Grécia





Disambig grey.svg Nota: Hélade redireciona para este artigo. Para o tema bizantino de mesmo nome, veja Thema da Hélade.











































































































































Ελληνική Δημοκρατία
Ellīnikī́ Dīmokratía

República Helênica / Helénica











Bandeira da Grécia

Brasão de armas da Grécia


Bandeira

Brasão de armas


Hino nacional: (Ύμνος πρός την Ελευθερίαν)
("Hino da Liberdade")


Gentílico: grego


Localização da Grécia


Localização da Grécia (em vermelho)
No continente europeu (em cinza)
Na União Europeia (em branco)


Capital

Atenas

Cidade mais populosa
Atenas

Língua oficial

Grego ¹

Governo

República parlamentarista
 - Presidente

Prokopis Pavlopoulos
 - Primeiro-ministro

Aléxis Tsípras

Independência
do Império Otomano 
 - Data
25 de março de 1821 
 - Reconhecida
3 de fevereiro de 1830 

Área
 
 - Total 131 990 km² (96.º)
 - Água (%)
0,8669

População
 
 - Estimativa para 2018 10 816 286[1] hab. (74.º)
 - Censo 2017
10 768 477 hab. 
 - Densidade
84 hab./km² (88.º)

PIB (base PPC)
Estimativa de 2014
 - Total US$ 284,318 bilhões*[2] 
 - Per capita
US$ 25 752[2] 

PIB (nominal)
Estimativa de 2014
 - Total US$ 246,397 bilhões*[2] 
 - Per capita
US$ 22 317[2] 

IDH (2017)
0,870 (31.º) – muito elevado[3]

Gini (2000)
34,3

Moeda

Euro² (EUR)

Fuso horário

CET (UTC+2)
 - Verão (DST)
CEST (UTC+3)

Clima

Mediterrâneo

Org. internacionais

ONU, OMC, OTAN, UE, CE, OCDE, UEO

Cód. ISO
GRC

Cód. Internet

.gr 3

Cód. telef.

+30


Mapa da Grécia






Grécia (em grego: Ελλάδα; transl.: Elláda pronunciado: eˈlaða ( ouvir)), oficialmente República Helênica (português brasileiro) ou Helénica (português europeu) (em grego: Ελληνική Δημοκρατία; transl.: Ellīnikī́ Dīmokratía pronunciado: eliniˈci ðimokraˈti.a) e conhecida desde a antiguidade como Hélade (em grego: Ἑλλάς; transl.: Hellás), é um país localizado no sul da Europa.[4] De acordo com dados do censo de 2011, a população grega é de cerca de 11 milhões de pessoas. Atenas é a capital e a maior cidade do país.


O país está estrategicamente localizado no cruzamento entre a Europa, a Ásia, o Oriente Médio e a África.[5][6][7] Tem fronteiras terrestres com a Albânia a noroeste, com a República da Macedônia e a Bulgária ao norte e com a Turquia no nordeste. O país é composto por nove regiões geográficas: Macedônia, Grécia Central, Peloponeso, Tessália, Epiro, Ilhas Egeias (incluindo o Dodecaneso e Cíclades), Trácia, Creta e Ilhas Jônicas. O Mar Egeu fica a leste do continente, o Mar Jônico a oeste e o Mar Mediterrâneo ao sul. A Grécia tem a 11ª maior costa do mundo, com 13 676 quilômetros de comprimento, com um grande número de ilhas (cerca de 1 400, das quais 227 são habitadas). Oitenta por cento do país é composto por montanhas, das quais o Monte Olimpo é a mais elevada, a 2 917 metros de altitude.


A Grécia moderna tem suas raízes na civilização da Grécia Antiga, considerada o berço de toda a civilização ocidental. Como tal, é o local de origem da democracia,[8] da filosofia ocidental,[9] dos Jogos Olímpicos, da literatura ocidental, da historiografia, da ciência política, de grandes princípios científicos e matemáticos,[10] das artes cênicas ocidentais,[11] incluindo a tragédia e a comédia. As conquistas culturais e tecnológicas gregas influenciaram grandemente o mundo, sendo que muitos aspectos da civilização grega foram transmitidos para o Oriente através de campanhas de Alexandre, o Grande, e para o Ocidente, através do Império Romano. Este rico legado é parcialmente refletido nos 17 locais considerados pela UNESCO como Patrimônio Mundial no território grego, o sétimo maior número da Europa e o 13º do mundo. O Estado grego moderno, que engloba a maior parte do núcleo histórico da civilização grega antiga, foi criado em 1830, após a Guerra da Independência Grega contra o antigo Império Otomano.


Atualmente, a Grécia é um país democrático[12] e desenvolvido[13][14] com uma economia avançada e de alta renda,[15] um alto padrão de vida[16][17] e um índice de desenvolvimento humano (IDH) considerado muito alto pelas Nações Unidas.[3] A Grécia é um membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), é membro do que é hoje a União Europeia desde 1981 (e da Zona Euro desde 2001),[18] além de ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 1952. A economia grega é também a maior dos Balcãs, onde a Grécia é um importante investidor regional.




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 História


    • 2.1 Antiguidade


    • 2.2 Período contemporâneo




  • 3 Geografia


    • 3.1 Clima




  • 4 Demografia


    • 4.1 Religião


    • 4.2 Línguas




  • 5 Política


  • 6 Subdivisões


  • 7 Economia


    • 7.1 Crise econômica (2008-atualmente)


    • 7.2 Turismo




  • 8 Infraestrutura


    • 8.1 Saúde


    • 8.2 Transportes


    • 8.3 Ciência e tecnologia


    • 8.4 Educação




  • 9 Cultura


    • 9.1 Arte


    • 9.2 Desporto/Esporte




  • 10 Ver também


  • 11 Referências


  • 12 Ligações externas




Etimologia


Grego é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos, habitantes da Hélade que ficou conhecida como Grécia. As formas portuguesa Grécia, castelhana, romena e italiana Grecia, francesa Grèce, inglesa Greece, alemã Griechenland são um eruditismo calcado sobre o latim Græcia (com o etnônimo respectivo grego, griego, grec, greco, grec, greek e griechisch, do latim græcus')'.


O geônimo latino funda-se sobre o etnônimo, com sufixo (-ia), latim típico de nome de país ou região. O etnônimo latino é empréstimo ao grego graikós ("grego"), que sob a forma plural graikoí, principiou a ser episodicamente empregado em lugar do grego ΄ελληνες (helenos) somente depois de Aristóteles. Mesmo o latim Græcia, antes de designar a totalidade do país, foi usado com epítetos (Græcia Ulterior, Magna Græcia), ou no plural, Græciæ ("Grécias"), quando abarcava o todo.


