitar a variável tempo. Analogamente, pode-se manipular as equações anteriores para se evitar a variável aceleração, chegando-se a:


Δs=v+vo2t{displaystyle Delta s={frac {v+v_{o}}{2}}t}Delta s={frac  {v+v_{o}}{2}}t



Ver também |






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  • Movimento

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  • Cinemática

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  • Movimento circular

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  • Movimento periódico

  • Movimento parabólico



Referências




  1. Young, Hugh D.; Freedman, Roger A. (2016). Física. 1 14 ed. São Paulo: Pearson. p. 37. ISBN 978-85-430-0568-3 



Ligações externas |




  • www.fisica.com - Site voltado ao ensino e a divulgação de Física, Astronomia e Tecnologia


  • www.adorofisica.com.br - Site destinado a aprendizagem de física.




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