Quiabo
Abelmoschus esculentus quiabeiro, quiabo | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Abelmoschus esculentus L. Moench |
O quiabeiro (Abelmoschus esculentus L. Moench: anteriormente, Hibiscus esculentus L.) é uma planta da família da malva (Malvaceae). Possui origem africana.[1] Seu fruto, conhecido como quiabo, quingombô, gombô, quibombô, quigombó, quibombó, quimbombô, quingobó, quingombó e quingombô, é uma cápsula fibrosa cônica verde e peluda, cheia de sementes brancas redondas, muito usado em culinária antes da maturação, pois, próximos à maturação, endurecem. Suas folhas são lobadas. As flores são axilares, isto é, brotam a partir das gemas axilares.
Índice
1 Etimologia
2 O fruto
2.1 Propriedades curativas
2.1.1 Influência no diabetes
3 Referências
4 Ver também
Etimologia |
"Quiabo", "quingombô", "gombô", "quibombô", "quigombó", "quibombó", "quimbombô", "quingobó", "quingombó" e "quingombô" são termos provenientes do quimbundo.[1]
O fruto |
No Brasil, o quiabo compõe pratos típicos regionais, como o caruru — quiabo cozido com camarão seco. Na culinária mineira, há o frango com quiabo e o refogado de carne com quiabo. Pode ser apreciado cozido com tempero no óleo, deixando-se bastante seco. É um fruto simples, seco, indeiscente, de cápsula loculicida (isto é, deiscência longitudinal, com cada lóculo se abrindo separadamente).[2] Os quiabos são verdes e peludos e apresentam uma goma viscosa. Rico em vitamina A, seu consumo pelo ser humano é importante para a visão, pele e mucosas em geral.
Segundo Balbach, Alfons, As Hortaliças na Medicina Doméstica, A Edificação no Lar , em 100 gramas de quiabo estão agrupados:
850 U.I. de vitamina A; 130 mcg de vitamina B1 (Tiamina); 75 mcg de vitamina B2 (riboflavina); 0,70 mg ou de vitamina B3 (niacina) ou de vitamina B5 (ácido pantoténico) — não especificado devido à incongruência da fonte — e 25,80 mg de vitamina C (ácido ascórbico). Além disso, contém 40,00 quilocalorias (em 100 gramas); 89,60% de água; 7,40 % de hidratos de carbono; 1,80% de proteínas; 0,20% de gorduras e 1,00% de sais.[3]
Se, por um lado, a vitamina A exerce as funções já mencionadas, além de proteger o fígado, a vitamina B1 é decisiva para o bom funcionamento do sistema nervoso, a vitamina B2 é importante para o crescimento, principalmente na adolescência, segundo Schneider, Ernest, A Cura e a Saúde pelos Alimentos, Casa Publicadora Brasileira .
Fruto de fácil digestão, é recomendado para pessoas que sofrem de problemas digestivos, sendo eficaz contra infecções dos intestinos, bexiga e rins.
Botões de flor
Planta e flor
Frutos
Propriedades curativas |
De acordo com a literatura e diversas pesquisas científicas, o quiabo é um alimento:
- antiúlceras;[4]
- anticancerígeno, reduz ataques cardíacos, diminui o colesterol sanguíneo, alivia desordens intestinais, inflamações no cólon, diverticulite e úlceras estomacais;[5]
- neutralizador de ácidos, lubrificante do trato intestinal, auxilia na melhora de queimaduras, acalma psoríase e envenenamento e pode ser utilizado no tratamento de inflamações nos pulmões, síndrome do intestino irritável e dores de garganta.[6]
Influência no diabetes |
Estudos realizados em camundongos publicados em 2011[7] e 2012 mostraram que a ingestão de quiabo regula a expressão gênica de maneira a favorecer o controle do diabetes, além de reduzir de maneira significativa as taxas de glicose no sangue.
Em novembro de 2013, a imprensa brasileira divulgou os efeitos benéficos do consumo do quiabo também em seres humanos, podendo este chegar eventualmente até a substituir a insulina. Após investigações científicas, o quiabo poderá se confirmar como a principal forma de tratamento para os diabéticos.[8] Outro fator importante que deve ser levado em consideração, é que o quiabo é rico em fibras, e isso influencia diretamente na manutenção do peso e da boa forma. Além disso ele possui poucas calorias e sua ingestão ajuda na manutenção dos olhos, mucosas e do sistema nervoso.[9]
Referências |
↑ ab FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 433.
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 044.
↑ «Quiabo», Herbário, BR .
↑ H.K. Bakhru, Healing Through Natural Foods, 2000, Jaico Publishing House.
↑ P. A. Balch, Prescription for Dietary Wellness, 2003, Avery.
↑ B. Mars, Rawsome!: Maximizing Health, Energy, and Culinary Delight With the Raw Foods Diet, 2004, Basic Health Publications, Inc.
↑ V. Sabitha, S. Ramachandran, K. R. Naveen, and K. Panneerselvam. Antidiabetic and antihyperlipidemic potential of Abelmoschus esculentus (L.) Moench. in streptozotocin-induced diabetic rats. J Pharm Bioallied Sci. 2011 Jul-Sep; 3(3): 397–402.
↑ http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/11/invencao-de-agua-de-quiabo-contra-o-diabetes-rende-r-30-mil-jovens.html
↑ «Quiabo emagrece», Happy Fitness, BR .
Ver também |
- Gumbo
- Culinária do Pará
- Caril de camarão com quiabos