O todo em latim foi de início designado como Hellas, - adis, Hélade. Assim, por exemplo, em Plínio, o Velho. Em Cassiodoro já ocorre a forma latina Hellada. Esta, por sua vez, é empréstimo do gr. Hellás - ádos, que desde Ésquilo designa a totalidade das regiões habitadas pelos helenos.



História



Ver artigo principal: História da Grécia

Antiguidade



Ver artigos principais: Grécia Antiga, Grécia romana e Império Bizantino



Mapa das colônias gregas no Mar Mediterrâneo.





Partenon, na Acrópole de Atenas.


A antiga Grécia Continental fazia limites com a Ilíria a norte, a leste com o Egeu, a oeste com o mar Jónico, e a sul com o Mediterrâneo. Tinha mais de 100 000 km². Herdeira da Grécia Antiga, a nação grega moderna tem uma longa e rica história durante o qual estendeu sua influência ao longo de três continentes: Europa, Ásia e África. O litoral do Egeu foi o cenário do surgimento de algumas das primeiras civilizações da Europa, como a minoica (em memória do lendário Rei Minos) e a micênica.[19]


Foi nesse pequeno país que a civilização ocidental começou há mais de dois mil e oitocentos anos. Naquele tempo a civilização grega estava dividida em cidades-Estado (pólis) que dominavam grandes áreas das margens do Mediterrâneo e do mar Negro. Após seu desaparecimento, ressurgiu em torno de 700. a.C.,[20] até ser conquistada militarmente por Roma em 168 a.C.[21]


No entanto, a superioridade da cultura grega gerou uma profunda influência na cultura romana, por isso o filósofo Horácio fez a seguinte afirmação: Graecia capta ferum victorem cepit (em português: "A Grécia, embora capturada, manteve seu selvagem conquistador em cativeiro"). Na verdade, na parte oriental do império, a língua e a cultura gregas continuaram a ser muito influentes na sociedade.[22]


O Império Bizantino estabeleceu-se como um dos maiores impérios da história da Europa e abrangia um território que ia do Mar Adriático e o sul da Itália ao Oriente Médio. Constantinopla se destacou como uma segunda Roma como o centro herdeiro das civilizações da Grécia e da Roma antigas. O império grego de Bizâncio também foi um dos impérios mais longevos da história: existiu durante mais de 1000 anos, do século V ao XV.[23]




Período contemporâneo



Ver artigo principal: História da Grécia Moderna

Ver também: Grécia otomana, Guerra da Independência Grega, e Guerra Greco-Turca (1919-1922)



Uma fragata otomana em chamas durante a Guerra da Independência Grega (1821–1829).


Após a Queda de Constantinopla, a capital do antigo Império, os otomanos invadiram a Grécia, assim como o resto da Península Balcânica. Os gregos viveram por 350 anos sob domínio turco, que terminou em 1821, com a Guerra da Independência Grega.[24]


Ao recuperar a independência em parte do seu território, a Grécia tornou-se um Estado europeu moderno, sendo o nobre Ioannis Kapodistrias o primeiro-ministro da Grécia moderna. No final do século XIX, os gregos continuaram a batalha contra os turcos para continuar liberando territórios anteriormente ocupados, como Tessália e Epiro. Durante as Guerras dos Balcãs, a Grécia conseguiu também recuperar a Trácia e a Macedônia. Em 1922, a invasão grega da Ásia Menor durante a Guerra Grego-Turca, no entanto, acabou com a derrota e expulsão de 1,5 milhão de gregos, terminando com 4000 anos de presença grega ininterrupta no leste do mar Egeu.[25]





A Entrada do Rei Oto I em Atenas, Peter von Hess, 1839


Durante a década de 1930, a Grécia foi arrastada ao fascismo através do ditador Ioánnis Metaxás. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado pelas Potências do Eixo (Alemanha nazista e Itália fascista) e nele estabeleceu-se um governo colaboracionista.[26] A ocupação nazista foi seguida pela Guerra Civil Grega, que terminou em 1949.[27]


Em 1952, o país aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN ou NATO) e, em 1981, à União Europeia (UE).[28] Atualmente, a nação grega é definida como uma república parlamentar democrática, que alcançou um desenvolvimento econômico e social considerável.


Em 2010 a Grécia, já castigada pela crise financeira de 2008-2009, foi o protagonista de uma crise de confiança que se espalhou por toda a União Europeia. O país então viu o crescente interesse que os investidores exigiram para comprar sua dívida e foi forçado a realizar reformas fiscais destinadas a reduzir o seu défice à custa do crescimento econômico e do perigo de uma recaída na recessão, correndo o risco de ter que sair da zona euro.[29]


Geografia





Imagem de satélite do território grego.



Ver artigo principal: Geografia da Grécia

Ver também: Lista de ilhas da Grécia

O país consiste de um território continental na extremidade sul dos Bálcãs, da península do Peloponeso, separada do continente pelo canal de Corinto, e de numerosas ilhas, incluindo Creta, Rodes, Eubeia e os arquipélagos do Dodecaneso e das Cíclades no mar Egeu, e das Ilhas Jónicas no mar Jónico. A Grécia tem mais de 14880 km de costas e uma fronteira terrestre de 1160 km.


Cerca de 80% da Grécia é território montanhoso ou, pelo menos, acidentado. A maior parte do país é seco e rochoso. Só 28% da terra é arável. A Grécia Ocidental contém lagos e zonas húmidas. Os Montes Pindo, a cadeia montanhosa central, tem uma altitude média de 2650 m. O lendário monte Olimpo (Macedônia) é o ponto mais alto da Grécia, atingindo 2917 m de altitude.


Clima




Grécia segundo a classificação de Köppen.


O clima da Grécia pode ser classificado em três tipos (mediterrânico, a alpino e o temperado) que influenciam regiões bem definidas do seu território. A cadeia de montanhas de Pindo afeta fortemente o clima do país, tornando o lado ocidental dela (áreas propensas a ventos do sul), em média, mais úmidas do que as áreas situadas a leste da mesma (sotavento das montanhas).


O tipo de clima mediterrâneo apresenta invernos suaves e úmidos e verões quentes e secos. As regiões das Cíclades, Dodecaneso e Creta, no Peloponeso Oriental e partes da Grécia Central, são as regiões mais afetadas por este tipo de clima. Temperaturas raramente atingem valores extremos ao longo das costas, embora, como a Grécia é um país altamente montanhoso, nevascas ocorram com frequência no inverno. Às vezes neva mesmo nas Cíclades ou no Dodecaneso.


O clima alpino é dominante, principalmente nas áreas montanhosas do noroeste da Grécia (partes do Epiro, na Grécia central, Tessália, Macedônia Ocidental), bem como na parte central do Peloponeso, incluindo partes das prefeituras da Acaia, Arcádia e Lacônia, onde a cadeia de montanhas do Pindo passa. Finalmente, o clima temperado afeta a Macedônia Central e a Macedônia Oriental e Trácia, que apresentam invernos frios e húmidos e verões quentes e secos com tempestades frequentes. Atenas está localizada em uma área de transição que caracteriza os climas mediterrânico e temperado. Os subúrbios ao norte da cidade são dominados pelo clima temperado, enquanto o centro da cidade e os subúrbios ao sul desfrutam de um clima mediterrânico típico.



Demografia



Ver artigos principais: Demografia da Grécia e Gregos




Hermópolis, capital da ilha de Siro e das Cíclades.


O órgão de estatística oficial da Grécia é o Instituto Nacional de Estatística da Grécia (INEG). De acordo com o INEG, a população total da Grécia em 2017 era de 10 816 286.[30] Esse número é dividido em 5.427.682 homens e 5.536.338 mulheres.[30] Como as estatísticas de 1971, 1981 e 2001 demonstram, a população grega sofreu envelhecimento ao longo de décadas.[30]


A taxa de natalidade em 2003 situou-se em 9,5 por mil habitantes (14,5 por 1.000 em 1981). Ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade aumentou ligeiramente, de 8,9 por mil habitantes em 1981 para 9,6 por mil habitantes em 2003. Em 2001, 16,71% da população tinha 65 anos ou mais, 68,12% entre as idades de 15 e 64 anos, e 15,18% tinham 14 anos ou menos.[30]


A sociedade grega também mudou rapidamente com o passar do tempo. As taxas de casamento continuavam a cair de quase 71 por mil habitantes em 1981 até 2002, para 51 em 2004.[30] As taxas de divórcio, por outro lado, têm aumentado - de 191,2 por mil casamentos em 1991, para 239,5 por 1000 casamentos em 2004.[30] Quase dois terços do povo grego vivem em áreas urbanas. Os maiores municípios da Grécia em 2001 foram: Atenas, Salónica, Pireu, Patras, Heraclião, Larissa e Volos.[31]


Ao longo do século XX, milhões de gregos emigraram para os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá e Alemanha, criando uma grande diáspora grega. A tendência de migração, no entanto, foi revertida após importantes melhoramentos da economia grega desde os anos 1980.






















































































































Religião




Monastério da Santíssima Trindade, em Meteora, no norte do país.



Ver artigos principais: Religião na Grécia, Igreja Ortodoxa Grega e Catolicismo na Grécia

A grande maioria dos gregos é cristã, sendo esta fé seguida por 92% da população.[33] A Igreja Ortodoxa Grega é a principal denominação religiosa do país e representa quase toda a população do país,[34] e que é constitucionalmente reconhecida como a "religião dominante" da Grécia. Outras religiões importantes incluem o catolicismo, o islamismo e o protestantismo. Há ainda movimentos reconstrucionistas das práticas religiosas da Grécia Antiga, como o dodecateísmo.


De acordo com uma pesquisa de 2005 do Eurobarêmetro, 81% dos cidadãos gregos acreditam que existe um Deus, enquanto que 16% acreditam em algum tipo de espírito ou força vital e 3% responderam que não acreditam que haja algum tipo de Deus, espírito ou força vital.[35]



Línguas


A Grécia é hoje relativamente homogênea em termos linguísticos, com a grande maioria da população nativa usando o grego como sua língua materna. A minoria muçulmana da Trácia, o que equivale a aproximadamente 0,95% da população total, é composta de falantes de turco, búlgaro (Pomaca) e romani. O romani também é falado por cristãos roma em outras partes do país.


A língua grega remonta a 3 500 anos, e o grego moderno preserva muitos elementos de seu antecessor clássico. No século XIX, após a Guerra de Independência Grega, fez-se um esforço para eliminar da língua as expressões de origem turca e árabe. A versão resultante foi considerada próxima do koiné grego, e foi chamada de Katharevoussa. No entanto, o Katharevoussa nunca foi adotado pelos gregos na linguagem diária. O grego comumente falado é chamado demotiki, e se tornou a língua oficial em 1976.




Política



Ver artigo principal: Política da Grécia




Parlamento Helénico, sede do poder legislativo, no centro de Atenas


A Grécia é uma república parlamentar.[36] O chefe de Estado nominal é o presidente da república, que é eleito pelo parlamento para um mandato de cinco anos.[36] A atual constituição foi elaborada e aprovada pelo Quinto Parlamento Revisionista dos Helenos e entrou em vigor em 1975 após a queda da junta militar de 1967-1974. Ela foi revisada por duas vezes desde que entrou em vigor, em 1986 e em 2001. A Constituição, que consiste em 120 artigos, prevê a separação dos poderes em executivo, legislativo e judiciário, e concede extensas garantias específicas (reforçado em 2001), das liberdades civis e direitos sociais.[37] O sufrágio feminino foi garantido com uma emenda constitucional de 1952.


Segundo a Constituição, o poder executivo é exercido pelo presidente da república e pelo governo.[36] A partir de emenda à Constituição de 1986, as funções do presidente foram reduzidas de forma significativa, e agora elas são, em grande parte, cerimoniais; a maior parte do poder político, portanto, está nas mãos do primeiro-ministro.[38] A posição do primeiro-ministro, chefe de governo da Grécia, pertencente ao atual líder do partido político que possa obter um voto de confiança do Parlamento. O presidente da república nomeia formalmente o primeiro-ministro e, na sua recomendação, nomeia e exonera os restantes membros do Conselho de Ministros.[36]





Alexis Tsipras, actual primeiro-ministro, eleito em Janeiro de 2015.


O poder legislativo é exercido pelos 300 membros eletivos do parlamento unicameral.[36] As leis aprovadas pelo parlamento são promulgadas pelo presidente da república.[36] As eleições parlamentares são realizadas a cada quatro anos, mas o presidente da república é obrigado a dissolver o parlamento sobre a proposta anterior do Conselho de Ministros, tendo em vista lidar com um assunto nacional de excepcional importância.[36] O presidente é também obrigado a dissolver o parlamento no início, se a oposição conseguir aprovar uma moção de censura.[36]


O poder judiciário é independente do poder executivo e do legislativo e compreende três Tribunais Supremos: o Tribunal de Cassação (Άρειος Πάγος), o Conselho de Estado (Συμβούλιο της Επικρατείας) e o Tribunal de Contas (Ελεγκτικό Συνέδριο). O sistema judiciário é composto também por tribunais civis, que julgam processos cíveis e penais, e os tribunais administrativos, que julgam os litígios entre os cidadãos e as autoridades gregas administrativas.


Em 25 de janeiro de 2015, ocorreram as eleições legislativas no país e o partido de extrema esquerda, Syriza, venceu o pleito grego com 70% dos votos apurados. O partido conquistou 149 das 300 cadeiras do Parlamento, tornando Alexis Tsipras, de 40 anos, eventual primeiro-ministro.


Este resultado configura um marco na história do país, que há mais de 200 anos esculpe um Estado moderno grego. Após o PASOK de Andréas Papandréu é novamente um partido de esquerda no poder.



Subdivisões



Ver artigo principal: Periferias da Grécia

As periferias (em grego περιφέρειες, singular: περιφέρεια) são as divisões nacionais da Grécia. Existem 13 periferias (nove no continente e quatro grupos de ilhas), que são ainda subdivididos em 51 prefeituras (ou departamentos; em grego: νομοί, singular: νομός ; transliterado: nomoi, singular: nomos):






Peripheries of Greece numbered.svg



































































































































Região Capital Área (km²) População[39]
PIB (bi)[40]
1 Ática Atenas 3.808 3.812.330 €103,334
2 Grécia Central Lâmia 15.549 546.870 €12,530
3 Macedônia Central Tessalônica 18.811 1.874.590 €34,458
4 Creta Heraclião 8.259 621.340 €12,854
5 Macedônia Oriental e Trácia Comotini 14.157 606.170 €9,054
6 Epiro Janina 9.203 336.650 €5,827
7 Ilhas Jônicas Corfu 2.307 206.470 €4,464
8 Egeu Setentrional Mitilene 3.836 197.810 €3,579
9 Peloponeso Trípoli 15.490 581.980 €11,230
10 Egeu Meridional Hermópolis 5.286 308.610 €7,816
11 Tessália Lárissa 14.037 730.730 €12,905
12 Grécia Ocidental Patras 11.350 680.190 €12,122
13 Macedônia Ocidental Cozani 9.451 282.120 €5,564
Estado autônomo Capital Área (km²) População[39]
PIB (bi)[40]
(14) Monte Atos Cariés 390 1.830 Desconhecido


Economia



Ver artigo principal: Economia da Grécia



Principais exportações da Grécia (em inglês).




A Grécia controla 16,2% da frota mercante mundial total, tornando-a a maior do mundo. O país está classificado entre os cinco primeiros lugares entre todos os tipos de navios, incluindo petroleiros e graneleiros.


O crescimento anual do PIB grego tem ultrapassado os respectivos níveis da maioria dos seus parceiros da UE.[41] A indústria do turismo é uma importante fonte de divisas e receitas, respondendo por 15% do total do PIB da Grécia[42] e empregando, direta ou indirectamente, 16,5% da força de trabalho total.


A força de trabalho grega totaliza 4,9 milhões de pessoas e é a segunda mais produtiva entre os países da OCDE, atrás apenas da Coreia do Sul. [36]. A Universidade de Groningen publicou uma pesquisa revelando que entre 1995 e 2005, a Grécia ficou em terceiro lugar no ranking de jornada de trabalho por ano entre as nações europeias; os gregos trabalhavam uma média de 1.811 horas por ano.[43] Em 2007, o trabalhador médio produzia cerca de 20 dólares por hora, semelhante ao da Espanha e um pouco mais da metade da produção por hora de um trabalhor médio dos Estados Unidos. Os imigrantes constituem quase um quinto da força de trabalho, ocupados principalmente em trabalhos agrícolas e de construção.


O PIB per capita da Grécia, em paridade do poder de compra, é 25º maior do mundo. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o país tinha uma renda média per capita' estimada em 29.882 de dólares para o ano de 2009,[44] um valor comparável ao de Itália e Espanha. De acordo com uma pesquisa realizada pela The Economist, o custo de vida em Atenas está perto de 90% do custo de vida em Nova Iorque; nas regiões rurais é menor.[45]


Na Grécia, o euro foi introduzido em 2002. Como preparação para esta data, a cunhagem de novas moedas em euros foi iniciada em 2001, porém todas as moedas de euro gregas foram introduzidas na economia em 2002. Antes de adotar o euro em 2002, a Grécia mantinha o uso do dracma grego desde 1832.


No entanto, a economia grega também enfrenta problemas significativos, incluindo os níveis de desemprego em elevação, uma burocracia ineficiente e a corrupção generalizada.[46] Em 2009, a Grécia tinha o segundo menor índice Índice de Liberdade Econômica da UE (após a Polônia), 81º do ranking mundial.[47] O país sofre de altos níveis de corrupção política e econômica e de baixa competitividade global em relação aos seus parceiros da UE.[48][49]


Embora continuando acima da média da zona euro, o crescimento econômico passou a ser negativo em 2009 pela primeira vez desde 1993.[50]



Crise econômica (2008-atualmente)



Ver artigo principal: Crise financeira da Grécia

Ver também: Crise da dívida pública da Zona Euro e Crise econômica de 2008-2011



Protesto em Atenas em 2011 com cem mil pessoas por conta da crise que o país enfrenta.


Até o final de 2009, como resultado de uma combinação de fatores locais e internacionais (respectivamente, a crise financeira mundial e os gastos descontrolados do governo), a economia grega enfrentou sua crise mais grave desde a restauração da democracia em 1974, quando o governo grego revisou o seu déficit a partir de uma estimativa de 6% para 12,7% do produto interno bruto (PIB).[51][52]


No início de 2010, foi revelado que os sucessivos governos gregos tinham sido responsáveis por ter consistente e deliberadamente deturpado as estatísticas econômicas oficiais do país para mantê-lo dentro das diretrizes da união monetária.[53][54] Isto tinha permitido que os governos do país gastassem além de suas possibilidades, ao esconder o défice real de supervisores da União Europeia (UE).[55] Em maio de 2010, o défice orçamental grego foi novamente revisto para uma previsão de 13,6%,[56] um dos mais altos do mundo em relação ao PIB[57] e a previsão da dívida pública foi, de acordo com algumas estimativas, para 120% do PIB em 2010, uma das mais altas taxas do mundo.[29]


Como consequência, houve uma crise de confiança internacional na capacidade da Grécia de pagar sua dívida soberana. Com o objetivo de evitar tal padrão, em maio de 2010, os outros países membros da Zona Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), concordaram com um pacote financeiro de resgate que envolveu a Grécia, dando um empréstimo imediato de 45 bilhões de euros, com mais fundos em seguir, num total de 110 bilhões de euros.[58][59] A fim de garantir o financiamento, a Grécia foi convocada a tomar duras medidas de austeridade para controlar seu déficit.[60] A sua execução será acompanhada e avaliada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI.[61][62]


Turismo



Ver artigo principal: Turismo na Grécia



Vista da vila de Oia, na ilha de Santorini, um dos principais pontos turísticos do país.


Uma porcentagem importante do produto interno bruto (PIB) da Grécia vem do turismo. De acordo com estatísticas do Eurostat, a Grécia recebeu mais de 19,5 milhões de turistas em 2009,[63] o que significa um aumento em relação aos 17,7 milhões de turistas que visitaram o país em 2007.[64] A grande maioria dos visitantes na Grécia em 2007 vieram do continente europeu, alcançando 12,7 milhões de turistas,[65] enquanto a maioria dos visitantes vindos de uma única nacionalidade foram os do Reino Unido (2,6 milhões), seguidos de perto por aqueles da Alemanha (2,3 milhões).[65]


Em 2010, a periferia mais visitada da Grécia foi a da Macedônia Central, com 18% do fluxo turístico do país total (atingindo 3,6 milhões de turistas), seguido de Attica, com 2,6 milhões, e do Peloponeso, com 1,8 milhão.[63] O Norte da Grécia é a região geográfica mais visitada do país, com 6,5 milhões de turistas, enquanto a Grécia Central é a segunda, com 6,3 milhões.[63]


Em 2010, a Lonely Planet considerou Salônica, a segunda maior cidade do país, como a quinta melhor cidade do mundo para festas, comparável a outras cidades como Dubai e Montreal.[66] Em 2011, Santorini foi votada como "melhor ilha do mundo" na Travel + Leisure.[67] A ilha vizinha de Míconos ficou em quinto lugar na categoria europeia.[67]





Vista panorâmica de partes da antiga cidade Corfu, um Patrimônio Mundial pela UNESCO, a partir de Palaio Frourio. A Baía de Garitsa pode ser vista à esquerda.



Infraestrutura



Saúde




Hospital universitário de Patras.


Em 2009 a Grécia era o país da União Europeia com mais médicos por mil habitantes (6,17 por mil habitantes), muito mais do que a Romênia, o país da UE com menos médicos por mil habitantes (2,16), e com uma grande diferença para o segundo colocado, a Áustria, que tem 4,85 médicos por mil habitantes,[68] segundo os dados da OCDE o rácio médicos-habitantes era ligeiramente diferente, sendo de 6,1, o maior da OCDE, grupo de países em que a média era de 3,1.[69]


A Grécia gastava em 2010 10,25% do seu PIB de 299, 1024 mil milhões de dólares[70] em despesas de saúde, o oitavo país da UE que em proporção do PIB mais gastava.[71] Ou seja, 12,12% das despesas totais do estado.[72]


Na Grécia havia em 2010 uma esperança média de vida de 80,39 anos, a sétima maior da UE.[73]


Transportes




A Ponte Rio-Antirio, perto de Patras, a mais longa ponte estaiada da Europa.


Desde os anos 1980, as estradas e a rede ferroviária da Grécia têm sido significativamente modernizadas. Importantes obras incluem a Estrada Egnácia que liga o noroeste da Grécia (Igumenitsa) com o norte e nordeste da Grécia (Kipoi). A Ponte Rio-Antirio (a maior ponte estaiada da Europa, com 2.250 metros de comprimento) conecta Rio (7 km de Patras), no Peloponeso ocidental, com Antirio, na Grécia Central.


Uma expansão da autoestrada nacional Patras-Atenas para Pírgos, no oeste do Peloponeso, está prevista para ser concluída até 2014. A maioria das rodovias de ligação de Atenas para Salônica também foram modernizadas.


A área metropolitana de Atenas tem um aeroporto internacional, a auto-estrada privada suburbana Estrada Ática e um sistema de metrô expandido. A maioria das ilhas gregas e muitas das principais cidades da Grécia estão conectadas por via aérea, principalmente das duas principais companhias aéreas da Grécia, a Air Olympic e a Aegean Airlines. As ligações marítimas foram melhoradas com embarcações de alta velocidade modernas, incluindo aerobarcos e catamarãs. As ligações ferroviárias desempenham um papel um pouco menor do que em muitos outros países europeus, mas também foram ampliadas, com novas ligações suburbanas em Atenas, uma ligação interurbana moderna entre Atenas e Salônica, e a atualização para linhas duplas em muitas partes dos 2500 km de rede. Linhas ferroviárias internacionais conectam cidades gregas com o resto da Europa, Bálcãs e Turquia.



Ciência e tecnologia




Centro e Museu Tessalônico de Ciência e Tecnologia.


Disponibilidade à internet de banda larga é muito comum na Grécia, sendo que havia um total de 2.105.076 ligações de banda larga no país em 2010. Isso se traduz em 18,6% de penetração de banda larga.[74]Cyber cafés que fornecem acesso à rede, aplicações de escritório e jogos multiplayer também são uma visão comum no país, enquanto a internet móvel em redes de celular 3G e hotspots públicos wi-fi são existentes, mas não tão extensos.


Devido à sua localização estratégica, mão-de-obra qualificada e estabilidade política e econômica, muitas empresas multinacionais como a Ericsson, Siemens, SAP, Motorola e Coca-Cola têm suas sedes regionais em P&D na Grécia.


A Secretaria-Geral de Pesquisa e Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento Helênico é responsável pela concepção, execução e supervisão de pesquisas nacionais e da política tecnológica.


Em 2003, a despesa pública em P&D foi de 456.370.000 euros (12,6% de aumento a partir de 2002). O total de gastos em pesquisa e desenvolvimento (público e privado) em percentagem do PIB aumentou consideravelmente desde o início da década passada, de 0,38% em 1989, para 0,65% em 2001. P&D na Grécia continua a ser inferior à média da UE de 1,93%, mas, de acordo com Research DC, com base em dados da OCDE e do Eurostat, entre 1990 e 1998, houve o terceiro maior aumento de P&D na Grécia em toda a Europa, atrás apenas da Finlândia e da Irlanda.


Entre os Parques Tecnológicos da Grécia estão o Parque Científico e Tecnológico da ilha de Creta (Heraclião), a Parque Tecnológico da Salônica, o Parque Tecnológico de Lavrio e de Parque Científico de Patras. A Grécia é um dos membros da Agência Espacial Europeia (ESA) desde 2005.[75] A cooperação entre a ESA e a Comissão Helênica Espacial Nacional começou no início de 1990. Em 1994, a Grécia e a ESA assinaram seu primeiro acordo de cooperação. Tendo solicitado formalmente sua completa adesão em 2003, a Grécia tornou-se o décimo sexto membro da ESA, em 16 de março de 2005.



Educação




A Academia de Atenas é a academia nacional da Grécia e a maior instituição de pesquisa do país.



Creches são populares, mas não são obrigatórias. Os jardins de infância são agora obrigatórios para qualquer criança acima de quatro anos de idade. As crianças começam a escola primária com seis anos e permanecem lá por seis anos. A entrada ao ginásio começa aos doze anos e tem a duração de três anos. O ensino obrigatório na Grécia compreende o ensino primário, e o ensino secundário é um direito.

O ensino secundário pós-obrigatório consiste em dois tipos de instituições: as instituições secundárias unificadas e as instituições de ensino técnico. O ensino secundário pós-obrigatório também inclui institutos de formação profissional, que proporcionam um nível formal, mas não classificado, de educação. Como eles podem aceitar graduados do ensino secundário, esses institutos não são classificados para oferecer um determinado nível de educação.


De acordo com a Lei-Quadro (3549/2007), o ensino superior público consiste de dois setores paralelos: o setor "universidade" (universidades, institutos politécnicos, escolas de belas artes, universidade aberta) e o setor Tecnológico (instituições de educação tecnológica e escolas de formação pedagógica e tecnológica). Há também o ensino terciário não universitário, que oferece em institutos estatais formação profissional de duração de dois anos, que operam sob a autoridade de outros Ministérios. Os alunos são admitidos a estes institutos de acordo com seu desempenho em exames nacionais que ocorrem após a conclusão do terceiro grau. Além disso, os alunos com mais de 22 anos de idade podem ser admitidos na Universidade Aberta Helênica através de um tipo de loteria. A Universidade Nacional Capodistriana de Atenas é a mais antiga universidade do Mediterrâneo oriental.


O sistema de educação grego também prevê creches especiais, escolas primárias e secundárias para pessoas com necessidades especiais ou dificuldades de aprendizagem. Especialistas em escolas de ensino secundários também oferecem educação musical, teológica e física.

Esta passagem carece de fontes


Cultura




O antigo teatro de Epidauro ainda hoje é utilizado para espetáculos de dramas gregos.


Os remanescentes físicos da cultura da Grécia clássica conservam-se principalmente em Atenas, Esparta, Micenas, Argos e outros sítios, enquanto as esculturas e outros objetos de arte exibidos nos museus gregos (Nacional, de Heracleia, da Acrópole, etc.), e dos principais centros culturais do mundo constituem uma lembrança permanente de copiosa herança cultural helênica, que ainda continua viva na educação dos gregos.

Na Grécia moderna destacaram-se sobretudo os poetas. Adquiriu fama internacional Konstantinos Kaváfis, grego de Alexandria que escreveu cerca de duas centenas de poemas, inéditos até sua morte. Comparado ao português Fernando Pessoa, seu contemporâneo e também marcado por uma nostalgia da antiga glória de seu país, Kaváfis é autor da frase "somos todos gregos". Destacam-se também Giórgos Seféris, agraciado com o Nobel de Literatura de 1963; Ángelos Sikelianós; Odysséas Elýtis, que obteve o prêmio Nobel em 1979; e Yiannis Ritsos. O romancista de maior sucesso é o cretense Níkos Kazantzákis, autor de Zorba, o grego e A última tentação de Cristo.


Dentre os músicos gregos com fama internacional destacam-se Manos Hadjidakis e Mikis Theodorakis. A busca e a sistematização do patrimônio musical popular, que é o objetivo básico de famosos músicos e pesquisadores, tem incentivado a criação de grande número de corais que participam de concursos internacionais. Depois da independência política, a arte grega se inspirou inteiramente na arte ocidental. Entre os pintores figurativos destacam-se Iannis Moralis e Nicos Kontopulos; e entre os abstratos, Alexos Kontopulos e Iannis Spyrapulos. Na escultura devem ser mencionados Vassilakis Takis e Alex Mylona.


Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos da Antiguidade em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V (Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.

Esta passagem carece de fontes


Arte



Ver artigo principal: Arte da Grécia




Laocoonte e seus filhos, Período Helenista.


A arte e a arquitetura das sociedades gregas existem desde o início da Idade do Ferro (século XI a.C.) até o final do século I a.C. Antes disso (Idade do Bronze), a arte grega do continente e das ilhas (excetuando-se Creta, onde havia uma tradição diferente chamada arte minoica) é conhecida como arte micênica, e a arte grega mais tardia, chamada helenística, é considerada integrante da cultura do Império Romano (arte romana).

Os gregos, inicialmente um conjunto de tribos relativamente autônomas que apresentavam fatores culturais comuns, como a língua e a religião, instalaram-se no Peloponeso nos inícios do primeiro milênio antes de Cristo, dando início a uma das mais influentes culturas da Antiguidade.


Após a fase orientalizante (de 1100 a 650 a.C.), cujas manifestações artísticas foram inspiradas pela cultura mesopotâmica, a arte grega conheceu um primeiro momento de maturidade durante o período arcaico, que se prolongou até 475 a.C. Marcado pela expansão geográfica, pelo desenvolvimento econômico e pelo incremento das relações internacionais, assistiu-se nesta altura à definição dos fundamentos estéticos e formais que caracterizarão as posteriores produções artísticas gregas.


Após as guerras com os Persas, a arte grega adquiriu maior independência em relação às outras culturas mediterrânicas e expandiu-se para todas as suas colônias da Ásia Menor, da Sicília e de Itália (conjunto de territórios conhecidos por Magna Grécia).


Protagonizado pela cidade de Atenas, sob o forte patrocínio de Péricles, o último período artístico da Grécia, conhecido por Fase Clássica, estendeu-se desde 475 a.C. até 323 a.C., ano em que o macedônico Alexandre Magno conquistou as cidades-estados do Peloponeso.


As manifestações artísticas gregas, que conheceram grande unidade ideológica e morfológica, encontraram os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de sentido racionalista que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o idealismo traduzido na adoção de cânones ou regras fixas (análogas às leis da natureza) que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas, desde a arquitetura à escultura.

Esta passagem carece de fontes



Desporto/Esporte




A Chama Olímpica durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2004 no Estádio Olímpico de Atenas.


A Grécia, que recebeu as primeiras Olimpíadas modernas, tem uma longa tradição desportiva. A Seleção Grega de Futebol venceu o Euro 2004 disputado em Portugal contra a Seleção Portuguesa de Futebol no jogo final. O Campeonato grego de futebol é o maior campeonato de futebol profissional no país composto por 16 equipes. Os clubes mais bem sucedidos são o Olympiacos, Panathinaikos e AEK Atenas.


Como o local de nascimento do Jogos Olímpicos, a Grécia recebeu recentemente as Olimpíadas de 2004 e os primeiros Jogos Olímpicos modernos em 1896.



Ver também



  • Grécia Antiga

  • Religião da Grécia

  • Igreja Ortodoxa Grega

  • Gregos

  • Missões diplomáticas da Grécia



Referências




  1. Απογραφή Πληθυσμού – Κατοικιών 2011. ΜΟΝΙΜΟΣ Πληθυσμός [Results of Population-Housing Census 2011 concerning the permanent population of the country] (PDF) (em grego). 20 de março de 2014. Consultado em 25 de outubro de 2016 


  2. abcd Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014 


  3. ab «Human Development - Indices and Indicators - 2018 Statistical Update» (PDF) (em inglês). Human Development Report (Human Development Report Office) - United Nations Development Programme. Consultado em 29 de setembro de 2018 


  4. Estatísticas (PDF), ONU 


  5. Chrēstos G. Kollias; Gülay Günlük-Şenesen; Gülden Ayman (2003). Greece and Turkey in the 21st Century: Conflict Or Cooperation : a Political Economy Perspective. [S.l.]: Nova Publishers. p. 10). ISBN 978-1-59033-753-0. Consultado em 12 de abril de 2013 


  6. Christina Bratt Paulston; Scott F. Kiesling; Elizabeth S. Rangel (13 de fevereiro de 2012). The Handbook of Intercultural Discourse and Communication. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 292. ISBN 978-1-4051-6272-2. Consultado em 12 de abril de 2013 


  7. Caralampo Focas (2004). Transport Issues And Problems In Southeastern Europe. [S.l.]: Ashgate Publishing, Ltd. p. 114. ISBN 978-0-7546-1970-3. Consultado em 12 de abril de 2013 


  8. Finley, Moses I. (1985). Democracy Ancient and Modern. 2d ed. London: Hogarth Press.


  9. Copleston, Frederick. History of Philosophy, Volume 1.


  10. Thomas Heath (1981). A History of Greek Mathematics. [S.l.]: Courier Dover Publications. p. 1. ISBN 978-0-486-24073-2. Consultado em 19 de agosto de 2013 


  11. Brockett, Oscar G. (1991) History of the Theatre (sixth edition). Boston; London: Allyn & Bacon.


  12. Grécia. Freedom House Acessado em 28 de outubro de 2013.


  13. «Groups and Aggregates Information». World Economic Outlook Database. International Monetary Fund. 2013. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  14. «Appendix B: International Organizations and Groups». The World Factbook. Central Intelligence Agency. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  15. «Country and Lending Groups». World Bank. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  16. «Interactive Infographic of the World's Best Countries». Newsweek. New York. 15 de agosto de 2010. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  17. «The Economist Intelligence Unit's Quality-of-Life Index» (PDF). The Economist. 2005. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  18. «Grécia». Estados-membros da UE. União Europeia. Consultado em 7 de abril de 2007 


  19. Drews, Robert. The End of the Bronze Age: Changes in Warfare and the Catastrophe Ca. 1200 B.C., page 3 [1]. Princeton University Press, 1995.


  20. John R. Short. An Introduction to Urban Geography, page 10 [2]. Routledge, 1987


  21. Britannica, Antigonid dynasty, 2008, O.Ed.


  22. Zoch, Paul (2000). Ancient Rome: An Introductory History. [S.l.: s.n.] p. 136. ISBN 978-0-8061-3287-7. Consultado em 29 de abril de 2012 


  23. «Byzantium» (em inglês). Consultado em 16 de setembro de 2012 


  24. Clogg, Richard, A Concise History of Greece, pages 10-37. Cambridge University Press, 1992, 257 pages. ISBN 0-521-37228-3. [3]


  25. The Diaspora Welcomes the Pope. Der Spiegel. 28 de novembro de 2006.


  26. Greek history since World War I. Encyclopædia Britannica.


  27. Mazower, Mark. After the War was Over.


  28. History, Editorial Consultant: Adam Hart-Davis. Dorling Kindersley. ISBN 978-1-85613-062-2.


  29. ab Melander, Ingrid; Papchristou, Harry (5 de novembro de 2009). «Greek Debt To Reach 120.8 Pct of GDP in '10 – Draft». Reuters. Consultado em 5 de agosto de 2011  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  30. abcdef «Greece in Numbers» (PDF). National Statistical Service of Greece. www.statistis.gr. 2006. Consultado em 14 de dezembro de 2007. Cópia arquivada (PDF) em 24 de novembro de 2007  (em inglês)


  31. «Athena 2001 Census». National Statistical Service of Greece. www.statistics.gr. Consultado em 14 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 17 de janeiro de 2008  (em inglês)


  32. Greek National Statistics Agency (EL.STAT.) (2001). «Μόνιμος πληθυσμός. Νομοί, δήμοι, κοινότητες, δημοτικά και κοινοτικά διαμερίσματα και οικισμοί (Έτους 2001)» (PDF). National Census 2001 (em grego). www.statistics.gr. Consultado em 19 de abril de 2011 


  33. [4]


  34. «Greece». The World Factbook. Consultado em 15 de setembro de 2007  (em inglês)


  35. «Eurobarometer on Social Values, Science and technology 2005 - page 11» (PDF). Consultado em 5 de maio de 2007  (em inglês)


  36. abcdefgh «syntagma.qxd» (PDF) (em (em grego)). Consultado em 8 de setembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 25 de setembro de 2007  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link) (em inglês)


  37. P.D. Dagtoglou, Individual Rights, I, 21 & E. Venizelos, The "Acquis" of the Constitutional Revision, 131–132, 165–172


  38. K. Mavrias, Constitutional Law, 477–478, 486–487


  39. ab «'Πίνακας 1: Προσωρινά αποτελέσματα του Μόνιμου Πληθυσμού της Ελλάδος'» (PDF). National Statistical Service of Greece: Ανακοίνωση προσωρινών αποτελεσμάτων Απογραφής Πληθυσμού 2011, 22 Ιουλίου 2011 


  40. ab «Regional gross domestic product (million EUR), by NUTS 2 regions». Eurostat. 2008. Consultado em 25 de outubro de 2011 


  41. «ELKE Hellenic Center for Investment - Economic Stability» (em inglês). Elke.gr. Consultado em 6 de janeiro de 2009 [ligação inativa] [ligação inativa]


  42. «Greece» (em inglês)


  43. File:Yearly working time 2004.jpg


  44. «World Economic Outlook Database». Outubro de 2008 


  45. «Living in Greece - Cost of Living». Greece.angloinfo.com. Consultado em 12 de novembro de 2010. Arquivado do original em 2 de março de 2011 (em inglês)


  46. «Premium content». Economist.com. 9 de dezembro de 2008. Consultado em 27 de outubro de 2009  (em inglês)


  47. «Country rankings for trade, business, fiscal, monetary, financial, labor and investment freedoms». Heritage.org. Consultado em 27 de outubro de 2009  (em inglês)


  48. [5][ligação inativa]


  49. [6]


  50. European Commission, Economic Forecast – Spring 2009, 65 (em inglês)


  51. Lynn, Matthew (2011). Bust: Greece, the Euro and the Sovereign Debt Crisis. Hobeken, New Jersey: Bloomberg Press. ISBN 978-0-470-97611-1.


  52. «Greece's Sovereign-Debt Crunch: A Very European Crisis». The Economist. 4 de fevereiro de 2010. Consultado em 2 de maio de 2010 


  53. «Rehn: No Other State Will Need a Bail-Out». EU Observer. Consultado em 6 de maio de 2010 


  54. «Greece Paid Goldman $300 Million To Help It Hide Its Ballooning Debts». Business Insider. Consultado em 6 de maio de 2010 


  55. Story, Louise; Thomas Jr, Landon; Schwartz, Nelson D. (14 de fevereiro de 2010). «Wall St. Helped To Mask Debt Fueling Europe's Crisis». The New York Times. Consultado em 6 de maio de 2010  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  56. «Greek Deficit Revised to 13.6%; Moody's Cuts Rating (Update2)». Bloomberg. Consultado em 2 de maio de 2010 


  57. Staff (19 de fevereiro de 2010). «Britain's Deficit Third Worst in the World, Table». The Daily Telegraph. London. Consultado em 5 de agosto de 2011 


  58. Thesing, Gabi; Krause-Jackson, Flavia (3 de maio de 2010). «Greece Gets $146 Billion Rescue in EU, IMF Package». Bloomberg. Consultado em 6 de maio de 2010  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  59. Kerin Hope (2 de maio de 2010). «EU Puts Positive Spin on Greek Rescue». Financial Times. Consultado em 6 de maio de 2010 


  60. Newman, Rick (3 de novembro de 2011). «Lessons for Congress From the Chaos in Greece». US News. Consultado em 3 de novembro de 2011 


  61. "Greece's Austerity Measures". BBC News. Retrieved 9 May 2010.


  62. "Greek Parliament Passes Austerity Measures". The New York Times. Retrieved 9 May 2010.


  63. abc «Nights spent in tourist accommodation establishments – regional – annual data». Eurostat. 2010. Consultado em 10 de agosto de 2011 


  64. «Tourism» (PDF). Eurostat. 2010. Consultado em 10 de agosto de 2011 


  65. ab «02. Αφίξεις αλλοδαπών από το εξωτερικό κατά υπηκοότητα και μέσο ταξιδίου ( Δεκέμβριος 2007 )» [02. Arrivals of foreigners from abroad by nationality and means of travel (December 2007)] (PDF) (em Greek). Hellenic National Statistics Agency. Dezembro de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2011  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)


  66. «Ultimate party cities». Lonely Planet. Consultado em 10 de agosto de 2011 


  67. ab «World's Best Awards – Islands». Travel + Leisure. Consultado em 10 de agosto de 2011. Arquivado do original em 12 de julho de 2011 


  68. | dados do Banco Mundial acerca do número de médicos por mil habitantes publicados pela Google no Publicdata


  69. | publicado no Jornal de Negócios às 12:11 de 23 de novembro de 2011, texto escrito por Eva Gaspar, visitado em 7 de outubro de 2012


  70. | dados do Banco Mundial acerca do PIB publicados pela Google no Publicdata


  71. | dados do Banco Mundial acerca das despesas de saúde publicados pela Google no Publicdata


  72. | dados do Banco Mundial acerca das despesas de saúde em relação aos gastos do Estado publicados pela Google no Publicdata


  73. | dados do Banco Mundial acerca da esperança média de vidao publicados pela Google no Publicdata


  74. «Ελλάδα: Ξεπέρασαν τα 2,1 εκ. οι συνδέσεις-Πάνω από τον μέσο όρο της Ε.Ε. ο ρυθμός αύξησης» 


  75. «Greece becomes 16th ESA Member State». European Space Agency. www.esa.int. 22 de março de 2005. Consultado em 7 de abril de 2007 



Ligações externas
















Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:

Wikiquote

Citações no Wikiquote

Commons

Imagens e media no Commons

Commons

Categoria no Commons



  • Commons

  • Commons

  • Wikiquote





  • Página oficial do Turismo da Grécia (em grego)


  • Presidente da República Helênica (em grego)


  • Primeiro-Ministro da Grécia (em grego)


  • Parlamento Helênico (em grego)


  • Lista de Greek Embassies Worldwide (em alemão)












Flag-map of Greece.svg

Grécia

História • Política • Forças Armadas • Regiões • Geografia • Economia • Demografia • Cultura • Turismo • Portal • Imagens














  • Portal da Europa
  • Portal da Grécia
  • Portal da União Europeia



Popular posts from this blog

A CLEAN and SIMPLE way to add appendices to Table of Contents and bookmarks

Calculate evaluation metrics using cross_val_predict sklearn

Insert data from modal to MySQL (multiple modal on website)